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Grito de socorro ajudou a colocar bairros no mapa de Campinas

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Fernando Silveira foi um dos participantes de estudo que ‘oficializou’ a Vila Chico Amaral e o Parque Schalon. Ele destacou o acolhimento da população em áreas menos desenvolvidas.

Bairros no mapa de Campinas – De uma necessidade financeira a um objetivo de vida. O sacerdote Fernando Silveira, de 52 anos, pode ser considerado um veterano do Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em Campinas (SP).

Ele participou do estudo em 2010 e ajudou a colocar bairros considerados vulneráveis no mapa oficial da cidade, e neste ano ele voltou às ruas e avenidas da metrópole com a expectativa de transformar os números frios das estatísticas em políticas públicas.

“As regiões que eu peguei eram lugares onde você tinha grupos de classe D e E.

Na época, eu achei que ia ter problema para acessar essas pessoas, mas foi justamente o contrário.

Era lá que a pessoa me oferecia uma água, um café e uma cadeira para sentar.

Você via o alívio dela em poder expor a realidade que vivia. Aquele era o momento do grito de socorro delas.

Você coletava os dados das pessoas e sabia que depois ela não ia ter o que comer”, ressaltou.

Silveira conta que o acolhimento oferecido pela população de áreas menos desenvolvidas da cidade despertou nele um senso de cidadania e, a partir de um novo olhar, ele passou a considerar que o trabalho do Censo vai muito além de uma interpretação rasa sobre “só contar pessoas”’. Para ele, a sensação de dever cumprido só chega quando o esforço se traduz em mudanças sociais efetivas.

“Você, por exemplo, registra a nível nacional um assentamento e, com isso, consegue atingir essas pessoas levando urbanização. Você vê seu trabalho sendo bem-sucedido quando vê uma creche chegando nesses bairros porque você registrou que tem X números de crianças naquele lugar”, explicou.

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O Censo teve início na segunda-feira (1) em todo o Brasil e deve ser finalizado em 31 de outubro. Em Campinas, a meta do estudo é visitar 452.866 domicílios. O objetivo do levantamento é alcançar um retrato da população nas mais diversas esferas, incluindo a social e econômica.

Bairros no mapa de Campinas – Surgimento de bairros novos

Em 2010, Silveira trabalhava como agente censitário supervisor e era responsável pela organização logística e acompanhamento da coleta dos dados dos moradores. À época, os integrantes da equipe também realizaram antes do Censo uma pesquisa urbanística, onde eles visitavam os bairros para verificar uma série de itens estruturais, como asfaltamento das ruas, arborização, nomeação dos logradouros, as quantidades de colégios e creches, entre outras informações.

Em uma destas visitas, lembrou o sacerdote, o trabalho contribuiu para o surgimento “oficial” de dois novos bairros em Campinas: a Vila Chico Amaral e o Parque Schalon. Naquele ano, explicou, as regiões eram assentamentos com pouco mais de um ano de existência, com posse recebida em 2009.

“Eu lembro que eles se autodenominavam Parque Chico Amaral, mas na época o Chico Amaral [ex-prefeito de Campinas e ex-deputado federal, morto em janeiro de 2016] estava vivo e você não podia dar nome a um logradouro com uma pessoa viva.

Mas eles insistiram e a gente teve que colocar, virou a Vila Chico Amaral.

O Parque Shalon também foi existir a partir do momento em que eu registrei.

Então como supervisor eu tive que recriar todo o Parque Schalon porque ele não existia, era um mapa vazio, então você tinha que desenhar toda aquela estrutura”, contou à reportagem.

No Censo deste ano, Silveira mudou de cargo e atua como agente censitário municipal. Além disso, a pesquisa urbanística antes feita por supervisores ficará sob responsabilidade dos recenseadores.

Bairros no mapa de Campinas
Agentes do censo IBGE começam a visitar municípios de Campinas — Foto: Reprodução/ETPV

Do receio ao olhar humanizado – Bairros no mapa de Campinas

A região de Campinas onde Silveira trabalha durante o Censo é a Noroeste, onde ficam 22 bairros como Jardim Itatinga, Parque Industrial, Cambuí e o distrito de Barão Geraldo.

Em 2010, lembrou o sacerdote, a divisão estipulada pelo próprio IBGE para o levantamento cobria bairros da cidade até o limite com Hortolândia (SP), o que colocou o Centro de Progressão Penitenciária Ataliba Nogueira entre os lugares visitados à época. Ele explicou que chegou a sentir receio, mas depois encarou o fato sob uma nova perspectiva, mais humanizada, para fazer o trabalho.

“Eu tive contato com traficante [de drogas] e essas pessoas me receberam. Pessoas com arma na cintura?

Pessoas com arma na cintura, mas respondendo ao Censo.

Você sente medo, mas naquela hora você não está conversando de um agente público para um infrator, você está conversando de pessoa para pessoa.

Naquele momento, ele está pensando na família dele para poder passar os dados.”

Confira a divisão dos bairros por região em 2022

  • Nordeste: Jardim Nova Europa, Jardim São Gabriel, Jardim New York, Jardim Carlos Lourenço, Vila Marieta, Jardim Leonor, Vila Ypê, Jardim Estoril, Jardim Proença, Bosque, Chácara da Barra, Parque Brasília, Jardim Carlos Gomes, Jardim Santana, Jardim Nilópolis, Parque Imperador, Sousas, Joaquim Egídio, AlphaVille, Recanto dos Dourados, Parque Xangrilá e adjacência.
  • Noroeste: Jardim Santa Lúcia, Campos Elísios, Jardim Itatinga, Vila União, Jardim Londres, Jardim Ipaussurama, Vila Rica, Cidade Jardim, Parque Industrial, Bonfim, Vila Teixeira, Castelo, Parque Via Norte, Jardim Eulina, Cambuí, Taquaral, Mansões Santo Antônio, Vila Costa e Silva, Parque das Universidades, Nova Aparecida, Barão Geraldo e adjacências.
  • Ouro Verde e Campo Grande: Distritos de Ouro Verde e Campo Grande.
  • Sudeste: Jardim Califórnia, Jardim Monte Cristo, Jardim do Lago II, Swiss Park, Jardim Icaraí, Jardim Noêmia, Jardim Conceição, Jardim São José, Vila Lourdes, Parque Camboriú, Jardim San Diego, Parque Centenário, Santa Rita de Cássia, Cidade Singer, Campo Belo, Jardim São Domingos, Jardim Itaguaçu e adjacências
Bairros no mapa de Campinas
Região Noroeste de Campinas é dividida em seis subáreas para Censo IBGE 2022 — Foto: Fernando Silveira/Arquivo pessoal

Ações do IBGE

De acordo com a coordenadora censitária de Campinas, Miria Borges de Amorim, o IBGE articulou estratégias para os locais considerados de risco, como as reuniões de preparação para o Censo. Nos encontros, os agentes e coordenadores entram em contato com os líderes locais para apresentar o trabalho, discutir a necessidade de acesso dos recenseadores, incluindo segurança e logística.

“Nós temos a BIOS [Base de dados do IBGE] com informações cadastradas anteriormente ao Censo com objetivo de subsidiar o recenseador com dados de líderes comunitários, dos postos de saúde, das igrejas locais, com objetivo de disseminação na divulgação das operações censitárias.”

Fonte: G1

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Campinas

Campinas contará com serviço de aluguel de 330 patinetes elétricos 

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Cerca de 330 patinetes elétricos farão parte do cenário urbano de Campinas a partir do próximo dia 23. O lançamento do serviço de aluguel dos veículos previsto para o final de semana contará com uma aula gratuita à população sobre o uso adequado dos equipamentos. Trata-se da Escola de Direção Segura, no mesmo sábado, a partir das 9h, na Praça Arautos da Paz (Vila Nogueira).

O evento é aberto ao público e contará com uma equipe de instrutores que orientará os interessados sobre como utilizar os patinetes elétricos, além das regras de trânsito local. Modernos e seguros, os patinetes elétricos são rastreados por GPS e têm um limite de velocidade de 20 km/h. Eles são equipados com placa de identificação, sistema de freios, campainha e faróis de LED integrados. 

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Proporcionando assim comodidade aos seus clientes em prol do trânsito local, a JET apoia iniciativas para melhorar a segurança no trânsito. Todas as viagens incluem seguro contra acidentes gratuito, além de contar com equipe de instrutores a orientar os usuários nos principais pontos de fluxo da Cidade.

Vale ressaltar que os patinetes elétricos contribuem também para a redução de emissões de carbono, sendo uma alternativa de modal mais sustentável para a comunidade. Entre as principais regras de trânsito, o usuário deve ser maior de idade e não pode utilizar o equipamento em duplas, para carga de transporte ou sob efeito de álcool. Também deve estacionar os veículos nos locais pré-determinados no aplicativo, a fim de não atrapalhar o trânsito local.

Sobre a JET
Criada em 2021, a empresa se tornou na líder sul-americana do segmento, com mais de 10 mil veículos distribuídos em 19 municípios do Sul ao Nordeste brasileiro, como Brasília, São Paulo, Salvador e Florianópolis. 

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Campinas

MPT investiga atos antissindicais nas regiões de Campinas, Jundiaí e Piracicaba

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Trinta e dois inquéritos abordam casos de empresas que influenciam e coagem trabalhadores a se opor à contribuição sindical; uma liminar já foi proferida

Os procuradores lotados na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT) da 15ª Região, em Campinas, estão atuando em mais de 30 inquéritos contra empresas de diferentes cidades, denunciadas por incentivar seus funcionários a se opor à contribuição sindical instituída por acordo ou convenção coletiva, e até se negando a efetuar os descontos das taxas nas folhas de pagamento.

Até o momento, dos 32 procedimentos ativos, que tiveram início em 2024, quatro resultaram na celebração de termo de ajuste de conduta (TAC), pelo qual as empresas se comprometeram a não induzir os trabalhadores a se opor às contribuições sindicais, sob pena de multa, e outros quatro resultaram no ajuizamento de ações civis públicas, apresentando os casos ao judiciário trabalhista. Uma liminar foi concedida.

O desconto das contribuições assistenciais instituídas por norma coletiva foi declarado constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão de 2023, desde que seja assegurado o direito de oposição do trabalhador.

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“Nos inquéritos conduzidos pelo MPT, observa-se uma conduta antissindical empreendida pelos empregadores que, em sua maioria, não apenas se recusam a descontar os valores das taxas sindicais, como incentivam os empregados a apresentar oposição, inclusive propondo modelos de cartas a serem entregues pelo trabalhador à entidade, e até conduzindo grupos de trabalhadores até os sindicatos, com veículos da empresa, para que apresentem oposição à contribuição assistencial. Tais condutas atentam contra a liberdade sindical, uma vez que impõem a vontade da empresa em prejudicar a viabilidade da atividade sindical, e não necessariamente a vontade do trabalhador de não contribuir com os representantes daquela categoria”, explica o procurador e coordenador regional da Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (CONALIS), Elcimar Rodrigues Reis Bitencourt.

As denúncias são oriundas de diferentes municípios do interior de São Paulo, como Piracicaba, Limeira, Campinas, Indaiatuba, Valinhos, Jundiaí, Pedreira, Cosmópolis, Atibaia e Santo Antônio de Posse.

A instrução dos inquéritos apresenta casos de imposição do departamento jurídico das empresas sobre a forma de oposição do trabalhador à taxa sindical, geralmente pela elaboração de modelos de carta, mas também coagindo os empregados a fazê-lo, inclusive disponibilizando carros da empresa para levá-los aos sindicatos para apresentar a oposição.

“A Convenção da OIT nº 98, introduzida por decreto federal ao ordenamento jurídico brasileiro, assegura aos trabalhadores a proteção de quaisquer atos atentatórios à liberdade sindical em matéria de emprego. Portanto, caso o trabalhador queira contribuir para a atividade sindical, a fim de assegurar melhores condições à categoria, pode fazê-lo sem que haja a interferência do seu empregador, sendo essa prática um grave atentado à liberdade de atuação dos sindicatos”, explica Elcimar.

O MPT obteve uma liminar contra uma empresa de Santo Antônio de Posse, que determina que a ré se abstenha de “coagir, estimular, auxiliar e/ou induzir o trabalhador a se opor ou a resistir aos descontos de contribuições sindicais legais, normativas ou negociadas, ou de qualquer outra espécie, bem como exigir, impor e/ou condicionar a forma, tempo e/ou modo do exercício da oposição”. A decisão também obriga a empresa a se abster de “fomentar a assinatura, contribuir para elaboração e/ou confeccionar carta de oposição para ser entregue pelos seus empregados ao sindicato da categoria ou, ainda, remetê-las ao sindicato da categoria profissional”. A multa imposta por descumprimento é de R$ 3 mil por ato ilegal, para cada trabalhador atingido.

Outras três ações aguardam o julgamento de mérito, ajuizadas contra empresas de Atibaia, Campinas e Jundiaí. Celebraram TAC com o MPT empregadores de Campinas (2), Cosmópolis e Limeira.

“O MPT não advoga em nome de sindicatos, mas em benefício de toda a sociedade, sendo o garantidor da lei e da liberdade sindical. Se o trabalhador é contrário à contribuição assistencial e quiser se opor a ela, ele tem todo o direito de fazê-lo, contanto que não haja interferência ou coação de terceiros para tal, o que seria uma conduta ilegal e passível de punição. É justamente o que se discute nos inquéritos e ações em questão”, finaliza o procurador.

Processo nº 0011656-90.2024.5.15.0188 (Jundiaí); nº 0011568-65.2024.5.15.0022 (Santo Antônio de Posse); 0013499-40.2024.5.15.0140 (Atibaia); 0010142.56.2025.5.15.0095 (Campinas)

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Campinas

Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas elege novo presidente e discute pautas prioritárias

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Durante o encontro, Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação anunciou a oferta da Infraestrutura de Dados Espaciais do Estado de São Paulo para os municípios presentes

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) promoveu, na manhã desta segunda-feira, 17, a 243º Reunião do Conselho de Desenvolvimento da RMC na cidade de Campinas. Estiveram presentes o subsecretário de Desenvolvimento Urbano, José Police Neto, a secretária executiva da Secretaria Estadual da Saúde, Dra. Priscilla Perdicaris, o presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, Gustavo Reis, o prefeito e presidente eleito do Conselho para o ano de 2025, Dário Saadi, além de outros 19 prefeitos integrantes do colegiado e representantes de secretarias e órgãos do Estado.

O encontro teve entre suas deliberações principais eleger o novo presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC para o ano de 2025, fazer um balanço dos anos anteriores e discutir projetos prioritários e comuns para o novo período de trabalho.

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), responsável pela secretaria executiva do Conselho, foi representada pelo subsecretário de Desenvolvimento Urbano, José Police Neto, que falou sobre a oferta de uma plataforma e dados georreferenciados geridos pelo Governo de São Paulo. Tal iniciativa vem ao encontro da determinação do Governador Tarcísio de trazer aos municípios o controle pleno das informações necessárias para uma boa gestão: “Trazemos, então, todos os instrumentos de gestão eficiente e eficaz, por meio de plataformas poderosas de informação. Estamos construindo sistemas de informação e dados dos municípios e das regiões para melhorar a capacidade de análise e o desenvolvimento de políticas públicas urbanas, por meio de novos mecanismos de suporte para gestão”, explicou.

Police Neto abordou, ainda, a necessidade de se pensar no desenvolvimento sustentável, algo extremamente importante para executar a transformação das cidades em ambientes mais resilientes. Para isso, ele destacou o recém-lançado Bairro Paulista – Cidades Sustentáveis: “O governador Tarcísio, junto com o secretário Marcelo Branco, desenvolveu um programa poderoso, o Bairro Paulista, que possui seis instrumentos. Um deles é o Cidade Sustentável, um investimento sendo realizado na cidade para recuperar, a partir de soluções baseadas na natureza, um espaço urbano de menor manutenção, utilizando aquilo que muitas vezes a gente abandonou. Então, estamos pensando em jardins de chuva, bacias drenantes de infiltração, trazendo uma nova tecnologia verde para substituir a infraestrutura cinza”, concluiu.

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Presidido pelo ex-prefeito de Jaguariúna e atual presidente do Conselho, Gustavo Reis, o encontro discutiu também temas relacionados à saúde pública, desafios em decorrência das mudanças climáticas e integração entre prefeituras e demais órgãos do estado para encontrar soluções comuns em campos como o de planejamento e uso do solo, transporte e sistemas viários, habitação, saneamento básico e meio ambiente.

Gustavo Reis aproveitou a cerimônia para fazer um balanço das iniciativas em andamento na RMC durante o biênio de 2023/2024, dando destaque aos projetos liderados pelo Governo de São Paulo, como o andamento da construção do Trem InterCidades São Paulo – Campinas, da Requalificação da Área Central de Campinas, da elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano e Integrado (PDUI) da RMC e da compra e instalação do radar meteorológico da AgemCamp, localizado na Universidade de Campinas (Unicamp), capaz de detectar fenômenos severos a 100 km de distância.

O atual presidente reiterou a importância da compra desse equipamento, importante ferramenta para auxiliar a atuação preventiva do poder público, em caso de detecção de algum evento climático que coloque vidas em risco. “Compramos, com o dinheiro do Fundo de Desenvolvimento Metropolitano de Campinas (Fundocamp), esse radar meteorológico. Foi um investimento feito há muitos anos, para que nós tivéssemos à disposição da nossa região. Esse equipamento não é só um radar, mas vai ser um centro meteorológico que estaremos fazendo. O investimento, ao todo, soma mais de R$ 5 milhões, deliberado neste Conselho, na outra gestão, e o radar já está na Unicamp. Esse centro vai trazer uma previsibilidade, com antecedência, dos padrões climáticos que têm atingido a nossa região ”, explicou Gustavo Reis.

Durante a reunião, foi realizada, ainda, a eleição do presidente e vice-presidente do Conselho da RMC. Foram eleitos o prefeito de Campinas, Dário Saadi, como presidente, e Rafael Piovezan, prefeito de Santa Bárbara D’Oeste, como vice-presidente para o ano de 2025, com a possibilidade de recondução ao cargo por mais um ano.

O novo presidente, que será empossado no próximo sábado, 22, falou sobre as expectativas para o seu mandato à frente do Conselho e da importância de se pensar em ações conjuntas para esses municípios: “É importante que a região tenha ações conjuntas entre as vinte cidades, porque é praticamente impossível pensar em soluções e em políticas públicas que fiquem no limite do seu município, quando você vive em uma região metropolitana. Por isso, vamos priorizar juntos a área da saúde, das mudanças climáticas e a economia da nossa região”, disse Dário Saadi.

Conselho de Desenvolvimento da RMC
O órgão foi criado pela Lei Complementar nº 870 de 19 de Junho de 2000 e instalado por meio do Decreto nº 46.057 de 27 de Agosto de 2001. Tem caráter deliberativo e normativo, composto por um representante de cada Município que integra a RMC e por representantes do Estado nos campos funcionais de interesse comum, assegurada a paridade das decisões.

A Região Metropolitana de Campinas tem 20 municípios e é a segunda maior região metropolitana do Estado de São Paulo em população, com mais de 3,1 milhões de habitantes, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2017. Os municípios integrantes são: Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo.

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