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Rússia: 5 anos de perseguição sistemática e desrespeito aos direitos humanos

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Valentina Baranovskaya, 70 anos, é uma aposentada que gosta de cozinhar e escrever música e poesia. Em fevereiro de 2021, recebeu uma sentença sem precedentes e foi condenada a 2 anos de prisão. Qual o crime de Valentina? Acreditar em Deus, falar de sua fé com outros e se reunir com amigos.

Infelizmente, esse caso não é o único — muitos outros cidadãos russos pacíficos estão sendo detidos por causa de sua fé. Há 5 anos, as Testemunhas de Jeová são alvo de perseguição cruel e implacável pelas autoridades na Rússia.

Até 22 de abril de 2022, 620 membros desse grupo foram acusados criminalmente; 88 estão presos; 24 estão em prisão domiciliar; e mais de 1.750 buscas foram realizadas por autoridades fortemente armadas nas casas de Testemunhas de Jeová. Em muitas dessas buscas os oficiais apontam armas para as cabeças delas — inclusive crianças e idosos — e utilizam de violência e tortura.

As acusações contra as Testemunhas de Jeová têm sido feitas com base no artigo 282.2 do Código Penal da Federação Russa, aplicado a atividades extremistas e terroristas. Nos processos, porém, não há crimes de ódio nem vítimas. Mesmo assim, severas penas continuam a ser aplicadas a essas pessoas inofensivas.

Condenações duríssimas contra pessoas pacíficas

Algo que tem sido muito questionado é a rigidez e a dureza com que cidadãos comuns e pacíficos estão sendo tratados em solo russo. Pessoas honestas, que colaboram com a comunidade são condenadas como criminosos da pior espécie.

Por exemplo, Anna Safronova (56 anos), que antes de sua prisão, era o único apoio para sua mãe de 80 anos, recebeu uma condenação de 7 anos por ser Testemunha de Jeová. Para comparação, o Código Penal da Federação Russa prevê de 3 a 6 anos de prisão por estupro e 6 anos de prisão por assassinato premeditado.

Oficiais tentam justificar suas ações com base na proibição da entidade jurídica das Testemunhas de Jeová, que ocorreu em abril de 2017. A decisão que se refere às organizações jurídicas, não deveria afetar o direito de adoração individual e coletiva, assegurado pela Constituição da Federação Russa. O próprio plenário do Supremo Tribunal da Federação Russa, em 28 de outubro de 2021, decidiu que os serviços divinos das Testemunhas de Jeová, sua realização conjunta de ritos e cerimônias, por si só, não constituem crime nos termos do art. 282.2 do Código Penal da Federação Russa, apesar da liquidação de suas entidades legais.

De que forma a comunidade mundial vê a situação?

Diversas organizações internacionais1 tem expressado sua repulsa e desaprovação contra os atos de violação básica do direito à liberdade de crença praticados por autoridades na Rússia.

Em 22 de fevereiro de 2022, a Corte Europeia dos Direitos Humanos2 emitiu duas decisões a favor de quinze Testemunhas de Jeová e condenou a Rússia por violar direitos fundamentais à liberdade de religião.

Em março de 2020 3, o Conselho Permanente da Organização de Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e a União Europeia emitiram uma declaração conjunta condenando as autoridades russas: “A União Europeia continua profundamente preocupada com a situação das Testemunhas de Jeová, que enfrentam perseguição sistemática na Rússia . . . Estamos muito preocupados com os recentes relatos específicos de tortura e outros maus-tratos de várias Testemunhas de Jeová que estão na prisão.”

Sem lutar, as Testemunhas de Jeová continuam a suportar perseguição com coragem

Andrey Andreyev, um pai de família que cumpre 4 anos e 6 meses de prisão, disse em suas últimas palavras no tribunal: “Um ano e 7 meses em um centro de detenção preventiva não me endureceu. Orei diariamente para que eu pudesse manter o amor a Deus e ao próximo. Não tenho ressentimento, nem raiva, muito menos ódio por ninguém.”

Nataliya Prilutskaya, da Anistia Internacional, reforça a importância da população mundial tomar conhecimento do que tem acontecido na Rússia. “Nestes cinco anos, esses religiosos demonstraram sua força, coragem e paz diante da perseguição em curso. Suas histórias precisam ser divulgadas mais amplamente fora da Rússia: nas câmaras de debate dos parlamentos e das organizações internacionais, nos programas de TV e no cinema, nas redes sociais e nas páginas de livros”, defende Nataliya. “Compartilhem as suas histórias com a sua família e seus amigos, abordem-nas com o seu representante político local, escreva sobre elas nas suas redes sociais — tudo isso poderia contribuir para restabelecer a justiça e ajudar a parar a acusação contra as Testemunhas de Jeová na Rússia”, completa.

As Testemunhas de Jeová são uma religião cristã composta por mais de 8,5 milhões de pessoas no mundo e legalmente reconhecidas em mais 200 países. Na Rússia, em 2017, havia 175 mil Testemunhas de Jeová. Por detrás dos dados não se vê apenas um número — mas sim pessoas que perderam o direito de praticar sua religião e passaram a conviver com o medo diário de repressão. Esses cidadãos esperam que seus direitos individuais sejam respeitados. Esse é um desejo partilhado por qualquer ser humano livre do século 21.

Em julho de 2020, Valentina, citada no início, sofreu um derrame. Ela conta: “Quando minha saúde piorou, ficou bem claro para mim que Jeová4 estava do meu lado. Eu fazia muita oração e era como se Jeová me carregasse em seus braços. Senti uma paz e uma calma muito grande. É difícil até de explicar.” Depois de tudo que Valentina passou, ela diz: “Estou decidida a servir ao nosso Pai por toda a eternidade e a continuar fiel a ele não importa o que aconteça em minha vida.”

Passados 5 anos, as Testemunhas de Jeová russas continuam determinadas a continuar enfrentando a opressão com coragem e paciência. Elas confiam na promessa de Deus, registrada no livro bíblico de Isaías, capítulo 54, versículo 17: “Nenhuma arma fabricada contra você será bem-sucedida.”

Informações citadas no artigo:

World community reacts to the persecution of Jehovah’s Witnesses in Russia? (jw-russia.org)

2 CEDH diz que a Rússia violou direitos e liberdades das Testemunhas de Jeová (jw.org)

3 Autoridades europeias condenam a perseguição às Testemunhas de Jeová na Rússia (jw.org)
4 O nome de Deus, segundo a Bíblia, é Jeová. — Salmo 83:18

Juliano Jose Rinaldo – Porta-voz Local das Testemunhas de Jeová

Mundo

12 de maio: Dia Internacional da Enfermagem

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OMS destaca que a taxa de infecções hospitalares no Brasil é quase três vezes superior ao recomenda pela instituição, atingindo até 14% entre pacientes internados, enquanto a recomendação é de 5%

Hoje, dia 12 de maio é celebrado o Dia Internacional da Enfermagem, uma data que homenageia Florence Nightingale, a visionária que revolucionou os cuidados hospitalares e deu origem à enfermagem moderna.

No Brasil, mais de 3,2 milhões de enfermeiros, registrados nos 27 Conselhos Regionais de Enfermagem do país, atuam como verdadeiros heróis anônimos que vão muito além de administrar medicamentos e monitorar sinais vitais. Esses profissionais criam conexões humanas, acolhem com empatia e transformam a ciência em uma ponte para o bem-estar de milhões de brasileiros. Em muitas instituições, eles representam entre 60% e 70% do atendimento ao paciente.

A história de Florence Nightingale, que reduziu a mortalidade de 42% para apenas 2% ao aplicar medidas simples, como a lavagem das mãos, durante a Guerra da Crimeia, em 1854, demonstra o poder de ações que parecem pequenas, mas salvam vidas. Hoje, essa prática é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das mais eficazes na prevenção de infecções hospitalares.

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Dados da OMS — Organização Mundial da Saúde (2022) — revelam que, em países de baixa e média renda, de 7 a 10 em cada 100 pacientes hospitalizados adquirem uma infecção relacionada à assistência à saúde. No Brasil, até 14% das internações podem evoluir para infecções da corrente sanguínea, pneumonia associada à ventilação mecânica e infecções do trato urinário relacionadas ao uso de cateteres.

Em um relatório mais recente, divulgado em 2024, a OMS destaca que a taxa de infecções hospitalares no Brasil é quase três vezes superior ao recomendado pela instituição, atingindo até 14% entre os pacientes internados, enquanto a recomendação da OMS é de 5%.

Outro fato preocupante é a resistência aos antibióticos, que causa 1,27 milhão de mortes diretas e indiretas anuais no mundo, além de contribuir para mais de 4,19 milhões de outras mortes.

Valorizar a enfermagem é garantir a segurança do paciente. Profissionais bem treinados, valorizados e envolvidos nas decisões estratégicas das instituições de saúde são essenciais para elevar a qualidade do cuidado. Como destaca Alessandra Roscani, enfermeira e Diretora de Comunicação da SOBRASP, “a cultura da segurança deve ser prioridade em todas as instituições de saúde. A prevenção de infecções está diretamente ligada à qualidade do cuidado, e a enfermagem é protagonista nesse processo.”

A cultura da segurança deve ser prioridade em todas as instituições de saúde. “A prevenção de infecções está diretamente ligada à qualidade do cuidado, e a enfermagem é protagonista nesse processo”, finaliza Alessandra.

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Robert Francis Prevost é o novo papa Leão XIV

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O cardeal dos Estados Unidos Robert Francis Prevosti é o novo papa

A escolha de Prevost, de 69 anos, foi anunciado nesta quinta-feira, 08, pelo Vaticano, após a fumaça branca ser expelida da Capela Sistina, indicando que os 133 cardeais isolados no conclave elegeram o novo pontífice.

O novo papa apareceu na sacada da Basílica de São Pedro depois de ser anunciado, em latim, pelo cardeal Dominique Mamberti.

“A paz esteja com todos vocês. Esta é a primeira saudação do Cristo ressucitado. Eu também gostaria que essa saudação de paz entrasse no coração de vocês”, disse o novo pontífice.

Primeiro papa norte-americano da história, liderará a Igreja Católica em um momento de perda gradual de fiéis e terá de fazer frente à alta popularidade do papa Francisco, além de responder se seguirá a agenda reformista de seu antecessor.

Nascido em Chicago, Prevost é considerado próximo a Francisco, que o promoveu a cardeal, indicando que os cardeais seguiram a tendência apontada antes do conclave de que deveriam escolher um nome de continuidade e perfil pragmático.

‘Habemus Papam’: Leão XIV será o novo papa

O tradicional anúncio de “habemus papam” ocorreu pouco mais após a fumaça branca sair da chaminé da Capela Sistina— nos dois últimos conclaves, em 2005 e 2013, os anúncios demoraram entre 1h e 2h após o sinal.

Minutos após a fumaça branca, o Vaticano afirmou também que o novo pontífice “aparecerá em breve”.

A eleição de um novo pontífice também seguiu a tendência das duas eleições de papa anteriores, em 2005 e 2013, e ocorreu no 2º dia do conclave. Desta vez, havia a expectativa inicial de que o processo demorasse mais por conta do número de cardeais votantes — 133, contra 117 no conclave anterior.

A eleição do novo pontífice veio após uma fumaça preta ainda na manhã desta quinta-feira e outra na rodada inicial, na quarta-feira, 07.

A escolha do novo papa ocorre também 17 dias após a morte de papa Francisco, por conta de um por conta de um AVC e insuficiência cardíaca em sua residência no Vaticano. Embora tenham sido episódios inesperados, ocorreram em um momento de saúde frágil de Francisco. Ele havia recebido alta após passar cinco semanas internado para tratar uma pneumonia.

Em um papado de 12 anos, Francisco promoveu reformas históricas e aproximou a Igreja de um catolicismo mais próximo aos fiéis, que são mais de 1,3 bilhão de pessoas pelo mundo mas que vêm diminuindo gradualmente.

A fumação branca também encerra oficialmente o chamado período de Sé Vacante, em que o “trono” da Igreja Católica fica sem um líder entre a morte de um pontífice e a eleição do sucessor.

Agora, um novo papado se iniciará e indicará se o Vaticano tem a intenção de seguir, ao menos parcialmente, ou ainda avançar na agenda de Francisco.

Multidão
A multidão de fiéis, turistas e curiosos que acompanhou a escolha do papa de pé por horas na praça São Pedro também confirmou que a Igreja Católica segue despertando atenção e protagomismo mundial, mesmo com a perda gradual de seguidores.

Nos momentos de pico, durante os horários aproximados para que a fumaça fosse expelida após a votação, o público que ocupava a praça chegou a 45 mil pessoas, segundo o Vaticano.

Aos poucos, o silêncio ia dominando a praça, alternado por vezes com aplausos aleatórios e muitos celulares apontados para a chaminé da Capela Sistina.

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Habemus papam! Fumaça branca sinaliza que novo papa foi eleito; saiba o que acontece agora

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Para ser eleito, o pontífice precisou do apoio de 89 dos 133 cardeais com menos de 80 anos com direito a voto

Depois de quatro votações, o Vaticano anunciou, através da fumaça branca na Capela Sistina, que um novo papa foi eleito. O nome do cardeal e seu nome no pontificado ainda serão revelados aos fiéis na Praça São Pedro.

A escolha ocorreu após três fumaças pretas serem reveladas. A decisão fica próxima das duas últimas escolhas, de Bento XVI e Francisco, que também duraram dois dias.

Para ser eleito, o novo papa precisou do apoio de 89 dos 133 cardeais com menos de 80 anos com direito a voto.

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O responsável pela tarefa do anúncio ao povo é o chamado cardeal protodiácono, cargo ocupado atualmente pelo francês Dominique Mamberti. O cardeal irá participar do conclave e, caso não seja eleito, será o responsável pelo anúncio na varanda da Basílica de São Pedro.

O texto que ele lerá será o seguinte:
‘Anuncio-vos uma grande alegria. Temos um Papa: O eminentíssimo e reverendíssimo Senhor, Senhor [primeiros nomes], Cardeal da Santa Igreja Romana [sobrenome], que se impôs o nome de [nome adotado como papa]’.
Esse trecho será lido em latim, então ficará da seguinte forma:

‘Annuntio vobis gaudium magnum. Habemus Papam: Eminentissimum ac reverendissimum Dominum, Dominum (primeiros nomes), Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinali (sobrenome). Qui sibi nomen imposuit (nome adotado como papa)!’

A partir de agora, o que acontece?
Logo após o anúncio de quem foi o cardeal escolhido com 88 votos, o camerlengo, que é responsável pela realização do conclave, faz a pergunta para o cardeal se aceita a eleição para Sumo Pontífice. Se a resposta for positiva, haverá primeiro uma parabenização entre os outros 132 cardeais presentes na Capela Sistina. Logo depois, a fumaça é mostrada para indicar ao público que um pontífice foi escolhido.

Em seguida, esse futuro papa é levado até a Sala das Lágrimas. No local, há três camarotes com vestes brancas de tamanhos diferentes (pequeno, médio e grande), preparadas para vestir quem for escolhido como papa.

‘É nesta sala que o novo Papa, muitas vezes visivelmente emocionado, faz uma pausa para refletir antes de aparecer da sacada central da Basílica de São Pedro para sua primeira saudação ao mundo’, diz o texto do Vaticano.

Nesse ambiente, anexo da capela, ele também escolhe qual será o seu nome enquanto pontífice, que será anunciado logo em seguida.

Antes de aparecer diretamente para os fiéis na sacada da Basílica de São Pedro, o novo papa primeiro escolhe a batina através do tamanho que o melhor vista, podendo ser pequeno, médio ou grande, conforme sempre feito pelo alfaiate

Por fim, o papa faz sua primeira aparição oficial com seu nome do pontificado e enquanto pontífice. Ele faz uma benção aos fiéis reunidos, o juramento e ainda, normalmente, uma primeira declaração para o mundo.

Assim, se inicia um novo papado.

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