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VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – Lei Maria da Penha completa 13 anos

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Após 13 anos da lei protetiva, a violência doméstica continua sendo realidade para muitas brasileiras

A Lei 11.340/06, batizada como Lei Maria da Penha, completou 13 anos nesta semana e foi responsável por modificar a disciplina jurídica aplicável às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. A lei contempla, ainda, as medidas protetivas de urgência, que servem para prevenir crimes mais graves.

Maria da Penha, de 71 anos, passou quase 20 anos lutando pela condenação de seu ex-marido, que a agredia e tentou matá-la duas vezes. Em um dos ataques, ela foi baleada e ficou paraplégica.

O caso chegou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), que exigiu que o Brasil criasse uma legislação específica contra violência doméstica. A lei 11.340, sancionada em 07 de agosto de 2006 pelo ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, recebeu seu nome como forma de homenagem.

“Antes de ter a Lei Maria da Penha, não tinha nada que desse segurança para a mulher. Por exemplo, se ela sofresse uma violência doméstica, ela fazia o boletim de ocorrência e tudo ocorre sem nenhuma proteção. E a pessoa que agrediu, vai voltar a agredir, pois a mulher não tem proteção nenhuma. Por isso a Lei é importante: ela traz as medidas de proteção, afastamento, acompanhamento da polícia e outras”, explica a especialista em Direito e Processo Penal, Camila Guerreiro.

Camila ressalta que outro ponto importante da Lei e, pouco conhecido, é que ela não traz um rol taxativo de medidas protetivas. “Então se para uma mulher é preciso alguma outra medida que não está na Lei, com base na Lei é possível pedir”.

“A Lei é muito boa. Uma das melhores Leis que temos no Brasil, inclusive é premiada e copiada internacionalmente. Um ponto positivo para o Brasil”. No entanto, a advogada pontua que os operadores não sabem lidar com ela. “As pessoas que precisam trabalhar com a Lei não estão aptas para isso. E o que eu discuto bastante e, uma possibilidade que eu trago, é o treinamento”.
Diante dessas situações, quando uma pessoa é vítima de violência doméstica, segundo Camila, o mais importante é conseguir se colocar no lugar dessa pessoa. “Como que a pessoa se deixa agredir? Isso para mim era um paradigma e depois de muito trabalhar que eu comecei a me colocar no lugar dessas pessoas. Tem muita coisa envolvida”.

Algo comum, também citado pela advogada, é a mulher retirar a queixa contra o agressor e começar a duvidar se a violência realmente aconteceu. Nesses casos, ela espera que realmente não tenha acontecido, pois ao contrário, as violências voltam a acontecer.

A violência doméstica não tem distinção de classe, idade ou raça. São diferentes violências, mas acontece com todos, principalmente a violência psicológica.

Neste viés, seguindo a linha de uma legislação voltada para o gênero feminino, foi criada a Lei do Feminicídio, que mostra avanço na luta contra a violência doméstica. Desse modo, traz mais rigor ao crime de homicídio contra a mulher, tipificando-o como qualificado.

Além de advogar, Camila leciona as disciplinas Direito Penal, Processo Penal e Estágio e Prática Jurídica no Centro Universitário de Jaguariúna (UniFaj). Neste ano, ela realizou juntamente com os acadêmicos do 5º semestre de Direito Penal, o IV Workshop Maria da Penha.

“Quando comecei a dar aula, na primeira turma, preparei esse workshop. Eu nunca tinha estudado profundamente o tema, só a lei, sem muita discussão filosófica ou sociológica. Ao ver os índices, vi que o Brasil está lá em cima no ranking. É muita coisa!”, lamenta.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2018 o Brasil registrou de 606 casos de violência doméstica. Foram 164 estupros por dia e estima-se que menos de 10% dos estupros sejam comunicados à polícia.
Com a pesquisa proposta aos alunos, de maneira livre, Camila percebeu a interação e o aprofundamento no tema. Ao invés de apresentar em aula, foi construído o workshop.

“Cada ano temos um viés. Prevenção, combate ou informação. No primeiro ano eu lembro que foi desenvolvido um aplicativo. Teve um projeto que fez um site de informação, outro que promoveu uma aula de defesa pessoal e nesse ano teve algo diferente que foi a inclusão do curso de psicologia”, conta.

Como a UniFaj oferece várias áreas de estudo, a professora pensa em futuramente agregá-las no workshop. Mas, de qualquer modo, o 5º semestre do curso continua realizando-o nos próximos anos.

“Porque agora é assim, os alunos chegam na faculdade pensando nisso. Eles chegam pensando no assunto que vão desenvolver e isso é muito legal”, conta.

Outro olhar
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) assinou um protocolo de intenções para viabilizar o atendimento integral e multidisciplinar às mulheres e seus dependentes em situação de violência doméstica e familiar. A principal importância desse protocolo é atender mulheres vítima de violência do ponto de vista da Psicologia, com viés que não a culpe e que procure trabalhar a questão de sua autonomia e, também, da consolidação de seus laços sociais e comunitários.

Além disso, a assinatura do protocolo de intenções defende a inserção de profissional da Psicologia em equipes multidisciplinares nos juizados de violência contra a mulher e a ampliação da participação da psicologia em políticas públicas de enfrentamento às violências. Na prática clínica da Psicóloga Deborah Voltan, de Jaguariúna, ela acompanha mulheres em situação de violência física e psicológica.

Mulheres que sofrem violência doméstica estão inseridas em um contexto que é denominado de Ciclo da Violência. A psicóloga explica que esse ciclo é composto por três fases e, com o tempo, os intervalos entre uma fase e outra ficam menores, assim como as agressões passam a acontecer sem obedecer à ordem das fases.

A primeira fase é o aumento da tensão. Nela, o agressor mostra-se tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Ele também humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos. A segunda fase corresponde à explosão do agressor, ou seja, a falta de controle chega ao limite e leva ao ato violento. Aqui, toda a tensão acumulada na fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.
Também conhecida como “lua de mel”, a fase três se caracteriza pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o seu relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos.

“Em inúmeros casos esse ciclo se repete por anos e anos, tornando-se, com o passar do tempo, mais difícil de ser rompido decorrente ao sentimento de culpa, medo e baixa autoestima das vítimas. E, sabemos que o não rompimento desse ciclo chega-se ao feminicídio, que é o assassinato da vítima”, lamenta Deborah.

“A situação de violência doméstica é lesiva para a mulher, porque existe o componente da violência psicológica e as consequências de passar por uma situação como essa podem ser irreversíveis. A vítima pode não se recuperar completamente desse trauma. A mulher carrega uma ferida para o resto da vida. Muitas vezes tem dificuldade em estabelecer novas relações, de confiar em si mesma.

É preciso realizar um trabalho psicológico intenso para que elas possam superar essas situações. É a perda da confiança até no próprio senso de julgamento, por não ter percebido, não ter se dado conta da violência. O caminho é mostrarmos para a mulher vítima de violência que a situação por ela enfrentada não é individual e sim um problema que parte de uma estrutura social desigual”, alerta a psicóloga.

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Corredor Dom Pedro de rodovias deve receber mais de um milhão de veículos durante o Carnaval

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Concessionária Rota das Bandeiras fará seis dias de Operação Especial, entre a sexta-feira, 28 de fevereiro, e a quarta-feira de Cinzas, no dia 5 de março

Pouco mais de um milhão de veículos são aguardados no Corredor Dom Pedro de rodovias durante a Operação Especial de Carnaval da Concessionária Rota das Bandeiras, que terá início na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, e se estenderá por seis dias, até a quarta-feira de Cinzas, no dia 5 de março. A previsão é 12% superior ao registrado no Carnaval de 2024, quando 946.849 veículos utilizaram as rodovias.

Somente na sexta-feira, são aguardados 260 mil veículos nas vias administradas pela Rota das bandeiras. O movimento deve ser intenso já a partir das 14h, com previsão de diminuição do volume de tráfego após às 22h. O sábado de Carnaval também deverá ter grande fluxo de veículos no período da manhã.

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Principal rodovia do Corredor Dom Pedro, a D. Pedro I (SP-065) deve receber a passagem de 740 mil veículos durante os seis dias. A via é responsável pela ligação da Região Metropolitana de Campinas (RMC) com outras importantes rodovias, como Fernão Dias (BR-381), Presidente Dutra (BR-116) e Carvalho Pinto (SP-070), que levam a destinos muito procurados no feriado, como as cidades do sul de Minas Gerais e as praias do Litoral Norte de São Paulo. Ainda na Região Metropolitana de Campinas, 155 mil veículos são esperados na rodovia Prof. Zeferino Vaz (SP-332). Já na região de Jundiaí, as rodovias Eng. Constâncio Cintra (SP-360) e Romildo Prado (SP-063), que garantem a ligação do Corredor Dom Pedro ao Circuito das Frutas, deverão receber 170 mil veículos no total.


Para garantir uma viagem tranquila aos motoristas, a Concessionária contará com todo seu efetivo Operacional. Guinchos e viaturas de Resgate estarão posicionados em pontos estratégicos de todo o Corredor Dom Pedro, facilitando o deslocamento para atendimento a qualquer tipo de ocorrência. Além disso, viaturas de inspeção de tráfego percorrerão as rodovias de forma ininterrupta para prestar auxílio aos motoristas. Toda movimentação nas rodovias será monitorada por meio das 95 câmeras do Centro de Controle Operacional (CCO) da Concessionária.

Antes de pegar a estrada, é importante que se faça a manutenção preventiva básica do veículo, como a verificação dos níveis de água, óleo e combustível. A calibragem correta dos pneus, inclusive o estepe, também é fundamental. Outra dica importante é que o motorista sempre tenha água disponível para se hidratar durante a viagem, devido às altas temperaturas esperadas.

“São dicas bem simples, mas que fazem muita diferença, garantindo maior segurança durante a viagem, minimizando o risco de imprevistos”, destaca o gerente de Operações da Rota das Bandeiras, Murilo Perez. “É importante que o motorista tenha conhecimento sobre a localização de nossas oitos bases do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) e, também, dos postos de serviço ao longo da rodovia, que são pontos de apoio seguros e confortáveis para um descanso durante a viagem e também de parada em caso de emergência”, completa.

Os motoristas que desejarem mais informações ou necessitarem de atendimento médico ou mecânico podem entrar em contato com a Concessionária por meio do telefone 0800-770-8070. A ligação é gratuita e funciona 24h. Para receber informações atualizadas sobre as condições de trânsito, o motorista também pode acessar o X (@rdasbandeiras) ou se cadastrar no Canal do WhatsApp. Para receber o link, basta encaminhar uma mensagem pelo aplicativo para o 0800-770-8070.

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Santo Antônio de Posse conquista premiação inédita no Programa Municípios Resilientes

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O município de Santo Antônio de Posse foi destaque ao receber de forma inédita o Prêmio Município Resiliente, no grau bronze, em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. O evento, que ocorreu na quarta-feira, 04, que também marcou o lançamento da “Operação SP Sempre Alerta de Chuvas”, reconheceu os esforços de municípios paulistas na gestão de riscos, prevenção de desastres e desenvolvimento sustentável.

A premiação foi concedida pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo, como parte do programa de avaliação do Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEG-M), desenvolvido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), do Programa Município Verde Azul (PMVA), implementado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e da Campanha Mundial Construindo Cidades Resilientes (Making Cities Resilient 2030 – MCR2030), do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR).

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Santo Antônio de Posse participou da cerimônia com a presença do coordenador do sistema municipal de Proteção e Defesa Civil, Abílio Alves. A honraria foi entregue pelo vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth e pelo secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel PM Henguel Ricardo Pereira.

Entre as iniciativas promovidas que garantiram a premiação do município possense, estão a implementação de medidas eficazes de gestão, sustentabilidade e prevenção de tragédias e desastres naturais que fortaleceram a segurança e a qualidade de vida da população. Neste ano, foram certificados 76 municípios paulistas que obtiveram a pontuação exigida pelo Programa. São cidades que possuem uma gestão compromissada com as políticas e ações de redução de risco e desastre, em harmonia com o desenvolvimento sustentável.

Prêmio Município Resiliente
Criado em 2019 pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do Decreto Estadual nº 64.659/19, o Prêmio Município Resiliente tem foco na gestão de risco e desastres que objetiva incentivar as cidades paulistas a adotarem práticas de redução de riscos e desastres, promovendo o desenvolvimento sustentável, por intermédio da avaliação do grau de maturidade da gestão municipal nas atividades de proteção e defesa civil.

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Casa da Memória Padre Gomes recebe exposição ‘Modernismo’

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A Casa da Memória Padre Gomes é palco da abertura da exposição itinerante “Modernismo”, uma iniciativa do professor, museólogo e artista plástico Fabiano Rizzoni. A mostra, que conta com o apoio da Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura, visa celebrar o movimento modernista no Brasil e suas importantes conexões com a história de Jaguariúna. A entrada é gratuita.

A exposição traz réplicas de obras de artistas consagrados que fizeram parte do Salão Modernista promovido por Olívia Guedes Penteado, uma das grandes mecenas das artes brasileiras. Olívia, que viveu sua infância e adolescência na Fazenda da Barra, em Jaguariúna, teve um papel crucial na promoção do modernismo e na formação de uma rica tradição cultural no país.

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Entre as atrações da exposição, destaca-se a obra “A Chegada”, de Fabiano Rizzoni, exibida recentemente no Museu do Louvre, em Paris, além de outras criações inéditas do artista, inspiradas no legado do modernismo.

A mostra fica em cartaz até o dia 13 de dezembro e, em 2025, está prevista para ser exibida em outros espaços culturais da cidade, permitindo que mais pessoas tenham acesso a essa importante reflexão sobre a arte e a história do Brasil.

A Casa da Memória Padre Gomes fica na Rua Alfredo Bueno, 1206, no Centro de Jaguariúna, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Foto: arquivo

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