São Paulo
O que está por trás da multiplicação das OXXO?
OXXO

Em 15 meses, a rede de mercados de bairro já inaugurou mais de cem lojas em São Paulo – o ritmo, que virou piada na internet, é coisa séria para os rumos da alimentação
Subindo a Maria Antônia na direção da rua da Consolação há uma. Descendo a mesma Consolação rumo ao centro, outras duas. Tem na avenida Ipiranga. Na Praça da República. E no Largo do Arouche. Faça esse trajeto a pé que, em 30 minutos, você terá encontrado seis OXXO.
Se você não mora em São Paulo, é muito provável que não saiba o que é uma OXXO. Mas, se você mora, sua situação talvez não seja muito melhor.
De uma hora para outra, essas pequenas lojas que vendem comida, mas também produtos de higiene e limpeza, começaram a coalhar bairros inteiros da capital e de algumas poucas cidades do interior paulista. O ritmo frenético tem rendido piadas na internet. E dúvidas.
Até a empresa responsável pela multiplicação das OXXO entrou na onda.
OXXO – Aposta no Brasil
Pois saiba que essa multiplicação já aconteceu no México – e não é nenhum milagre, mas parte de uma tendência que tem facilitado, ainda mais, o acesso a alimentos e bebidas ultraprocessados.
A OXXO pertence à empresa que se notabilizou como a maior engarrafadora da Coca-Cola no mundo. A Fomento Económico Mexicano (Femsa) inaugurou a primeira loja OXXO em 1978, na cidade de Monterrey.
Em 2021, a empresa fechou o ano com 20.431 unidades espalhadas pela América Latina – o que torna a OXXO a maior rede de mercadinhos de bairro da região.
Embora pareça, a entrada da OXXO no Brasil não aconteceu de uma hora para outra. Foi fruto de muito cálculo. A Femsa expressava, desde pelo menos 2011, interesse em fincar a bandeira da marca por aqui. A ideia era que as primeiras lojas começassem a pipocar no país em, no máximo, cinco anos. Não rolou.
O Brasil enchia os olhos por seu tamanho e importância. Mas, ao mesmo tempo, os executivos avaliavam que o mercado brasileiro era bem diferente do mexicano. As padarias, muito populares no país, eram vistas como um obstáculo.
“O brasileiro compra pão quentinho feito na hora”, observou, na época, o então gerente de Relações com Investidores da empresa Max Zimmermann, em uma entrevista ao UOL. “Talvez tenhamos de ter uma pequena padaria dentro das nossas lojas. Estamos estudando. A OXXO no Brasil terá de começar do zero.”
Oito anos se passaram até a OXXO desembarcar em solo tupiniquim, e através de uma parceria de peso. Em agosto de 2019, a Femsa anunciou um acordo com a Raízen, que é uma das maiores distribuidoras de combustíveis do país, dona dos postos Shell.

Por R$ 561 milhões, os mexicanos adquiriram metade da divisão de Conveniências da Raízen, responsável pelas lojas Select. Depois de aprovado pelo Cade, esse negócio virou uma empresa à parte, batizada de Grupo Nós.
O Nós entrou em operação em 1º de novembro de 2019, com muito dinheiro na mão e uma estratégia agressiva de crescimento na cabeça: R$ 320 milhões para abrir 500 lojas em três anos. Trata-se de uma “máquina de expandir”, como definiu o CEO da nova empresa, Rodrigo Patuzzo, que antes estava à frente da Raízen Conveniências.
O plano não envolve somente a abertura de unidades da OXXO. É uma “estratégia de crescimento de mão dupla”, como define a própria Femsa, em que o foco está tanto em ampliar a penetração das tradicionais lojas Select nos postos Shell, quanto em implantar as OXXO.
Campinas, no interior de São Paulo, foi escolhida para azeitar essa tal máquina de expandir. A primeira loja da OXXO no Brasil foi aberta na cidade no dia 1º de dezembro de 2020. Na sequência, vieram Jundiaí, São Paulo, Osasco e São Bernardo do Campo. Em 15 meses, foram inauguradas mais de cem lojas nessas cinco cidades.
Um giro por Campinas
A escolha das cidades e locais onde as lojas abrem não é feita ao acaso. Campinas foi eleita como laboratório do Grupo Nós por estar perto de Cajamar, onde se concentram os centros de distribuição de várias empresas. E por ter características de cidade grande e pequena – o que serve para testar o comportamento dos consumidores à “proposta de valor” da OXXO, como gostam de falar os executivos.
Dentro das cidades, as lojas salpicam as ruas de regiões com grande circulação de pessoas, mas também são instaladas em nichos, como perto de universidades — Campinas, com a Unicamp, é mais uma vez um lugar perfeito.
Hoje – e quando dizemos hoje não é em sentido figurado, já que a expansão da OXXO não para – existem 36 lojas na cidade.
A maior parte delas está no centro, bairro particularmente movimentado por ser passagem obrigatória para quem precisa atravessar a cidade de ônibus. É lá que se concentram as baldeações do transporte público.
A primeira OXXO do Brasil foi aberta no marco zero da cidade – um local para lá de simbólico, tanto para os campineiros quanto para a marca. Lembra que as padarias brasileiras eram uma preocupação para a Femsa? Pois a OXXO entrou no lugar de uma… padaria. E não qualquer uma, mas a Orly, que funcionou no local por 55 anos.
A “OXXO-Orly” – como, ironicamente, a loja foi batizada – deixa no visitante mais atento a impressão de que uma história foi apagada por outra. Nas paredes onde antes havia pães e doces familiares, hoje se vê estampada a linha do tempo que atesta o sucesso da marca estrangeira: a OXXO chegou a cem lojas em 1981, a 500 em 1992, a mil em 1999…
Albino de Sousa trabalha há 40 anos no ponto de táxi que fica na diagonal da esquina onde se instalou a loja. Ele sente saudades de almoçar e lanchar na Orly. “Era uma beleza.” A OXXO, diz, tem sido útil “de vez em quando”. “Pra mim não é barato, mas funciona a noite inteira isso aí. É igual posto de gasolina.”
O funcionamento 24 horas, sete dias por semana – igualzinho às lojas de conveniência – é um dos diferenciais da marca. No Brasil, porém, a maior parte das lojas tem fechado às 22h nos dias de semana. E funcionam madrugada adentro sexta, sábado e domingo.
Seu Albino também não gosta do pão da OXXO. Ah, sim: conforme aquele executivo antecipou 11 anos atrás, a OXXO no Brasil tem padaria. Quer dizer, mais ou menos.
A marca anuncia “pão fresquinho”, mas funcionários de lojas diferentes contaram ao Joio que os pães chegam semiprontos. Na loja, o único trabalho é colocar o produto no forno para assar. O pão da OXXO tem textura e sabor de pão de supermercado.
Quem anda pelo centro de Campinas de dia pode se preocupar com muitas coisas, mas encontrar o que comer não é uma delas. Os quarteirões estão coalhados de mercadinhos e lanchonetes.
Por lá aconteceu um fenômeno curioso: as bancas de jornal mantêm a estrutura original, mas foram transformadas em bancas de comida. Vende-se cachorro quente, açaí, salgados… Dependendo da parte do centro, as bancas funcionam como mini-hortifrutis, vendendo apenas frutas, verduras e legumes.
Ao contrário, as lojas da OXXO no centro de Campinas não oferecem um mísero dente de alho.
(Foto: Lucas Marteli)
Segundo a Femsa, as lojas são segmentadas por tipos, dependendo de onde estão – se num prédio de escritórios ou numa região mais residencial. É esse perfil que determina o sortimento dos produtos.
Em média, cada loja oferece 3,2 mil itens. Naquelas que vendem legumes e frutas, o mais comum é que essa oferta se resuma a 12 itens: alho, cebola, tomate normal e cereja, limão, banana prata, mamão papaya, manga tommy, pera portuguesa, laranja pera, batata inglesa e batata doce.
Algumas poucas lojas também vendem cenoura, berinjela, abobrinha, chuchu, abacaxi, abacate e goiaba. Mais raras ainda são as que oferecem alface americana e alface crespa empacotada.
Mas o grosso da oferta são alimentos e bebidas ultraprocessados. “Só tem produtos empacotados”, resumiu Sarah Knittel, uma jovem simpática que o Joio encontrou saindo de uma OXXO situada a 200 metros da entrada da Unicamp. Moradora do distrito de Barão Geraldo, ela acredita que a rede se vale da falta de opções. “Não tem nada perto daqui, então acaba sendo uma mão na roda.”
O fluxo na loja da Unicamp é intenso. Em meia hora, uns 40 clientes passaram por lá – na maior parte, estudantes. Caixa de bombom Garoto. Barra de chocolate Alpino. Coca-Cola. Doritos. Esse é o tipo de coisa que a garotada estava comprando.
Também deu para ver que as coisas estavam dando certo de outro jeito: a três quadras dali, uma outra loja OXXO estava prontinha para ser inaugurada. Novamente, situada a poucos minutos de uma das entradas da Unicamp.
A prática se repete nas duas principais universidades de Campinas: há uma OXXO na porta da PUC e outra OXXO bem pertinho da Mackenzie. Há uma loja na frente da Mackenzie da capital também.
Mas voltando ao centro de Campinas, segundo relatos – e pelo que pudemos testemunhar –, as lojas vivem vazias. O que deixa todo mundo meio intrigado. Fora isso, ouvimos as pessoas falarem mais bem do que mal da multiplicação das OXXO.
“Eu acho interessante, até sob o ponto de vista da revitalização do centro de Campinas. Acho importante e necessário”, frisou a comerciante Malu Pimenta, que há 20 anos toca um brechó na rua Regente Feijó. Já outra mulher, que ouvia a conversa na loja, mas não quis dar entrevista, se disse incomodada com a enxurrada de lojas de uma hora para outra. “A gente brinca dizendo que há uma pandemia de OXXO na cidade”, resumiu, por sua vez, Sarah Knittel.
José Dias, que vende frutas e legumes numa banquinha de jornal na avenida Francisco Glicério, não acredita que a rede seja uma ameaça ao comércio local. “O Sol nasceu para todos”, disse sorrindo. “Até aumenta o movimento, porque a pessoa que vai na loja não encontra o que a gente vende.”
(Foto: Lucas Marteli)
Davi contra Golias
Nesse sentido, vale a pena olhar para o México. Em seu país de origem, a Femsa tem nada menos do que 20 mil lojas OXXO. E isso cria problemas para os pequenos comerciantes, é óbvio.
Os donos das “tienditas” – como são chamadas as vendinhas de bairro – reclamam que não têm como competir com as promoções e vantagens da OXXO.
No estado de Aguascalientes, localizado no centro do país, o problema já gerou até uma política pública voltada à capacitação dos pequenos comerciantes, por se considerar que, a cada OXXO que abre, entre cinco e sete tienditas fecham.
Mas fica difícil imaginar uma capacitação que contorne o fato de que essa é uma luta de Davi contra Golias.
Até porque, no México, a OXXO é muito mais do que uma rede que vende produtos alimentícios e bebidas. Ela é um lugar onde se pagam as contas. Tipo uma lotérica. Hoje, a OXXO é o principal correspondente bancário do país. Segundo a Femsa, um cliente pode acessar sete mil tipos de serviços diferentes numa OXXO como, por exemplo, pagar em dinheiro nas lojas por aquilo que comprou na internet, como uma assinatura do Spotify ou um produto na Amazon.
A OXXO também está expandindo seus negócios no braço digital: lançou uma startup de pagamentos online chamada Spin. Quem tem um cartão Spin acumula pontos no programa de fidelidade OXXO Premia. E tudo isso cria dados de consumo valiosos para a empresa.
A pesquisadora mexicana Ana Isabel Rodríguez-Guerra explicou ao Joio que, apesar de toda essa musculatura, a OXXO e outras redes semelhantes que operam no país, como a 7-Eleven, ainda são minoria em comparação com as tienditas. Contudo, são elas as que mais crescem no país – a uma taxa que chegou a 142% na década passada, mais que o dobro do crescimento dos supermercados.
Se depender da Femsa, essa distância vai encurtar ainda mais. Numa conferência aos investidores realizada em fevereiro deste ano, o CEO da empresa, Daniel Rodríguez Cofré, afirmou que acredita ser “inteiramente possível abrir mais 10 mil lojas no México na próxima década”. Se o prognóstico se confirmar, o país terá 30 mil lojas OXXO – um número que, transportado para a realidade brasileira de hoje, significa um terço de todo o nosso setor supermercadista.
Bem pertinho de você
Mas, se depender das empresas envolvidas na operação da OXXO no Brasil, a palavra de ordem também é expandir. “Estamos inaugurando um mercado por dia. Vamos chegar ao número 1.000!”, prometeu Ricardo Mussa, CEO da Raízen, no final de março. Mas por que a OXXO é sinônimo de tantas lojas?

A OXXO se baseia em um conceito que se vende como novo, mas na verdade é mais velho do que andar pra frente: o varejo de proximidade. Os armazéns de secos e molhados do século passado eram varejo de proximidade.
No livro Donos do Mercado, que o Joio lançou em 2020, João Peres e Victor Matioli investigaram o setor de supermercados no Brasil e chegaram a uma definição que pode ser útil aqui. Eles dividem o varejo alimentar em dois tipos.
O “varejo tradicional” é composto por lojas pequenas, não organizadas em redes, que comercializam produtos em volume reduzido. “São mercearias, mercadinhos de bairro, pequenos varejões”, exemplificam.
A outra face da moeda fica com o que eles chamam de “varejo estruturado”. É o varejo de grande porte, até então traduzido por supermercados, hipermercados, atacarejos…
O modelo da OXXO se encaixa no varejo estruturado, mas se apropria do espaço do varejo tradicional – o que tem tudo para tornar mais difícil a vida do seu Zé da quitanda ou do seu Manoel da padaria.
Em termos de escala, por exemplo, não há comparação entre uma pequena, ou até mesmo uma média empresa, e uma joint venture bilionária formada por duas das maiores empresas da América Latina: com milhares de lojas, é fácil negociar com os fabricantes preços que vão se traduzir em promoções para o consumidor.
Se muitas e muitas lojas significam escala, elas também significam conveniência.
“Existe uma tendência mundial de polarização do consumo entre dois grandes polos.” O CEO do Grupo Nós, Rodrigo Patuzzo, e ajuda a entender por que a encalacrada de lojas como a OXXO também é civilizatória.
Segundo ele, o primeiro polo é o do preço – representado, hoje, pelos atacarejos. É unicamente a vontade de poupar dinheiro o que move os consumidores na direção dessas lojas gigantes, que ficam geralmente longe de casa.
Mas, no outro extremo, o consumidor é dominado por uma angústia relacionada não a algo concreto, como o saldo na conta bancária, mas subjetivo, como a percepção do tempo.
“Hoje a gente quer fazer muito mais coisas no mesmo período de tempo que a gente fazia antes – e a tecnologia nos permite isso. Então, cada vez mais, falta tempo para as pessoas”, descreveu Patuzzo, explicando que a OXXO se posiciona nesse polo.
Em um mundo acelerado, é quase como se a OXXO se oferecesse como alívio para uma coceira que ela – com seu funcionamento 24 horas, com sua ode à velocidade – ajuda, na verdade, a piorar.
No segmento da alimentação, as lojas baseadas nesse conceito começaram a pipocar no Brasil pelas mãos das grandes redes de supermercados. O Grupo Pão de Açúcar (GPA) tem as bandeiras Minuto Pão de Açúcar e Mini Extra. O Carrefour, por sua vez, tem o Carrefour Express.
O movimento das redes de supermercado agora é seguido pelas distribuidoras de combustível. O Grupo Ultra, dono do Ipiranga e das lojas am/pm, anunciou em 2020 a intenção de expandir sua atuação para fora dos postos.
Também a Vibra Energia (antes da privatização, BR Distribuidora) fez um movimento parecido com o da Femsa e da Raízen e criou uma joint venture com a Lojas Americanas. A empresa se chama Vem Conveniência e conta com lojas dentro e fora dos postos de gasolina.
Ou seja: a aliança entre os ultraprocessados e os combustíveis fósseis está vindo com tudo. O que também não deixa de ser uma prova de que a crise é civilizatória, já que a epidemia de doenças crônicas e o aquecimento global são dois dos maiores problemas do nosso século.
Mas tudo isso vem embalado num discurso fofo: “Nosso propósito é aproximar e facilitar, para todos poderem aproveitar o que mais vale: o tempo para curtir a vida”, diz o manifesto do Grupo Nós.
(Foto: Lucas G. Marteli)
OXXO avança na América do Sul
A velocidade com que a OXXO cresce no Brasil é algo fora da curva quando a gente olha para como se deu a entrada da marca nos outros países onde opera.
O primeiro lance da expansão aconteceu em 2009, na Colômbia. Segundo o relatório mais recente da Femsa, por lá existem 110 lojas OXXO. Depois de um intervalo razoável, em 2017 o Chile foi o próximo. Tem 104 lojas. Na sequência, em 2018, veio o Peru. O país tem 57 lojas. E, finalmente, o Brasil se tornou a quarta – e até agora última – conquista da OXXO fora de solo mexicano.
Embora a multiplicação das OXXO por aqui levante suspeitas em quem anda pelos bairros onde ela acontece, há um plano concreto de expansão por trás disso tudo. Para compreendê-lo, é preciso ter alguma ideia do que é a Femsa.
Geralmente, a empresa é confundida com a Coca-Cola Company, corporação da qual é sócia no negócio de bebidas. Mas a Femsa tem muitos outros tentáculos.

No braço de Negócios Estratégicos, por exemplo, há uma companhia de logística chamada Solistica, que também está crescendo – e, no embalo, já adquiriu empresas brasileiras como a AGV e a Expresso Jundiaí.
Já no braço de Comércio, a Femsa tem três divisões: saúde, com redes de farmácias em vários países; combustíveis, com postos de abastecimento no México; e proximidade, com as lojas OXXO.
A OXXO, inclusive, surgiu antes do acordo com a Coca-Cola. A marca foi criada em 1977 como forma de a Femsa – então Cervecería Cuauhtémoc – vender diretamente ao consumidor as cervejas que produzia. Deu certo.
Em 2021 a divisão de proximidade ultrapassou a área de engarrafamento das bebidas da Coca-Cola em rendimentos e lucros gerados para a Femsa.

Numa conferência aos investidores realizada em fevereiro deste ano, os executivos da Femsa anunciaram que as inaugurações na América do Sul vão acelerar ao longo da década. Com isso, explicaram, a Femsa busca colher os benefícios de um negócio em larga escala, como uma posição mais vantajosa para negociar com os fornecedores. Em outras palavras, para espremê-los melhor.
“Em poucos anos, é inteiramente possível que as operações internacionais estejam gerando lucros comparáveis às operações no México”, disse Daniel Rodríguez Cofré, o mais novo CEO da Femsa, nomeado para o cargo em janeiro deste ano – e vindo adivinha de onde? Da divisão da Femsa que trata da OXXO.
Segundo ele, aproximadamente 400 novas lojas serão abertas na América do Sul em 2022 – metade delas no Brasil.
Até agora, o plano de expansão da OXXO se concentrou em São Paulo, mas o Grupo Nós já divulgou a intenção de chegar a mais locais na região Sudeste e, no Sul, ao Paraná. De acordo com a empresa, no primeiro ano de operação no Brasil, as lojas OXXO tiveram um faturamento 30% acima do esperado.
(Foto: Lucas G. Marteli)
Indicadores de saúde piorando
Mas se essa expansão é um bom negócio para os investidores da Femsa, o mesmo não se pode dizer das populações dos países escolhidos para colocar o plano em prática.
De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), México, Chile, Colômbia, Peru e Brasil experimentaram um aumento nas vendas de alimentos e bebidas ultraprocessados a partir dos anos 2000. Nos cinco países, a alta no consumo de ultraprocessados esteve associada a um aumento nos índices de sobrepeso e obesidade.
Dá para ver direitinho isso no Brasil. Anualmente, o Ministério da Saúde realiza um inquérito telefônico com habitantes das capitais chamado Vigitel. Entre 2006 – primeiro ano do levantamento – e 2021, o percentual de pessoas com excesso de peso foi de 41,3% para 57,2%. E a prevalência de obesidade foi de 11,6% para 22,4%.
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Também dá para pegar uma lupa e ver essa deterioração em Campinas. Dados de inquéritos domiciliares da cidade mostram um aumento da obesidade de 15,7% em 2002 para 25,8% em 2015. No mesmo período, o excesso de peso aumentou de 42,1% para 56,3%. E a prevalência de diabetes foi de 3,7% para 7,8%.
Quem compilou esses dados para o Joio foi a nutricionista Lhais de Paula Barbosa Medina. Ela trabalha no Centro Colaborador em Análise de Situação de Saúde da Unicamp, que organiza e analisa os inquéritos de saúde que acontecem em Campinas.
Na avaliação dela, há quem entre em contato com esses números e os interprete como um problema individual – pessoas que não se alimentam bem ou não se exercitam –, fechando os olhos para o contexto em que estão inseridos. “É a culpabilização da vítima, quando essas tendências são a consequência de um projeto que promove estilos de vida não saudáveis.” Para ela, não há muitas dúvidas de que as lojas OXXO fazem parte desse projeto.
Aos poucos, a ciência vai puxando o fio que liga esses indicadores com o ambiente alimentar no qual as pessoas estão inseridas.
A pesquisadora mexicana Ana Isabel Rodríguez-Guerra concluiu, em 2021, uma pesquisa pioneira sobre a correlação entre a presença de diferentes tipos de loja numa vizinhança e o consumo de alimentos. O estudo, feito na Cidade do México, aponta que uma maior densidade de lojas de conveniência, como a OXXO, está associada ao aumento do consumo de bebidas adoçadas e produtos com alto teor de sódio.
Também em 2021, um estudo nacional do México chegou à conclusão de que quanto mais lojas desse tipo, maior é o consumo de ultraprocessados. Ouvimos de Ana Isabel uma reflexão parecida com a de Lhais: “Durante muito tempo o foco foi no indivíduo: como ele deveria mudar a dieta? Nosso esforço é mudar o foco do indivíduo para o ambiente e entender como a disponibilidade de certos produtos – e a escassez de outros – afeta a saúde das pessoas.”
(Foto: Lucas G. Marteli)
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São Paulo
Educação: SP anuncia investimentos de R$530 milhões em obras e ônibus para rede municipal, expansão do Prontos pro Mundo e climatização da rede estadual

Prefeituras terão R$294,8 milhões destinados a obras, equipamentos, 369 ônibus escolares e expansão do Prontos pro Mundo; escolas estaduais receberão R$233,2 milhões para climatização
As redes públicas municipal e estadual serão beneficiadas com um aporte de cerca de R$530 milhões, valor anunciado nesta quarta-feira, 09, pelo Governo do Estado em evento com a presença do governador Tarcísio de Freitas, do secretário Renato Feder e com prefeitos, no Palácio dos Bandeirantes. O montante é destinado à construção de creches, reformas de unidades de ensino da rede municipal, aquisição de equipamentos, entrega de 369 ônibus escolares, à expansão do programa Prontos pro Mundo e ainda à continuidade do processo de climatização da rede estadual de ensino.
“O dia de hoje não é apenas para celebrar a entrega de ônibus e investimentos na estrutura física das escolas, mas também de agradecer o trabalho dos prefeitos e dos secretários municipais e a parceria que estabelecemos. Avançamos muito com a alfabetização na idade certa. Em março de 2024, tínhamos 48% de alunos fluentes e chegamos no fim do ano passado com 77% de alunos fluentes. Isso é trabalho dos municípios. Vocês acreditaram no Alfabetiza SP. Sabemos que aqueles que alfabetizam melhor, têm os melhores alunos no Ensino Médio”, resumiu o governador Tarcísio de Freitas.
Verba para as prefeituras
Dos R$ 294,8 milhões anunciados pelo Governo de SP nesta quarta-feira, R$ 159,6 milhões serão destinados à compra de 369 ônibus escolares, R$ 50,2 milhões para o Painsp (Plano de Ações Integradas do Estado de São Paulo), que prevê, nesta ação, verbas para obras e compra de equipamentos, além de R$ 85 milhões para o Prontos pro Mundo, que passa a beneficiar também alunos das redes municipais.
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O valor repassado por meio do Painsp deve ser empregado na compra de equipamentos e na construção de nove creches e ampliação de outras 18 unidades de ensino infantil de cidades do interior paulista.
Da relação de novos 369 veículos, 160 já estão liberados para retirada imediata de 142 municípios. Os demais carros estão previstos para a última semana de abril e a primeira de maio.
Serão encaminhados dois modelos de ônibus, com capacidade para 29 pessoas sentadas e com capacidade para 21 pessoas sentadas. Ambos são equipados com dispositivos para garantir a acessibilidade de estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida.
Com essa entrega, desde o início da gestão, em janeiro de 2023, o governo paulista já entregou 664 ônibus escolares, com investimento total de R$ 239,2 milhões.
O Governo de SP quer ampliar o alcance do programa Prontos pro Mundo, iniciativa que beneficia, anualmente, 1.000 estudantes com intercâmbio para países de língua inglesa. Na presença dos prefeitos, o governador Tarcísio de Freitas comunicou que, a partir deste ano, estudantes que frequentaram os anos finais do Ensino Fundamental nas redes municipais poderão participar do processo de seleção para as viagens internacionais. O investimento no programa é de R$ 85 milhões.
Climatização
Durante o evento, o secretário Renato Feder anunciou a continuidade do processo de climatização das escolas estaduais. Serão destinados mais de R$ 233,2 milhões para adaptação de infraestrutura elétrica das escolas, instalação dos aparelhos de climatização e ligação de energia em unidades de ensino em 257 municípios. Até agora, já foram investidos aproximadamente R$ 350 milhões apenas na primeira etapa do programa de climatização das escolas, que abrange 1.056 unidades escolares — destas, 860 processos de climatização já foram concluídos até o início desta semana.
Alunos das redes municipais em intercâmbio internacional
O programa Prontos pro Mundo foi lançado pelo Governo do Estado em 2023 com a primeira etapa da seleção por meio do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) para alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. É exatamente esta etapa que será estendida para alunos das redes municipais. Até então, para participar da seleção do Prontos pro Mundo, estudantes precisariam ter frequentado os anos finais exclusivamente na rede estadual de ensino, desde o 6º até o 9º ano do Ensino Fundamental.
“É uma experiência que não tem preço. Os alunos que já embarcaram vão chegar contando o que viveram e vão inspirar outros estudantes. Precisamos estimular os estudantes a fazer o Saresp. Os alunos das escolas municipais não faziam o exame e vão passar a fazer agora, no 9º ano para a gente trazer esse aluno, que está fazendo a migração para a rede municipal, para ele poder participar do Prontos pro Mundo”, afirmou o governador.
A cada ano, a Educação levará 1.000 estudantes para intercâmbio em países de língua inglesa, como Reino Unido, Nova Zelândia, Canadá e Austrália. A proposta, segundo Feder, é atingir as 644 cidades do estado com turmas de Ensino Médio na rede estadual. Em todo o estado, apenas a cidade de Santana do Parnaíba não conta com uma escola da rede estadual para Ensino Médio.
“Como temos algumas cidades com Ensino Fundamental exclusivo dos municípios, conseguíamos alcançar apenas parte do estado de São Paulo com as vagas de intercâmbio. A partir de agora, aqueles municípios que fizeram o Saresp no ano passado e aqueles que aderirem à avaliação para este ano para a seleção no ano que vem terão seus estudantes participando das etapas de seleção desde essa avaliação, até no ano seguinte, se eles estiverem matriculados na 1ª série do Ensino Médio na nossa rede estadual. As etapas seguintes são o curso de inglês para os melhores no Saresp e uma prova de conhecimentos de língua inglesa”, explicou o secretário da Educação, Renato Feder.
O intercâmbio do Programa Prontos pro Mundo é 100% gratuito para o aluno e sua família, com todos os custos e organização providenciados pela Seduc-SP. Itens como documentos pessoais (passaporte, visto), hospedagem, aulas, traslados, passagens aéreas serão cobertos. Os alunos receberão também uma bolsa-auxílio para despesas pessoais durante a estadia no exterior.
R$1,2 bilhão para as redes públicas
Os R$530 milhões anunciados nesta quarta-feira para prefeituras e climatização de escolas estaduais integram um pacote total de R$1,2 bilhão de investimento destinado à educação pública paulista, com ações que já estão em andamento na rede estadual em 2025.
Somam-se aos novos recursos anunciados nesta quarta-feira, 09, para climatização, ônibus e Painsp:
R$ 261,5 milhões destinados à compra de 143,1 mil equipamentos de tecnologia (computadores e plataformas de recarga), que serão entregues às escolas estaduais até o início do segundo semestre;
R$ 130,6 milhões para o BEEM (Bolsa Estágio Ensino Médio);
R$ 207,3 milhões para a expansão do Ensino Médio Técnico;
R$ 14,7 milhões destinados à bolsa permanência na USP, Unesp e Unicamp para os aprovados no Provão Paulista; e
Outros R$ 34,6 milhões para a construção e obras em quadras esportivas.
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São Paulo
Gastronomia paulista avança com o lançamento das Rotas do Café de SP

Destaque para as fazendas centenárias de antigos barões do café, museus históricos, cafeterias premiadas e centros de pesquisa abertos à visitação
O mesmo grão que levou a economia de São Paulo a se tornar a maior do país, hoje se coloca como grande aposta do turismo gastronômico do Estado, com o lançamento, nesta na terça-feira, 08, do Programa Rotas do Café de São Paulo, uma ação do Governo de São Paulo que selecionou 57 atrativos turísticos relacionados ao café paulista, de mais de 25 municípios agrupados em cinco rotas temáticas inéditas, destinos isolados, além de museus e espaços culturais ligados ao café.
O programa é uma aposta do Governo de São Paulo em experiências turísticas ligadas à produção do grão, como fazendas de antigos barões do café, museus históricos, cafeterias premiadas internacionalmente e centros de pesquisa abertos à visitação. Os atrativos explicam como São Paulo se tornou a maior economia do país e um elemento central nas relações sociais e na culinária do Estado.
Na Rota Mantiqueira Vulcânica, por exemplo, o visitante pode degustar o famoso Café Bazilli, selecionado pelo Vaticano para servir os papas Bento XVI e Francisco em visita ao Brasil. A experiência acontece no Sítio Boa Vista do Engano, em Caconde. Mas se a ideia é percorrer toda a jornada de produção do café, do plantio de mudas à moagem do grão, o Café Labareda, no município de Cristais Paulista, oferece o roteiro mais completo do Estado, na Rota Mogiana Paulista.
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As experiências continuam nas Rotas Alto Cafezal; Circuito da Águas; e Cuesta, Itaqueri e Tietê (veja a lista de estabelecimentos abaixo). “As Rotas do Café de São Paulo valorizam a identidade dos destinos, destacam os produtores e seus territórios, geram oportunidades de trabalho e oferecem experiências autênticas e sustentáveis”, afirma Roberto de Lucena, secretário de Turismo e Viagens de São Paulo.
O avanço do café em São Paulo, Estado que mais consome o grão no Brasil, impulsiona o turismo rural, um dos segmentos turísticos mais pujantes do interior paulista, segundo o Sebrae. Apenas na capital, são consumidas cerca de 25 milhões de xícaras por dia em padarias, mercados, restaurantes e em estabelecimentos como o Cupping Café, eleito uma das cem melhores cafeterias do mundo na lista da publicação The World’s 100 Best Coffee Shops.
O programa Rotas do Café de São Paulo é uma parceria da Casa Civil com as secretarias de Turismo e Viagens (Setur), Economia e Indústria Criativas (Secult), Agricultura e Abastecimento (SAA), Desenvolvimento Econômico (SDE), da InvestSP, ligada à SDE, e do Museu do Café, de Santos.
Segue a relação das propriedades mapeadas e suas respectivas rotas:
ROTA MANTIQUEIRA VULCÂNICA
A Mantiqueira Vulcânica é uma das regiões cafeeiras mais premiadas do Brasil, destacando-se pelo cultivo de cafés de montanha. Com altitudes que variam entre 800 e 1.300 metros, a região, que abrange cidades como Caconde, Espírito Santo do Pinhal e Águas da Prata, possui um terroir único, resultado de antigos solos vulcânicos. Esse diferencial confere aos cafés notas frutadas, florais e com acidez equilibrada, características muito apreciadas no mercado de cafés especiais. A produção artesanal e sustentável, aliada às paisagens deslumbrantes, faz da Mantiqueira Vulcânica um destino imperdível para os amantes da bebida e do turismo rural.
- Fazenda da Prata – Águas da Prata
- Fazenda Santa Maria – Águas da Prata
- Sítio Córrego do Engano – Caconde
- Café do Mirante – Caconde
- Cafés Especiais Bazili – Caconde
- Pousada Encanto da Mata – Caconde
- Rancho Churrascada – Fazenda Baleia – Espírito Santo do Pinhal
- Pousada Famiglia Barthô – Espírito Santo do Pinhal
- Caffè Nato / Fazenda Boa Vista de Pinhal – Espírito Santo do Pinhal
- Sítio Santa Rita do Olho d’Água – Espírito Santo do Pinhal
- Apoena Cafés Especiais e Micro Torrefação – Espírito Santo do Pinhal
- Café Coopac – Caconde
- Sítio Grumello – Caffè Immacolato – Santo Antônio do Jardim
- Fazenda Irarema – São Sebastião da Grama
- Fazenda São Paulo – São José do Rio Pardo
- Sítio Florestinha – Caconde
- Sítio Volterra – Espírito Santo do Pinhal
- Bonventi – Espírito Santo do Pinhal
- Terra de Kurí – Espírito Santo do Pinhal
- Fluicoffee – Santo Antônio do Jardim
ROTA CUESTA, ITAQUERI E TIETÊ
A região da Cuesta, Itaqueri e do Tietê oferece uma geografia única, com relevos marcantes e solos que favorecem o cultivo de cafés de qualidade. Localizada no centro-oeste paulista, em municípios como Brotas, Dois Córregos e Dourado, essa área se destaca pelo desenvolvimento de cafés artesanais e processos de torrefação cuidadosos. Além da produção, a região combina o turismo rural com atividades de aventura, oferecendo experiências que vão além da xícara, incluindo trilhas e visitas a propriedades sustentáveis. São cafés com notas sensoriais complexas e um perfil aromático sofisticado, atraindo apreciadores de sabores marcantes.
- Sítio Estação Canela – Brotas
- Café São Francisco do Gramado – Brotas
- Parque Recanto das Cachoeiras – Brotas
- Mokoi Café – Dois Córregos
- Sítio São Miguel do Gramado – Brotas
- Fazenda Maria José da Roseira – Brotas
- Fazenda Monte Alto – Café Helena – Dourado
Rota Circuito das Águas
Famoso por suas fontes de águas minerais, o Circuito das Águas Paulista também se destaca pela produção de cafés especiais. A região, que inclui cidades como Serra Negra, Monte Alegre do Sul, Amparo e Campinas, combina o turismo rural com a tradição cafeeira, oferecendo experiências que vão do cultivo à xícara. Pequenas propriedades familiares e fazendas históricas abrem suas portas para visitas guiadas, degustações e contato direto com os produtores. O café cultivado no Circuito das Águas reflete as características do solo fértil e do clima equilibrado, resultando em bebidas aromáticas e equilibradas, perfeitas para os apreciadores da bebida.
- Sítio Flor da Lua – Campinas
- Fazenda Atalaia – Amparo
- D. Origem Café – Campinas
- Sítio Cafezal em Flor – Monte Alegre do Sul
- Cantinho da Natureza Café & Quitutes – Monte Alegre do Sul
- Sítio São Roque – Serra Negra
- Fazenda Benedetti – Amparo
Rota Mogiana Paulista
A Mogiana Paulista é uma das regiões cafeeiras mais tradicionais do Brasil, com uma história marcada pela produção de cafés de alta qualidade. Situada no nordeste do estado de São Paulo, a região abrange municípios como Franca, Pedregulho, Patrocínio Paulista e Cristais Paulista, reconhecidos pelo cultivo de Café Arábica em altitudes elevadas. O terroir privilegiado, com clima ameno e solos férteis, favorece a produção de grãos com perfil sensorial complexo e encorpado. Além da produção, a Mogiana Paulista se destaca pela modernização dos processos de torrefação e comercialização, preservando a tradição sem abrir mão da inovação.
- Café Labareda – Cristais Paulista
- Café Moscardini – Franca
- Zaz Cafés Especiais – Franca
- Sítio Santa Terra – Patrocínio Paulista
- Fazenda Cachoeira – Pedregulho
- Pietà Café (Fazenda 9 de Julho) – Altinópolis
- Café Vicentini – Altinópolis
- Sítio Falcão do Alto da Serra – Santo Antônio da Alegria
- Sítio Capoeira – Jeriquara
- Fazenda Bom Jardim Coffee – Franca
Rota Alto Cafezal
A região do Alto Cafezal carrega no nome a sua forte ligação com o café. Localizada no oeste paulista, com destaque para municípios como Marília e Garça, a região tem um solo rico e um microclima ideal para o cultivo de cafés especiais. Nos últimos anos, a cafeicultura local passou por uma grande transformação, focando na sustentabilidade e na produção de qualidade superior. A cidade de Garça obteve em 2022 a Indicação Geográfica de Procedência, um reconhecimento da excelência dos cafés produzidos na área. Além das plantações, a região abriga torrefações especializadas e promove experiências imersivas, como degustações e visitas técnicas.
- Sítio Olho D’Água – Marília
- Sítio Santa Clara – Garça
- Tosta Coffee Roaster – Garça
- Fazenda Bom Jardim – Vera Cruz
Destinos Cafeeiros
Mais do que uma bebida, o café faz parte da história e cultura de São Paulo. Estes locais preservam essa tradição e proporcionam experiências imersivas no universo do café. Desde museus históricos, como o Museu do Café de Santos, até fazendas que resgatam métodos antigos de cultivo, essa categoria inclui espaços culturais, centros de pesquisa e propriedades turísticas. São destinos que combinam conhecimento, história e degustação, permitindo que o visitante conheça o café do grão à xícara, vivenciando o legado desse produto que ajudou a moldar o estado de São Paulo
- Instituto Biológico – São Paulo, Capital
- Sítio Berelu – Cerqueira César
- Sítio Sol Nascente – Ibiúna
- APTA Regional de Adamantina
Outras vivências do café
- Museu do Café de Piratininga / Fazenda São João – Piratininga
- Museu do Café – Santos
- Ateliê Casa das Artes – Socorro
- Hotel Fazenda Campo dos Sonhos – Socorro
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São Paulo
Governo de São Paulo autoriza investimento de quase R$1 bilhão para novas moradias em parceria com a Caixa Econômica Federal

Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação poderá fazer aportes de subsídios para até 30 mil unidades do Minha Casa Minha Vida, além de R$300 milhões em Cartas de Crédito Imobiliário do Casa Paulista
O Governo de São Paulo autorizou, nesta segunda-feira, 07, o investimento de R$1 bilhão para prover novas moradias em parceria com a Caixa Econômica Federal. Dentre os recursos, a previsão é de mais de R$600 milhões do Casa Paulista, programa habitacional conduzido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), para viabilizar até 30 mil unidades em empreendimentos do Minha Casa Minha Vida no Estado, nas modalidades Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) e Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Outros R$ 300 milhões serão investidos via Casa Paulista – Carta de Crédito Imobiliário, subsídio do Estado nos financiamentos da Caixa realizados via FGTS.
Participaram da cerimônia de autorizo, na sede do governo paulista, o governador Tarcísio de Freitas, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, o ministro das Cidades, Jader Filho, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, entre outras autoridades.
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Tarcísio de Freitas destacou que esse aporte de subsídios no Programa Minha Casa Minha Vida é uma das iniciativas da gestão estadual que visam ao cumprimento da meta, estabelecida desde a montagem do Plano de Governo, de reduzir efetivamente o déficit no Estado. “Estamos dando mais um passo em direção ao cumprimento das nossas metas. Estabelecemos, de forma inequívoca, a aliança entre o Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, um programa consagrado, com o Casa Paulista. E essa aliança vai permitir alcançar muito mais gente”, explicou.
O governador abordou, ainda, outras ações do Casa Paulista que o consagram como o maior programa habitacional já realizado em São Paulo, que deve entregar cerca de 200 mil novas habitações até 2026: “Estamos fazendo a nossa parte com o Casa Paulista! Entregamos quase 53 mil unidades. Temos 97 mil unidades em obra e estamos celebrando uma parceria que vai nos proporcionar construir mais 30 mil. Além disso, daqui a pouco, com o Casa Paulista vamos anunciar mais 28 mil. Se somarmos isso tudo, chegamos em 207 mil moradias, ou seja, estamos superando a nossa meta”, concluiu.
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, reforçou o compromisso que o Estado de São Paulo tem em garantir atendimento habitacional de qualidade, que é realizado por meio de parcerias com entidades e municípios. “Esse, para mim, é um momento muito especial, porque mostra, mais uma vez, a determinação do Estado de São Paulo de seguir com o maior programa habitacional de todos os tempos e com a parceria de todas as entidades que querem participar. Os municípios têm sido parceiros incansáveis do nosso programa, pois graças a eles que conhecemos a demanda mais apuradamente e conseguimos ter parceria em terrenos e em áreas em desenvolvimento urbano”, declarou.
Além disso, o secretário também pontuou que a atual gestão trabalha visando diretamente à redução do déficit habitacional. “Hoje aqui com a Caixa Econômica e com o Ministério das Cidades, a gente mostra mais uma vez que a parceria é que vai fazer com que a gente consiga, de verdade e de uma forma definitiva, enfrentar o déficit habitacional no Estado de São Paulo, e não ficar lidando apenas com os números marginais”, concluiu.
Também presente na cerimônia, o Ministro das Cidades, Jader Filho, agradeceu a parceria com o governo de São Paulo e se colocou à disposição para estreitar laços e, assim, prover, conjuntamente com o Estado, mais unidades habitacionais e melhorias para os paulistas. “O que está acontecendo hoje aqui é unirmos os programas habitacionais estaduais e municipais junto ao Minha Casa Minha Vida, porque na hora que juntamos, potencializamos a capacidade das famílias de tomarem um financiamento. E isso só é possível se houver diálogo, se, de fato, transformarmos o pacto federativo e podermos discutirmos e conversarmos, mesmo se estivermos em campos opostos”, disse.
Pelas regras da Caixa Econômica Federal, o valor máximo para financiamento pelo banco é de R$ 170 mil. Como essa quantia é insuficiente para cobrir todos os custos de produção habitacional em São Paulo, o aporte complementar solicitado pela Caixa ao Casa Paulista é fundamental para viabilizar a construção dos empreendimentos.
Carlos Antônio Vieira Fernandes, presidente Caixa da Econômica Federal, falou sobre a referência que o Estado de São Paulo se tornou na área da habitação devido ao êxito do planejamento de suas ações para prover moradias. “Sabemos da importância que o Estado de São Paulo tem em relação a todos os aspectos, mas, em particular, na área da habitação é uma referência pelos valores destinados, pelas ações de integração entre o Estado, a Federação e os municípios”, disse. O presidente também destacou a importância da habitação na economia, explicando que hoje o Brasil investe 10% de seu PIB no setor, mas há buscas de alternativas para este número crescer. “Existe um espaço imenso de crescimento nesse aspecto, considerando todos os programas, não só os de governo. Em São Paulo, por ser um mercado pujante, temos desenvolvido outras alternativas na busca de caminhos para que a gente possa construir novos modelos que permitam que avancemos mais”, concluiu.
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