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25 anos de Central do Brasil

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Vanderlei Tenório

No dia 3 de abril de 1998, o cinema brasileiro foi presenteado com uma obra cinematográfica icônica: “Central do Brasil”, produzida e dirigida pelo renomado Walter Salles e argumentada por João Emanuel Carneiro (autor da novela “Avenida Brasil” – novela que quebrou o recorde de vendas internacionais e teve seus direitos de transmissão adquiridos por emissoras de 125 países distintos) e Marcos Bernstein.

Com uma trama envolvente e emocionante, o longa de Salles tornou-se um marco na história do cinema nacional brasileiro. Com atuações marcantes de Vinícius de Oliveira como o sonhador Josué e Fernanda Montenegro como a dúbia Dora, que lhe rendeu uma nomeação ao Oscar de Melhor Atriz no ano seguinte, “Central do Brasil” é um filme que conquistou o coração do público e da crítica. Mesmo tendo perdido a estatueta para Gwyneth Paltrow, muitos consideraram a decisão da Academia uma grande injustiça.

Para quem nunca assistiu, em linhas gerais, a história do filme gira em torno de Dora, uma ex-professora que escreve cartas para analfabetos na Estação Central do Brasil para complementar sua renda. Quando uma de suas clientes morre em um acidente de ônibus, deixando seu filho Josué desabrigado, Dora reluta em ajudá-lo, mas acaba se juntando ao menino em busca de seu pai em uma viagem pelo interior do nordeste. Durante a jornada, eles compartilham momentos inesquecíveis que ficam gravados na memória do espectador.

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À vista disso, a mensagem universal do argumento de Carneiro e Bernstein tocou corações em todo o mundo, e a produção recebeu elogios de críticos renomados, entre eles os de Janet Maslin do jornal norte-americano The New York Times, que destacou a “narrativa belíssima e interpretada com bravura pela atriz brasileira” e “a habilidade de Salles em abordar os dilemas sociais brasileiros durante a jornada dos personagens pelo interior nordestino”.

Por sua vez, Todd McCarthy, da revista Variety foi ainda mais além e enxergou na história de Dora e Josué um espelho da transição que o país estava vivendo entre o velho e as novas possibilidades na época, uma analogia que ainda é relevante para nós brasileiros, mesmo 25 anos depois do lançamento do filme.

Nesse quadro, além de sua importância no cenário da dramaturgia lusófona, a atuação magistral de Fernanda Montenegro em “Central do Brasil” a tornou a primeira latino-americana a chegar entre as finalistas do Oscar de Melhor Atriz, também a tornou única atriz nomeada ao Oscar por uma atuação em língua portuguesa. No mais, em 2023, ela foi considerada a mulher mais admirada do Brasil pelo quarto ano consecutivo, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Qualibest.

Nesse panorama, com orgulho, é possível afirmar que mesmo após 25 anos desde o lançamento, “Central do Brasil” ainda é um dos filmes brasileiros mais premiados e indicados em festivais internacionais de cinema. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 1999 e se tornou uma inspiração para outras produções no país.

A produção é tão impecável que recebeu diversos prémios importantes, incluindo um Urso de Ouro e um Urso de Prata para Fernanda Montenegro no Festival de Berlim de 1998. No ano seguinte, “Central do Brasil” recebeu o Globo de Ouro como Melhor Filme Estrangeiro e uma nomeação na categoria de Melhor Atriz em Filme Dramático. Além disso, a obra também venceu o prémio de Melhor Filme Estrangeiro no BAFTA, considerado o Oscar Britânico.

A fim de celebrar a ocasião, no dia 3 de abril, o Canal Brasil transmitiu, às 17h30, no horário de Brasília, uma entrevista exclusiva com Fernanda Montenegro e Vinícius de Oliveira no programa Cinejornal.

Enfim, “Central do Brasil” é um tesouro da cultura brasileira e continuará a emocionar e inspirar pessoas ao redor do mundo por muitas gerações.

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Livros para colorir ganham destaque como atividade terapêutica e educativa

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Hobby que estimula a criatividade, alivia o estresse, reforça o aprendizado e faz sucesso em todas as idades

Colorir está longe de ser uma prática restrita à infância. Cada vez mais popular entre jovens e adultos, os livros de colorir têm conquistado espaço como alternativa acessível e eficaz para quem busca momentos de relaxamento, estímulo à criatividade e reconexão com o presente. A tendência é destaque nas prateleiras das papelarias que oferecem opções variadas para todos os gostos e faixas etárias.

A atividade é conhecida por proporcionar benefícios emocionais e cognitivos. Além do aspecto relaxante, o hábito também tem valor educacional. Para as crianças, ajuda no desenvolvimento da coordenação motora, percepção visual e reconhecimento de cores e formas. Para os adultos, pode ser uma forma de expressão e até mesmo de autoconhecimento.

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Pop rock, MPB e reggae animam ‘Happy Hour na Praça’ no Paulínia Winner Mall Shopping

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Em maio e junho, os cantores independentes Gulliver Lucena, Mauricio Muller e Kauê Lorenz darão o tom das noites de sextas-feiras com covers e músicas autorais

Os fins de semana em maio e junho serão agitados no Paulínia Winner Mall Shopping.Até o dia 27 de junho, a partir das 18 horas, o ‘Happy Hour na Praça’ conta com uma programação especial com os artistas Gulliver Lucena, Mauricio Muller e Kauê Lorenz para embalar o público com apresentações ao vivo. A entrada é gratuita.

O artista Gulliver Lucena se apresenta nesta sexta-feira, 09. Reconhecido na região de Campinas, o baixista vai trazer um instrumental eletrizante com um repertório recheado de sucessos clássicos e atuais do rock e pop rock.

Já no dia 16 de maio, quem sobe ao palco é o cantor Mauricio Muller. Animador oficial dos bares da região, Muller traz covers de sucessos nacionais da MPB e do pop rock, e hits internacionais.

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Quem embala a noite do dia 23 de maio é o multi-instrumentista Kauê Lorenz. O cantor se destaca na cena independente ao mesclar pop rock, brasilidades, reggae e MPB, com projeção nacional no programa Astros, no SBT.

Encerrando o mês, Mauricio Muller retorna no dia 30 de maio para mais uma apresentação especial.

Em junho, o Happy Hour continua com muita música boa. Kauê Lorenz inicia o mês com show no dia 6. Na sexta-feira seguinte, dia 13 de junho, quem se apresenta é Gulliver Lucena. No dia 20 de junho, Mauricio volta ao palco, e para fechar a programação com chave de ouro, Kauê realiza mais um espetáculo no dia 27 de junho.

“Queremos proporcionar uma experiência completa para nossos visitantes e clientes, fazer da nossa Praça de Alimentação um ambiente unindo entretenimento, lazer e boa gastronomia. E, com a ação, ainda fortalecemos o cenário cultural da nossa região”, garante Igor Borges, sócio-diretor do Paulínia Winner Mall Shopping.

O empreendimento está localizado na Av. José Lozano Araújo, n° 1515 – Nossa Senhora Aparecida, Paulínia.

Confira a programação:

Maio
09/05: Gulliver Lucena
16/05: Mauricio Muller
23/05: Kauê Lorenz
30/05: Mauricio Muller

Junho
06/06: Kauê Lorenz
13/06: Gulliver Lucena
20/06: Mauricio Muller
27/06: Kauê Lorenz

Serviço
Happy Hour na Praça
Dias: 02, 09, 16, 23 e 30 de maio | 06, 13, 20, 27 de junho
Horário: A partir das 18 horas
Local: Praça de Alimentação – Piso Superior
Entrada: Gratuita
Endereço: PWM Shopping – Avenida José Lozano Araújo, nº 1515 – Nossa Senhora Aparecida.

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‘Ainda Estou Aqui’ ganha Oscar de Melhor Filme Internacional: a trajetória da produção que leva primeiro prêmio para o Brasil

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O filme Ainda Estou Aqui, do diretor Walter Salles, venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional de 2025, segundo decidiu a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas neste domingo, 02, que deu a estatueta à produção brasileira.

“Esse filme vai para uma mulher que, após uma perda enorme por um regime autoritário, decidiu não se render: Eunice Paiva”, discursou Salles, que dedicou o prêmio às duas atrizes que encarnam a viúva na produção: Fernanda Torres e a mãe dela, Fernanda Montenegro.

É a primeira vez que uma obra do Brasil ganha o prêmio, dado nesta categoria aos longa-metragens produzidos fora dos Estados Unidos e com diálogos predominantemente em uma língua diferente do inglês.

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Em 1960, o filme Orfeu Negro venceu na categoria de Melhor Filme Internacional (então “filme estrangeiro”). Mas, apesar de ter sido filmado no Brasil, falado em português e com atores brasileiros, a produção garantiu um Oscar à França, país do diretor Marcel Camus.

O país também tinha chegado perto da estatueta nessa categoria com O Pagador de Promessas (1963), O quatrilho (1996), O que é isso companheiro? (1998) e Central do Brasil (1999), todos indicados.

Cidade de Deus (2004) também concorreu ao prêmio e a outras quatro categorias: Melhor Direção, Melhor Edição, Melhor Fotografia e Melhor Roteiro Adaptado, mas não levou nenhum.

Portanto, a conquista de Ainda Estou Aqui é histórica.

O longa brasileiro foi a primeira produção do país a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme, que inclui as produções americanas. Mas o grande vencedor da noite foi o filme Anora.

Além disso, Fernanda Torres concorreu como melhor atriz por seu papel em Ainda Estou Aqui, mas perdeu a estatueta para Mikey Madison, que levou por Anora.

O Oscar de Melhor Filme Internacional coroa uma trajetória internacional bem sucedida do longa de Walter Salles, que recebeu elogios na crítica especializada internacional e, só nos EUA, chegou a ser exibido em mais de 700 salas.

Antes do Oscar, o longa também recebeu uma série de prêmios: Globo de Ouro, Goya, Festival de Veneza e Festival Internacional de Roterdã.

Para o diretor Walter Salles, a produção mobilizou tanta gente por ser uma história sobre resistência — em um contexto de fragilidade da democracia em todo o mundo.

Ainda Estou Aqui é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e traz como protagonista Eunice Paiva (Fernanda Torres), mulher que precisou lidar com o sequestro e o assassinato de seu marido — o ex-deputado Rubens Paiva — na ditadura militar (1964-1985).

O casal tinha cinco filhos — um deles, Marcelo.

O filme traz a incansável busca de Eunice por justiça por seu marido e sua família, o que a transformou em um símbolo de resistência contra a ditadura militar. Ao mesmo tempo, mostra como ela manteve firme a sua família.

“Eunice Paiva não se deixou vitimizar, enfrentou um regime autoritário acreditando nas instituições, arquitetou formas de resistência únicas. Sorriu quando lhe pediram para chorar. Escolheu a vida”, disse Walter Salles em entrevista à BBC News Brasil, antes do Oscar acontecer.

Outra filha do casal, Eliana Paiva disse em entrevista à BBC News Brasil que é importante que as pessoas não percam a dimensão de que o filme também tem o objetivo de jogar luz sobre o período da ditadura militar, marcado por perseguição a militantes de esquerda, prática de tortura e desaparecimentos forçados como o do seu pai.

“A gente festeja um Oscar e está achando tudo muito bom em termos de denúncia, mas antes de qualquer coisa, é a denúncia de um assassinato brutal dentro de um quartel de Exército no Brasil. Do que a gente está tratando é de um assassinato”, disse Eliane Paiva.

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