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Brasil

Alimentação saudável é um dos setores mais quentes para Fusões e Aquisições em 2023

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Enquanto fusões e aquisições seguem em alta, investidores buscam pelos atalhos ideais em setores com maior potencial; descubra quais são eles

São Paulo, fevereiro de 2023 — A chegada de um novo ano traz excelentes oportunidades para investidores analisarem o mercado e contemplarem as expectativas para o futuro. Com base em pesquisas e estudos, bem como na expertise própria e anos acompanhando M&As no Brasil e no mundo, o economista Fernando Kunzel e o engenheiro de produção Willian May, sócios na boutique de investimentos L6 Capital Partners, reuniram importantes informações para quem está buscando entender o cenário de fusões e aquisições em 2023.

Em primeiro lugar, é preciso reconhecer o crescimento do número de M&As ao longo dos últimos anos e o modo como esse tipo de operação se tornou essencial no mundo dos negócios.

Só no primeiro semestre deste ano, o Brasil registrou 807 transações, contra 706 no mesmo período de 2021, segundo dados da PWC Brasil. Isso ocorre mesmo em meio a diversas instabilidades econômicas e políticas ao redor do mundo, seguindo uma onda ascendente que vem sendo registrada desde 2017 e passou a subir ainda mais após a pandemia.

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Contudo, para saber onde investir, é necessário apurar o olhar. “Observar o mercado como um todo é fundamental”, destaca May. “Mas existem áreas com mais potencial que outras. Essas são as minas de ouro que o mercado deve ficar de olho daqui para frente”.

Os especialistas informaram cinco dos setores mais quentes para M&AS no próximo ano. Confira abaixo!

Alimentação saudável
Segundo as consultorias Statista e Mintel, o segmento global de alimentos saudáveis tem uma taxa média de crescimento anual estimada em 5,3% que deve se manter até 2025, pelo menos. O valor fica acima da própria categoria geral de alimentos, que cresce 3,6% ao ano.

No Brasil, o sucesso do setor não fica atrás. Em 2020, o mercado movimentou R$100 bilhões, segundo a Euromonitor. “Temos visto algumas transações importantes, como a compra da Jasmine, que possui a maior parte de sua linha vegana e orgânica, pela M. Dias Branco, uma das maiores empresas alimentícias do país”, lembra o sócio da L6 Capital, Willian May. O valor da operação em questão, apesar de não divulgada, é estimado em torno de R$350 milhões pelo Pipeline.

Saúde
“O boom da saúde em 2020 fez com que muita gente acreditasse que era uma ocorrência pontual”, comenta Fernando, “mas se trata de um exemplo pontual de um mercado continuamente forte. Não há um futuro em que a saúde não seja imprescindível na sociedade e, portanto, no mercado”.

Os fatores que mais indicam o potencial para crescimento da área são o aumento gradativo da população idosa, que naturalmente possui mais gastos com saúde, e da empregabilidade, o que, por sua vez, aumenta também a penetração dos planos de saúde nas mais diversas regiões e classes. A expectativa do IBGE é que as despesas com saúde cheguem a representar 1,5% do PIB até 2038.

Agronegócio
“No ano passado, o agronegócio representou cerca de 26% do PIB. É um mercado historicamente fundamental para a nossa economia. Por si só, isso já resulta em mais crédito para a área”, aponta o Kunzel. “Além disso, também estamos vivendo uma busca considerável por inovações, especialmente com foco em sustentabilidade e soluções financeiras, o que leva mais crédito especificamente para agtechs”, completa o economista.

As agtechs, empresas de base tecnológica que atendem diferentes pontos da cadeia produtiva do agro, são o destaque para 2023. O Radar Agtech, estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), SP Ventures e Homo Ludens, com apoio da plataforma Distrito e do Sebrae, identificou as principais tendências de atuações dessas startups: Insumos Biológicos, Agfintechs, Marketplace para o agronegócio e Climatechs.

Telecomunicações
O telecom é um mercado que está se consolidando continuamente, de acordo com Willian May. É uma área com muitos players e, por isso, o volume das transações pode não chamar tanta atenção a princípio — mas a quantidade de acordos sendo fechados costuma só aumentar.

“O telecom é conhecido por seus ciclos de injeção de capital ao longo dos anos. Mundialmente, tivemos picos de fusões e aquisições em 2016, 2018 e 2021. Entre eles, e agora também, este ano, houve algumas quedas relevantes. É provável que 2023 seja o retorno do crescimento neste ciclo”, afirma o especialista. Os dados são da Bain & Company.

Educação
Outro setor impactado pela pandemia foi o da educação. Soluções tecnológicas se tornaram essenciais para que professores e escolas continuassem a dar aulas e, de lá para cá, mais possibilidades foram se formando.

No primeiro trimestre deste ano, a KPMG registrou 19 M&As no setor, uma alta de mais de 70% em relação ao mesmo período de 2021. “Um exemplo neste caso é a compra da Eleva pela Cogna, operação que foi avaliada em R$580 milhões. A Cogna é, inclusive, a maior compradora do segmento na última década, com 15 negócios concluídos”, conta o especialista.

“Todos esses setores estão sendo impulsionados por um motor comum: a tecnologia. Vale para praticamente qualquer outra área, na verdade. As grandes empresas seguem em busca de inovação e market share, e é mais frequente encontrar ambos onde há tecnologia aplicada de maneira firme e inteligente. De forma geral, minha dica é focar nos setores mais relevantes e, dentro deles, nas empresas mais inovadoras. É aí que pode estar verdadeiramente, um pote de outro”, conclui Kunzel.

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Brasil

Diagnóstico da obesidade deve ter novos parâmetros a partir de 2025

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Conforme especialistas vêm defendendo há muitos anos, incluindo cirurgiões da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) o Índice de Massa Corporal (IMC) não será mais o único parâmetro utilizado para a definição de obesidade

Acabou de ser publicado o resultado do trabalho de uma comissão formada por 58 especialistas de todo o mundo que atuam no tratamento da obesidade, incluindo dois pacientes. Entre os integrantes da comissão está o ex-presidente da SBCBM e atual presidente da Federação Internacional de Cirurgia para a Obesidade (IFSO), Ricardo Cohen.

Com o apoio da revista científica The Lancet, foram propostas novas diretrizes para diagnosticar a obesidade, reconhecendo-a como uma doença crônica e contínua, e não apenas como um fator de risco para outras doenças relacionadas ao excesso de gordura, como diabetes e hipertensão. Os especialistas chegaram a 18 sinais e sintomas capazes de indicar quando a obesidade é doença em adultos — e outros 13 em crianças e adolescentes.

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A publicação da Lancet Diabetes & Endocrinology Commission distingue também obesidade clínica da obesidade pré-clínica, conforme a presença ou ausência de manifestações clínicas objetivas de disfunção orgânica. O diagnóstico clínico requer um ou ambos os seguintes critérios principais: evidência de função reduzida de órgãos ou tecidos devido à obesidade (ou seja, sinais, sintomas ou testes diagnósticos mostrando anormalidades na função de um ou mais sistemas de tecidos ou órgãos); ou limitações substanciais, ajustadas por idade, nas atividades diárias, refletindo o efeito específico da obesidade na mobilidade, em outras atividades básicas da vida diária (por exemplo, banho, vestimenta, higiene, continência e alimentação), ou ambos.

O grupo utilizou o método Delphi para alcançar consenso sobre critérios diagnósticos, enfatizando a necessidade de confirmar o excesso de gordura além do IMC e considerando limitações nas atividades diárias.

O documento traz recomendações para clínicos e formuladores de políticas públicas, focando na prevenção e tratamento baseado em evidências.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Juliano Canavarros, a redefinição proposta é um divisor de águas na compreensão e no manejo da obesidade, já que diferenciando obesidade pré-clínica e obesidade clínica, os novos critérios reconhecem que o excesso de adiposidade pode se manifestar de formas distintas, ora como um fator de risco, ora como uma condição de doença estabelecida.

“A Obesidade Pré-Clínica define o excesso de gordura corporal sem evidências de disfunção orgânica, mas com risco aumentado de progressão para doenças crônicas. Já a Obesidade Clínica caracteriza-a como uma doença sistêmica crônica, com disfunções funcionais em órgãos e tecidos, incluindo alterações metabólicas, cardiovasculares e estruturais”, afirma Canavarros.

Para ele, os novos critérios de avaliação têm vantagens como, a inclusão de métodos como circunferência abdominal, razão cintura-quadril e medidas diretas de adiposidade, como o DEXA, que permitem uma avaliação mais fidedigna do impacto da obesidade na saúde.

“Essa abordagem evita tanto o subdiagnóstico (em pessoas com IMC normal e alta adiposidade) quanto o sobrediagnóstico (em atletas com alta massa muscular). Também reconhece a obesidade clínica como uma doença baseada em alterações funcionais objetivas baseada em evidências e não apenas no peso, promovendo um cuidado mais centrado no indivíduo e alinhado com os princípios da medicina personalizada, para reverter disfunções e melhorar a qualidade de vida. Já na Obesidade Pré-Clínica permite a implementação de estratégias de monitoramento, aconselhamento e intervenções preventivas para evitar a progressão da doença”, destaca Canavarros.

Políticas públicas baseadas em evidências
Outro benefício da nova definição é que ela combate a ideia de que a obesidade é apenas uma falha de comportamento ou estilo de vida, reconhecendo-a como uma doença multifatorial e sistêmica, promove-se um cuidado mais humanizado, com redução do estigma associado à condição.

“Esses avanços representam uma oportunidade para transformarmos a forma como abordamos a obesidade em nossos sistemas de saúde. Na SBCBM, acreditamos que a integração desses novos critérios fortalecerá ainda mais as abordagens multidisciplinares que sustentam a cirurgia bariátrica e metabólica e estamos comprometidos em liderar esforços para disseminar essas diretrizes no Brasil, colaborando com médicos, gestores de saúde e pacientes para promover mudanças significativas em nosso sistema de saúde, completa Canavarros afirmando que a SBCBM apoia esses avanços e reafirma seu compromisso com a excelência no cuidado de pessoas que vivem com obesidade.

Confira os 18 sinais da obesidade clínica em adultos:

  1. Dores de cabeça recorrentes e perda de visão. Às vezes, têm a ver com a pressão intracraniana aumentada.
  2. Apneia do sono. Quando você se deita e dorme, a gordura em excesso no abdômen e na garganta faz o ar ter encontrar resistência para passar. A respiração sofre breves (e ruidosas) interrupções.
  3. Falta de ar. Ela mostra que os pulmões e o músculo da respiração, que é o diafragma, têm dificuldade para se expandir.
  4. Insuficiência cardíaca de fração reduzida: o coração não se contrai direito para bombear o sangue.
  5. Fadiga e inchaço nas pernas. Esses sintomas podem indicar outro tipo de insuficiência cardíaca, a de fração preservada. Nela, o coração não relaxa direito. O bombeamento do sangue também fica prejudicado.
  6. Palpitações e ritmo cardíaco irregular. São sinais de arritmias.
  7. Hipertensão pulmonar: quando sobe demais a pressão da artéria que leva o sangue do coração até os pulmões para ser oxigenado.
  8. Trombose venosa: quando surgem coágulos nas veias das peras.
  9. Hipertensão. Isto é, pressão sanguínea acima dos valores saudáveis.
  10. Alterações metabólicas: quando o exame de sangue acusa
  11. Aumento do colesterol LDL ou dos triglicérides ou, ainda, dos níveis de glicose, por exemplo.
  12. Doença hepática gordurosa: quando exames de imagem

encontram gordura infiltrada no fígado, o que é capaz de inflamá-lo.

  1. Excesso da proteína albumina na urina: este é um dos sintomas de rins que não estão funcionando a contento.
  2. Escapes de xixi: se os episódios de incontinência urinária se tornam frequentes.
  3. Menstruação irregular, falta de ovulação e síndrome dos ovários policísticos: são sinais de problemas reprodutivos em mulheres.
  4. Deficiência de testosterona nos homens e baixa produção de espermatozoides: indicam problemas reprodutivos no público masculino.
  5. Dores nos joelhos e/ou na bacia. Elas acusam problemas articulares.
  6. Linfedema. Ele causa inchaços e dores crônicas.
  7. Limitações em atividades básicas do dia a dia: se a falta de mobilidade dificulta tarefas como tomar banho, vestir-se e outras.

Nas crianças e nos adolescentes, vale lembrar, são 13 critérios, muitos deles em comum com a lista dos adultos.

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Brasil

Morre aos 92 anos Léo Batista, a voz marcante do jornalismo brasileiro

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Seu Léo estava internado no Rio de Janeiro em função de um tumor no pâncreas

Morreu neste domingo, 19, aos 92 anos, Léo Batista, um dos maiores jornalistas da história do Brasil. O âncora e repórter, que esbanjou simpatia ao longo de quase um século de vida, se identificou mais com a imprensa esportiva ao longo da carreira, mas soube marcar espaço em muitas outras coberturas. Além de fazer parte da bancada do Jornal Nacional, passou 40 anos cobrindo o Carnaval do Rio de Janeiro no rádio e na televisão. Ele faleceu no Hospital Rios D’Or, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em função de um tumor no pâncreas.

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O jornalista deu entrada no hospital no dia 06 de janeiro, em decorrência de um quadro de desidratação e dor abdominal. Exames detectaram o tumor, que exigira internação na UTI da unidade ao longo dos últimos dias, mas ele não resistiu.

Seu Léo, como sempre foi carinhosamente chamado, dedicou cerca de 77 anos ao jornalismo, tendo sido 54 deles só na TV Globo, tornando-se inspiração para várias gerações de profissionais que aprenderam com ele, tendo contato direto, ou apenas sendo espectador de sua “voz marcante”.

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Brasil

Inscrições para concorrer a mais de 260 mil vagas pelo Sisu estão abertas

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Adesões podem ser feitas até o dia 21 pelo Portal Único do Acesso ao Ensino Superior. O resultado está previsto para 26 de janeiro

Os candidatos que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 já podem, a partir desta sexta-feira, 17, usar as notas para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e concorrer a vagas ofertadas em instituições públicas de ensino superior, em especial universidades e institutos federais. As inscrições podem ser feitas até 21 de janeiro pelo Portal Único do Acesso ao Ensino Superior, seguindo o cronograma oficial e os critérios para seleção, que foram publicados no Edital n° 35/2024.

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O resultado da chamada regular está previsto para 26 de janeiro. O período de matrículas acontece de 27 a 31 de janeiro. O prazo para participar da lista de espera vai de 26 a 31 de janeiro.

260 mil vagas
Neste ano, serão 261.779 vagas em instituições públicas de ensino superior de todo país. Entre essas, mais de 68 mil são para estudantes que querem ingressar em licenciaturas, público-alvo, por exemplo, do Pé-de-Meia Licenciaturas. A iniciativa é parte do programa Mais Professores para o Brasil, lançado pelo Governo Federal, que vai ofertar mais de 12 mil bolsas a candidatos com nota igual ou superior a 650 pontos no Enem que se matricularem em um curso presencial de licenciatura.

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