Entretenimento
Panorama Oscar 2022
Vanderlei Tenório
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) norte-americana divulgou neste mês a lista de nomeados para a 94.ª edição dos Oscars. O ator Leslie Jordan e a produtora Tracee Ellis Ross revelaram ao vivo, pelo Youtube, os indicados ao Oscar 2022, uma edição que tenta voltar às origens, depois de no ano passado ter mudado a sua cerimônia de prêmios, em função da pandemia por covid-19, para a Union Station (a grande estação de comboios no centro de Los Angeles).
Tal como em 2021 (com “Mank”), é uma produção da Netflix que lidera as indicações ao Oscar. “Ataque dos Cães”, realizado por Jane Campion, lidera com 12 nomeações. A longa “Ataque dos Cães”, protagonizado pelo britânico Benedict Cumberbatch, marca o retorno de Jane Campion à direção após um hiato de 12 anos (dedicando-se apenas à televisão).
O filme foi nomeado nas categorias: Melhor Filme (Jane Campion, Tanya Seghatchian, Emile Sherman, Iain Canning e Roger Frappier), Melhor Direção (Jane Campion), Melhor Ator (Benedict Cumberbatch), Melhor Ator Coadjuvante (Kodi Smit-McPhee e Jesse Plemons), Melhor Atriz Coadjuvante (Kirsten Dunst) e Melhor Roteiro Adaptado (Jane Campion). Lembramos que o estúdio com mais nomeações é a Netflix (com 27 ao todo), estando o streaming a liderar as nomeações contra os restantes estúdios de Hollywood.
Com “Ataque dos Cães”, Jane Campion torna-se a primeira mulher com duas nomeações na categoria de direção da história do Oscar. Benedict Cumbertbatch e Kodi Smit-McPhee seguem como os favoritos a levar o Oscar de Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante, respetivamente. Após 25 anos de carreira, é a primeira nomeação por parte da Academia para a atriz Kirsten Dunst. E, supreendentemente, Jesse Plemons superou Jamie Dornan (“Belfast”) e ficou com uma das cinco vagas da categoria de Melhor Ator Coadjuvante.
“Duna”, de Denis Villeneuve, é o segundo mais nomeado, em 10 categorias, seguindo-se “Belfast” e “Amor, Sublime Amor” com 7 nomeações cada. “King Richard” consegue 6 nomeações e “Não Olhe para Cima”, “Drive My Car” e “O Beco do Pesadelo” conseguem 4 cada um.
“Belfast”, “Não Olhe para cima”, “Duna”, “Licorice Pizza”, “Ataque dos Cães”, “No Ritmo do Coração”, “Drive my Car”, “King Richard”, “O Beco do Pesadelo”, “Amor, Sublime Amor” concorrem a Melhor Filme.
Entre os nomeados a Melhor Direção, temos Paul Thomas Anderson pelo seu incrível trabalho em “Licorice Pizza”, Jane Campion, a favorita ao Oscar por “Ataque dos Cães”, Kenneth Branagh pelo intenso drama familiar “Belfast”, Steven Spielberg por sua versão do clássico “West Side Story” e o japonês Ryûsuke Hamaguchi pelo sublime “Drive my Car”.
Ficaram de fora da disputa Denis Villeneuve do visionário “Duna”, Adam McKay do polêmico “Não Olhe para Cima”, Maggie Gyllenhaal do intenso “A Filha Perdida”, Rebecca Hall do reflexivo “Identidade”, Lin-Manuel Miranda do eletrizante “Tick, Tick… Boom!”, Michael Sarnoski do drama “Pig”, Emma Seligman do cômico “Shiva Baby”, Siân Heder do inspirador “No Ritmo do Coração” e Guilhermo del Toro do renomado “O Beco do Pesadelo”.
Esperávamos uma nomeação para Maggie Gyllenhaal pela direção de“A Filha Perdida”, mas ela acabou sendo nomeada em outra categoria, Roteiro Adaptado, pela sua adaptação do livro best-seller de Elena Ferrante. Na categoria, Gyllenhaal concorrerá com Siân Heder por “No Ritmo do Coração”, Ryûsuke Hamaguchi e Takamasa Oe por “Drive my Car”, Jon Spaihts, Denis Villeneuve e Eric Roth por “Duna” e Jane Campion por “Ataque dos Cães”.
Na categoria de Melhor Roteiro Original, Paul Thomas Anderson poderá ser o favorito da temporada, ele disputará a estatueta com o 8 vezes nomeado ao Oscar Kenneth Branagh que assina a sua autobiografia “Belfast”, com o 7 vezes nomeado ao Oscar Adam McKay, que com David Sirota assina o roteiro de “Não Olhe para Cima”, e com os estreantes Zach Baylin de “King Richard” e Eskil Vogt e Joachim Trier de “A Pior Pessoa do Mundo”.
Anderson já recebeu duas nomeações ao Oscar de Melhor Roteiro Original, por “Boogie Nights – Prazer Sem Limites” e “Magnólia”. Também já foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por “Sangue Negro” e “Vício Inerente” e Melhor Direção por “Sangue Negro” e “Trama Fantasma”.
Branagh já foi nomeado em 5 categorias diferentes no Oscar, o que inclui: Melhor Ator (“Henrique V”), Melhor Realização (“Henrique V”), Melhor Ator Coadjuvante (“7 Dias com Marilyn”), Melhor Curta-Metragem Live-action (“Swan Song”) e Melhor Roteiro Adaptado (“Hamlet”). Este ano, ele concorrerá nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Roteiro Original. Recordamos que o recorde anterior de seis indicações em seis categorias diferentes foi ocupado por George Clooney, Alfonso Cuarón e Walt Disney.
Adam McKay já foi nomeado uma vez a Melhor Roteiro Original, por “Vice”, uma vez a Melhor Roteiro Adaptado por “A Grande Aposta”, uma vez por Melhor Filme (“Vice”) e duas vezes com Melhor Direção (“A Grande Aposta” e “Vice”). Este ano, ele concorrerá a Melhor Roteiro Original e Melhor Filme.
Na categoria de Melhor Atriz estão: Jessica Chastain (“The Eyes of Tammy Faye”), Olivia Colman (“A Filha Perdida”), Penélope Cruz (“Mães Paralelas”), Nicole Kidman (“Apresentando os Ricardos”) e Kristen Stewart (“Spencer“), considerada uma potencial principal candidata pelo seu desempenho marcante como Diana Spencer, Princesa de Gales em “Spencer”, de Pablo Larraín. Supreendentemente, Chastain, que estava em segundo plano na corrida conseguiu alcançar um vaga no pódio.
Lady Gaga, que era considerada por muitos candidata a melhor atriz por “Casa Gucci”, de Ridley Scott, ficou de fora. O filme foi indicado apenas na categoria de Óscar de Melhor Caracterização. Gaga, que chegou a ser criticada por seu sotaque no longa, afirmou na pré-estreia, em novembro, que teve um “romance de 9 meses” com sua personagem. Lembramos que a atriz e cantora foi a única na temporada a ter sido nomeada aos principais prémios (Bafta, Globos de Ouro e SAG Awards). A ausência do nome de Lady Gaga na categoria de Melhor Atriz surpreendeu todos e está a ser fortemente mencionado nas redes sociais.
Além de Gaga, outros dois grandes nomes de Hollywood ficaram de fora da relação mesmo com a grande repercussão de seus trabalhos em 2021. Tratam-se de Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence, protagonistas de “Não Olhe para Cima”. O filme da Netflix recebeu quatro indicações ao Oscar 2022, mas nenhuma nas categorias de atuação.
Entre as indicadas ao Oscar de Melhor Atriz, a única que nunca foi indicada é Kristen Stewart. Vale lembrar que Olivia Colman já tem uma estatueta de Melhor Atriz por sua intensa atuação em “A Favorita”, de Yorgos Lanthimos, Colman também foi indicada na categoria Melhor Atriz Coadjuvante por “Meu Pai”, de Florian Zeller.
Jessica Chastain já foi nomeada duas vezes ao Oscar, essa é a segunda vez que ela concorre na categoria de Melhor Atriz, a primeira vez foi em 2012 por “A Hora mais Escura”, de Kathryn Bigelow, a atriz também tem uma nomeação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação em “Histórias Cruzadas”, de Tate Taylor – ela acabou a perder para a sua companheira de elenco Octavia Spencer.
Penélope Cruz ganhou a estatueta de Melhor Atriz Coadjuvante pela sua participação no filme “Vicky Cristina Barcelona”, de Woody Allen. Cruz também tem mais uma nomeação na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, pelo musical “Nine”, de Rob Marshall, e uma na categoria de Melhor Atriz pelo drama “Volver”, de Pedro Almodóvar.
A veterana da categoria é Nicole Kidman, que ostenta 1 vitória e 4 nomeações. Kidman venceu na categoria Melhor Atriz por “As Horas”, de Stephen Daldry. A australiana recebeu mais duas nomeações na categoria, respectivamente, por “Moulin Rouge”, de Baz Luhrmann e por “Reencontrando a Felicidade”, de John Cameron Mitchell. No seu extenso currículo há também uma nomeação a Melhor Atriz Coadjuvante por “Lion – Uma Jornada para Casa”, de Garth Davis.
A corrida de Melhor Ator inclui Javier Bardem (“Apresentando os Ricardos”), Benedict Cumberbatch (“Ataque dos Cães”), Andrew Garfield (“tick, tick … BOOM!”), Will Smith (“King Richard”) e Denzel Washington (“A Tragédia de Macbeth”). Bardem derrotou alguns dos concorrentes bastante contundentes, o que inclui Peter Dinklage por “Cyrano”, de Joe Wright, Leonardo DiCaprio por “Não Olhe Para Cima”, de Adam McKay, Simon Rex por “Red Rocket”, de Sean S. Baker e Nicolas Cage por “Pig”, de Michael Sarnoski.
Tanto Will Smith quanto Denzel Washington têm conquistas marcantes pelas quais competir. Smith, protagonista de “King Richard”, de Reinaldo Marcus Green, chega à sua terceira nomeação em busca do seu primeiro prémio. Já Washington, com o shakespeariano “A Tragédia de Macbeth”, de Joel Coen, acumula oito nomeações por suas atuações e pode integrar a curta lista dos atores mais vencedores.
Will Smith, após ter ficado no quase em 2007, com “À Procura de Felicidade”, de Gabriele Muccino, e em 2002, com “Ali”, de Michael Mann — perdendo para o próprio Denzel — tenta novamente a sua primeira estatueta, com uma personagem que une o drama ao que consagrou a sua carreira: o humor. Washington já tem duas estatuetas, uma de Melhor Ator por “Dia de Treinamento”, de Antoine Fuqua, e uma de Melhor Ator Secundário por “Tempo de Glória”, de Edward Zwick.
É a segunda vez que Garfield concorre ao prêmio de Melhor Ator, o eterno Homem-Aranha já havia disputado o prêmio em 2017 por “Até o Último Homem”, de Mel Gibson. Bardem, que é o primeiro espanhol a ganhar um Oscar, chega à premiação com uma atuação nada surpreendente, porém aceitável. O espanhol já tem uma estatueta de Melhor Ator Coadjuvante pela sua extraordinária atuação no clássico “Onde os Fracos Não Têm Vez”, dos Irmãos Coen. Ele já foi nomeado duas vezes ao Oscar de Melhor Ator, por “Antes do Anoitecer”, de Julian Schnabel e por “Biutiful”, de Alejandro González Iñárritu.
Na categoria Melhor Atriz Coadjuvante, a nomeação de Judi Dench, aos 87 anos, por “Belfast”, e Jessie Buckley, por “A Filha Perdida” pode ter surpreendido. Já se esperavam, porventura, as nomeações de Kirsten Dunst, por “Ataque dos Cães”, Aunjanue Ellis, por “King Richard” e Ariana DeBose, por “Amor, Sublime Amor” – DeBose segue podendo ser a favorita a levar o prémio para casa. Assim sendo, Caitriona Balfe de “Belfast”, Marlee Matlin de “No Ritmo do Coração”, Ann Dowd de “MASS” e Dakota Johnson de “A Filha Perdida” foram esquecidas pela Academia.
Os favoritos da temporada: Ciarán Hinds de “Belfast”, Troy Kotsour de “No Ritmo do Coração” e Kodi Smit-McPhee de “Ataque dos Cães” conseguiram chegar ao Oscar confirmando a estima da comunidade cinéfila. A grande surpresa da categoria foi a indicação de Jesse Plemons de “Ataque dos Cães” e J. K. Simmons de “Apresentando os Ricardos” – Smit-McPhee pode bem ser o favorito da categoria de Melhor Ator Coadjuvante. Jamie Dornan de “Belfast” que durante a temporada fez dupla com Hinds, acabou ficando de fora, o mesmo aconteceu com Jeffrey Wright, de “A Crônica Francesa”, Jason Isaacs, de “MASS”, Jon Bernthal, de “King Richard”, Idris Elba, de “Vingança e Castigo”, Richard Jenkins de “The Humans” e Reed Birney de “MASS”.
O documentário que sensibiliza “Flee” (“A Fuga”), do dinamarquês Jonas Poher Rasmussen, tornou-se o primeiro filme da história a ser indicado a Melhor Documentário (Jonas Poher Rasmussen), Melhor Filme Internacional (Jonas Poher Rasmussen) e Melhor Animação (Jonas Poher Rasmussen, Monica Hellström, Signe Byrge Sørensen e Charlotte De La Gournerie) no mesmo ano. “Flee” é o quinto filme documentário a ser nomeado para a categoria de Melhor Filme Internacional, depois de “Waltz with Bashir” (2008), “The Missing Picture” (2013), “Honeyland” (2019) e “Collective”(2020).
Sem qualquer surpresa, “Drive my Car”, de Ryûsuke Hamaguchi, foi nomeado na categoria Melhor Filme Internacional, provando que é claramente o favorito a vencer a estatueta. Para nossa felicidade, a longa também recebeu nomeações nas categorias de Melhor Filme (Teruhisa Yamamoto), Melhor Direção (Ryûsuke Hamaguchi) e Melhor Roteiro Adaptado (Ryûsuke Hamaguchi e Takamasa Oe).
As estrelas pop Billie Eilish e Beyoncé estão a concorrer na categoria de Melhor canção original pela composição, respectivamente, de “No time to die”, tema de “007 – Sem tempo para morrer”, e “Be Alive”, de “King Richard”. Em “Be Alive”, Beyoncé Knowles-Carter assina com Dixson e “No time to die”, Billie Eilish assina com seu irmão Finneas O’Connell. A categoria traz também figuras como: Lin-Manuel Miranda com “Dos Oruguitas”, de “Encanto”, o roqueiro Van Morrison com “Down to Joy”, de “Belfast” e uma das recordistas da categoria Diane Warren com “Somehow You Do”, de “Four Good Days”. Este ano, Warren conquistou sua 13.ª nomeação.
A Academia já tinha confirmado que este ano haverá um anfitrião para apresentar a cerimônia de entrega dos prémios, algo que não acontecia desde 2018 (a 90.ª edição). Depois de três anos sem apresentador, a AMPAS volta ao formato de apresentador, sem se conhecer até ao momento quem será a estrela da noite, tentando atrair mais espectadores para uma transmissão televisiva que tem vindo a perder audiências ao longo dos anos.
A última vez que o Oscar teve um anfitrião, em 2018, a cerimônia foi vista por 26,62 milhões de espectadores (uma das mais baixas audiências), apresentado pelo comediante Jimmy Kimmel, que apresentou também em 2017. Em 2019, sem apresentador, as audiências da cerimônia do Oscar subiram para os 29,56 milhões, mas voltaram a cair em 2020 para os 23,64 milhões e para os 10,40 milhões em 2021.
Sob o lema “Movie lovers unite“, a 94.ª edição do Oscar será presencial e transmitida em direto no emblemático Dolby Theatre, em Hollywood, no dia 27 de março. O trio formado pelas atrizes e comediantes Amy Schumer, Regina Hall e Wanda Sykes foi o escolhido para apresentar a cerimônia deste ano – o trio de atrizes e comediantes vai retomar a tradição do prêmio após quatro anos.
Este ano, de forma inédita, a cerimônia será diferente. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) fechou uma parceria com o Twitter para abrir votação popular. O intuito é aumentar o engajamento do público com a premiação e atrair mais espectadores.
Nessa perspectiva, duas categorias serão definidas pelo público: “filme favorito” e “cena favorita”. Para votar, basta twittar a hashtag #OscarFanFavorite junto do título do filme (em inglês) ou a hashtag #OscarsCheerMoment junto com a cena favorita.
Vale lembrar que a Academia originalmente brincou com a criação de uma categoria de filme mais popular durante a 91ª edição do Oscar em 2019, como forma de incentivar os espectadores mais populares a assistir à cerimónia e aumentar as classificações. Mas após uma reação significativa de críticos e membros da Academia, o plano acabou sendo descartado e ainda não foi reintroduzido desde então.
Tal campanha dará aos fãs ansiosos a oportunidade de avaliar suas opiniões sobre os melhores filmes de 2021, especialmente se eles não receberam uma indicação da Academia, abrindo caminho para um sucesso desprezado como “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” para potencialmente encontrar seu caminho para a cerimônia.
Entretenimento
Férias escolares: como incentivar o hábito da leitura em crianças e adolescentes
Especialistas reforçam os benefícios da prática e dão dicas de livros infantojuvenis
O período de férias escolares é uma oportunidade para crianças e adolescentes se afastarem da rotina e explorarem novos mundos e aventuras. E a leitura pode ser uma importante aliada nesse processo. Ela ajuda a manter o cérebro ativo e engajado, além de oferecer momentos de lazer e descontração, estimulando a imaginação e promovendo o desenvolvimento pessoal de forma prazerosa.
“A leitura amplia o vocabulário, melhora a memória e ajuda a reduzir problemas de comportamento. Ela também estimula a empatia, pois, por meio dela, o leitor vivencia diferentes perspectivas. E contribui para a simulação de mundos sociais, permitindo que, ao ler, possamos aprimorar nossas habilidades e nosso entendimento enquanto indivíduos vivendo em sociedade”, ressalta a especialista em formação de leitores, Joseli Folmer, bibliotecária responsável pela Unidade de Informação da biblioteca do Colégio Marista São Luís, de Santa Cruz do Sul (RS).
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Mas, diante de tantas opções de entretenimento à disposição das crianças e adolescentes, como incentivar a leitura durante as férias? A pedagoga e contadora de histórias do Colégio Marista São Luís, Thaís Lopes da Rosa, enfatiza que a prática deve ser sem compromisso e sem prazos, e que a utilização de ferramentas de leitura on-line pode ajudar a despertar o interesse pelos livros. “Trocar dicas com amigos, colegas e família, e propor passeios em bibliotecas, livrarias e papelarias também são ótimas alternativas para auxiliar na formação de leitores”, pontua Thaís.
A seguir, você confere algumas sugestões de títulos, selecionados pela bibliotecária Joseli Folmer, que podem ser explorados por crianças e adolescentes durante as férias escolares:
Para crianças de até 7 anos
Monstro Rosa, de Olga de Dios – Uma história sobre como as diferenças podem unir as pessoas e um verdadeiro grito de liberdade. Seu protagonista é um ser que, antes mesmo de vir ao mundo, já era diferente dos outros. Ele nasce em um lugar onde tudo é branco, até mesmo seus irmãos, que se distinguem dele em muitos aspectos: Monstro Rosa é grande, peludo, desengonçado e colorido. Cansado de se sentir deslocado, decide partir em busca de um lugar onde seja aceito do jeito que é. Nesse trajeto, ele faz amigos e descobertas que conduzem o leitor a uma reflexão sobre o que é ser feliz, afinal.
O Monstro das Cores, de Anna Llenas – O monstro das cores não sabe o que se passa com ele. Fez uma bagunça com suas emoções e agora precisa desembolar tudo. Será capaz de pôr em ordem a alegria, a tristeza, a raiva, o medo e a calma? Publicado originalmente em 2012, o livro vendeu mais de 200 mil exemplares na Espanha e foi traduzido para 16 idiomas! A história estimula as crianças a identificar as diferentes emoções que sentem através de cores.
Perigoso, de Tim Warnes – A obra conta a divertida e emocionante história de Bob, uma toupeira que adora etiquetar as coisas. Até que um dia, Bob encontra uma coisa muito estranha, uma coisa verde e escamosa…e com dentes pontudos. Cuidado, Bob!
8 a 10 anos
Enquanto Ana espera, de Fernanda Witwytzky – A raposinha Ana vivia uma vida perfeita em sua toca, cercada de tudo o que sempre quis, até que resolve provar o famoso fruto da Grande Árvore. Embarque na encantadora jornada de Ana em busca de um fruto especial e descubra as lições valiosas sobre paciência, gratidão e amizade.
Era uma vez um fio, de Manuela Monari – Um menino percebe que há uma espécie de “fio” que une todas as pessoas, a natureza, o mundo, o universo. Sua mãe acha que pode ser o amor, seu pai diz que talvez sejam a razão e a inteligência, para a professora talvez seja a verdade. Segundo seu amigo, o que une tudo é Deus, que, ainda que não seja visível, está presente em tudo, não deixa a gente nem se perder nem cair. Uma obra sobre espiritualidade para crianças que trata de assuntos profundos e transcendentais, como a presença de Deus, a religiosidade, o sentido da vida.
Meu dia de sorte, de Keiko Kasza – Ganhador de 11 prêmios de Melhor Livro Infantil nos Estados Unidos. Será que a raposa é tão esperta e sortuda quanto pensa? Quando um porquinho apetitoso bate à porta do Senhor Raposo, ele mal consegue acreditar. Não é sempre que o jantar aparece assim, por livre e espontânea vontade, na sua casa. Só pode ser o seu dia de sorte! Ou será que não?
De 10 a 15 anos
Clássicos: Harry Potter (J. K. Rowling – autora escocesa) / Píppi meialonga (da autora sueca Astrid Lindgren) / Coleção Vilões da Disney (da autora Serena Valentino – literatura norte-americana): Para sempre nunca, capitão gancho; Cruella – 101 dálmatas; Malévola: a rainha do mal…etc. / Coraline (do autor Neil Gaiman – literatura inglesa) / As crônicas de Nárnia (de C.S Lewis) / O pequeno príncipe – obra atemporal (autor francês Antoine de Saint-exupéry) / Alice no país das maravilhas – Uma menina, um coelho e uma história capazes de fazer qualquer um de nós voltar a sonhar (do autor inglês Lewis Carroll: nome real Charles Lutwidge Dodgson).
Mafalda, de Quino (Joaquín Salvador Lavado Tejón) – A lendária pequena indignada Mafalda se questiona à sua maneira sobre os grandes temas da vida. A paz, a ecologia, a justiça, a escola….
O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo, de Charlie Mackesy – um livro que fala sobre inspiração e esperança, seguindo a história de um menino curioso, uma toupeira gananciosa, uma raposa cautelosa e um cavalo sábio que se encontram e compartilham seus medos e suas descobertas sobre vulnerabilidade, bondade, esperança, amizade e amor.
A partir dos 15 anos
Extraordinário, de R. J. Palacio (ficção americana) – Narrado da perspectiva de Auggie e de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos que o cercam.
O guardião, de Nicholas Sparks (romance americano) – Aos 25 anos, a doce Julie Barenson perdeu seu grande amor para uma doença impiedosa. Porém, ao partir, o marido lhe deixou dois presentes inesperados: um filhote de cão dinamarquês chamado Singer e a promessa de que cuidaria dela para sempre, de onde quer que estivesse.
Poesia que Transforma, de Bráulio Bessa – Esse livro é uma homenagem à poesia e a tudo o que ela é capaz de proporcionar. Com mais de 30 de seus emocionantes poemas, alguns deles inéditos, Bráulio Bessa nos conta um pouco das histórias do menino de Alto Santo, no interior do Ceará, que se tornou poeta e ativista cultural.
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Busca por estética regenerativa é uma forte tendência para 2025
Nos últimos anos, a estética regenerativa tem se destacado como uma tendência crescente no campo da medicina estética, especialmente entre aqueles que buscam resultados naturais sem perder a essência do seu verdadeiro eu. Este movimento reflete uma mudança na percepção dos tratamentos estéticos, nos quais as pessoas priorizam a saúde e a beleza da pele de forma mais holística e personalizada.
Para a Dra. Tatiana Fioroti, especialista em harmonização orofacial, essa tendência só vem reforçar o argumento do tratamento preventivo. “Eu acredito muito que em 2025, o tratamento regenerativo vai estar super em alta. A tendência é que cada vez mais a gente use menos produtos injetáveis ou infle menos o rosto das pessoas, colocando o próprio organismo para trabalhar em favor de regenerar e gerenciar o envelhecimento”, diz a especialista.
A busca por uma aparência mais natural é um fenômeno global. Estudos mostram que os consumidores estão cada vez mais interessados em tratamentos que realcem suas características individuais, ao invés de alterá-las drasticamente, obtendo resultados muitas vezes indesejados.
Uma pesquisa da Mintel, agência especializada em inteligência de mercado, revelou que 80% dos brasileiros acreditam que as marcas de beleza devem fornecer evidências científicas sobre os resultados prometidos. Isso demonstra uma crescente demanda por procedimentos que não apenas melhoram a aparência, mas também respeitam a singularidade de cada pessoa.
Nos últimos anos, muitos artistas e influenciadores brasileiros têm compartilhado suas experiências negativas com procedimentos estéticos, revelando arrependimentos significativos. O cantor Lucas Lucco, por exemplo, realizou harmonização facial e, ao se olhar no espelho, sentiu que havia perdido sua identidade. Ele chegou a fazer um processo de “desarmonização” para recuperar suas características originais. A cantora Gabi Martins também expressou seu descontentamento após realizar múltiplos procedimentos, incluindo preenchimentos labiais e faciais, afirmando depois que se sentia exagerada e artificial.
Crescimento do mercado da estética no Brasil e no mundo
O mercado de estética tem apresentado um crescimento robusto. De acordo com dados da Euromonitor International, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza do mundo, com uma expectativa de crescimento médio anual de 5,7% até 2025. O setor global de cosméticos foi avaliado em US$ 313,22 bilhões em 2023 e deve alcançar US$ 417,24 bilhões até 2030, com uma taxa de crescimento anual de 4,2% durante esse período. Esses números refletem não apenas o aumento do interesse por cuidados pessoais, mas também a evolução das técnicas disponíveis.
Tratamentos naturais e eficazes
Entre os tratamentos que promovem uma aparência natural estão o Polidesoxirribonucleotídeo, mais conhecido como PDRN, que atua como um agente regenerativo celular. “Ele é feito do DNA do esperma do salmão, atua como um fator de crescimento, promovendo a regeneração celular e a produção de colágeno e elastina, proteínas essenciais para a saúde e a melhora da aparência da pele”, explica a Dra. Tatiana.
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Outra indicação, são bioestimuladores de colágeno, que não só preenchem áreas específicas do rosto, mas também promovem a regeneração da pele. “Associado ao PFR, que é o plasma rico em fibrina, funciona assim: a gente colhe o sangue do paciente, coloca numa centrífuga, separa a parte vermelha da parte branca, colhe a parte branca e mistura com os bios estimuladores de colágeno e depois injeta no paciente, é como se eu multiplicasse o resultado, diz a especialista.
Das opções destacadas pela doutora, existe o ultrassom microfocado. Esse processo promove pontos de microcoagulação no tecido. “Associado ao protocolo do PRF e aos bioestimuladores, esse tratamento vai promover microcoagulação no tecido como se fosse dando uma grampeada, melhorando a aderência e a firmeza do tecido na região aplicada da face”. Rico em fatores de crescimento, esse tratamento é projetado para oferecer resultados sutis e naturais, permitindo que os pacientes mantenham sua identidade enquanto melhoram a aparência. “Existem também as injeções intramusculares, elas atuam induzindo o organismo a produzir mais colágeno também”, acrescenta a Dra. Tatiana.
Igualmente importante na estética por seus efeitos regenerativos e terapêuticos e associado ao PRF, os exossomos, são vesículas extracelulares que desempenham um papel fundamental na comunicação celular. Podem ser aplicados em procedimentos como microagulhamento ou lasers, potencializando os resultados ao melhorar a permeação dos ativos na pele. “Os exossomos atuam diretamente nas células-alvo, entregando moléculas que estimulam proteínas essenciais para a firmeza e elasticidade da pele. Essa ação modula a inflamação e acelera a cicatrização promovendo o equilíbrio das respostas locais e a regeneração celular”, explica Fioroti.
São muitas as opções de tratamento. A estética regenerativa representa uma nova era e vai além dos resultados visíveis. O estado emocional e o alinhamento da expectativa entre paciente e profissional elevam os tratamentos para níveis de satisfação, obtendo resultados mais eficazes e duradouros.
Com o crescimento contínuo desse setor e as tendências emergentes para 2025, espera-se que mais pessoas busquem soluções que respeitem sua individualidade enquanto melhoram a aparência. Essa abordagem não apenas traz satisfação pessoal, mas também promove um conceito mais saudável de beleza — um que valoriza o natural e celebra a singularidade de cada indivíduo.
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Significado das cores no Ano Novo 2025: saiba o que usar no Réveillon
Seja para o look, decoração ou roupa íntima, veja os significados das cores e saiba como potencializar seus objetivos para 2025
A contagem regressiva para a virada do ano já começou! No Brasil, é tradição acreditar que a escolha de certas cores pode trazer energias positivas para o novo ciclo que se inicia. Veja, abaixo, os principais significados.
Cores mais populares e seus significados:
Branca: representa a serenidade, a tranquilidade, a harmonia e a sabedoria.
Amarela: utilizada para atrair prosperidade, riqueza e abundância.
Vermelha: simboliza a paixão e a sensualidade.
Azul: ideal para quem busca calma, racionalidade e clareza.
Roxa: associada à espiritualidade e intuição.
Rosa: é sinônimo de amor e sensibilidade.
Verde: indicada para quem busca renovar a esperança e está em busca de saúde.
Preta: afasta más energias e aumenta a autoconfiança.
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