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Jaguariúna

Maternidade atípica: mães dedicadas que tem filhos muito especiais

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O que a maternidade representa para uma mãe? Pode significar coisas profundamente distintas, mas com um final semelhante: o amor

Ser mãe é um sonho para muitas mulheres. Fernanda Saduh tinha este sonho e realizou. Casada com Fernando da Cunha Cordeiro eles têm duas lindas crianças: Giovana e Lucas.
A primeira gestação foi uma surpresa. Tendo o ciclo menstrual regulado, com um dia de atraso, Fernanda fez o teste de farmácia e descobriu a gravidez.

Em casa, escreveu em um papel escreveu “segura o coração, você vai ser papai”, para contar a novidade ao seu marido. “Ficamos chocados. Não sei o que eu estava sentindo. Eu queria, mas foi um choque muito grande”, conta Fernanda.

Por volta da 14ª semana de gravidez o casal descobriu o sexo do seu primeiro bebê. Giovana estava prestes a chegar.

Seis meses após o nascimento da pequena, veio a descoberta da segunda gravidez. Fernanda conta que desta vez teve uma série de sintomas. Primeiro, náuseas, depois, mudança no horário de dormir, seguido de cansaço. O pensamento de que estaria grávida já estava presente, mas ao fazer um teste de farmácia o resultado deu negativo.

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Um pouco depois, Fernanda fez o exame de sangue, qualitativo e quantitativo, que os resultados saem em dias diferentes. O primeiro deu negativo. O segundo, positivo. “Eu dei risada. Eu sabia que estava. Eu estava sentindo”, conta. A história comprova a expressão de que ‘mãe sabe de tudo’.

E após algum tempo de gestação Fernanda faria a sexagem do bebê para fazer a revelação para a família, mas, na segunda ultrassom a média conto que o sexo do bebê estava visível. Era um menino.

Período de gestação
Assim como as descobertas, o período de gestação das crianças foi diferente para a mamãe. Na primeira, enjoo de tudo que fosse gorduroso e nada parava no estômago. Fernanda engordou 9kgs.

A gravidez do Lucas foi na pandemia. “Eu não tenho rede de apoio aqui, minha família é de Guarulhos, então foi bem complicado, porque eu tinha que lidar com minha cabeça. Em quase 10 meses só vi eles duas vezes. Engordei 26kgs e me sentia muito gorda e feia. A questão emocional foi bem difícil e tinha o medo da pandemia também”, conta a mãe.

O nome das crianças foi escolhido antes do nascimento, como é comum. Fernanda fez uma lista, pois é bem indecisa, e em consenso com seu marido Fernando, escolheram Giovana e Lucas Maurício.

Parto
A Giovana nasceu na semana do Dia das Mães, inclusive comemora seu quarto ano neste domingo, 14. Naquele dia Fernanda foi para o hospital (em Guarulhos) com muita dor, mas após exames constataram que estava tudo bem com o bebê, a medicaram e ela foi para casa. A noite passou e pela manhã as dores continuavam.

Nessas idas e vindas Fernanda fez a cardiotocografia cerca de três vezes – exame que tem o objetivo de monitorar os batimentos cardíacos do bebê, seus movimentos e sua oxigenação. Na terceira vez Fernanda teve um sangramento e com muita dor e desespero em avisar o marido e familiares que sua filha estava prestes a nascer, a equipe médica a levou para a sala de cirurgia. “Do momento do sangramento até o nascimento foi 30 minutos, então nem deu tempo da minha família chegar”.

Fernanda conta que o motivo do sangramento foi um descolamento silencioso de placenta e por isso ela estava sentindo muitas dores. O descolamento foi de 40% e com isso Giovana precisou vir ao mundo quase um mês antes do previsto. Ela chegou forte e saudável.

O parto do Lucas foi mais tranquilo. Diferente de Giovana que nasceu em Guarulhos, Lucas nasceu em Campinas. Seu parto foi uma cesárea programada. Seu marido ficou junto o tempo todo desde que chegaram ao hospital. Foi um parto mais tranquilo.

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Porém, depois de dar à luz, os pais viveram momentos marcantes, negativamente falando. “Enfermeiras despreparadas, sem sensibilidade com aquele momento que as mães estavam passando. Elas batiam a porta do quarto às 4h da manhã. No frio de setembro queriam que eu tirasse a roupa do bebê em plena madrugada. Fiquei muito mal e me senti muito maltratada”, diz. Em contrapartida Fernando esteve ao seu lado e deu todo o suporte.

Diagnóstico
Giovana deu aos pais diversos parâmetros do desenvolvimento de um bebê. Com um ano e três meses ela já falava mamãe e papai. Ao contrário de Lucas, que mesma idade só chorava e fazia barulhos. “Eu sabia que tinha um atraso no desenvolvimento, mas não imaginava que fosse autismo. Meu marido contou mais tarde que já imaginava, pois tinha procurado sobre o assunto, mas não quis me chatear”, conta Fernanda.

Os pais levaram Lucas no pediatra, que pediu para aguardar um pouco mais, pois as crianças têm tempo diferentes de desenvolvimento. Fernanda insistiu e levou o filho no fonoaudiólogo, depois no otorrinolaringologista e por último no neurologista, que disse que Lucas estava dentro do espectro autista.

“Até hoje eu não sei o que senti. Fiquei imóvel e comecei a chorar. Eu estava confusa, com medo, tudo ao mesmo tempo. Chorei o dia inteiro”, conta.

Em um segundo momento, Fernanda admite que foi egoísta. “Eu fiquei muito brava, pois sempre fui uma pessoa que sempre tive dificuldade em começar e terminar uma coisa, e naquele momento eu estava em um momento profissional muito legal. Eu falava de emagrecimento para mães”.

Mas, mãe é um ser humano como outro qualquer, então Fernanda buscou não se culpar por esse sentimento. Na terceira semana após o diagnóstico Fernando já sabia muito sobre o espetro autista e Fernanda passava mal – foi aí que descobriu que estava com ansiedade.

Certo dia, em meio a pesquisas sobre o autismo, se deparou com a seguinte frase: ‘Uma mulher sábia edifica o lar’. “Nesse momento caiu minha ficha. Eu sempre tive como maior valor da minha vida a família. As pessoas que eu amo em primeiro lugar. E estou fazendo errado. Estou abandonando um valor que é uma das minhas maiores qualidades. E em meio a tanto choro caiu minha ficha e senti um alívio muito grande que o problema não era meu filho e sim minhas emoções”, revela Fernanda.

Aceitação
O processo de aceitação foi acontecendo gradualmente. Na internet, contou sua história e assim descobriu seu propósito de ajudar mães.

“Ser mãe é muito difícil, mas ser uma mãe atípica é o triplo do trabalho e não só pela rotina, mas pelas preocupações. Será que aos 30 anos meu filho vai saber se defender? Vai conseguir ser independente? Eu nunca parei para pensar sobre isso em relação a Giovana, mas em relação ao Lucas é recorrente”.

Hoje Fernanda aceita o diagnóstico e fala sobre o assunto tranquilamente. Ela sempre faz questão de falar, inclusive, pois se empodera. “A gente foi criado para fugir das dificuldades, então está sempre brigando dentro da gente mesmo para dar o melhor pelos nossos filhos e se a gente não aceita, aquele outro lado egoísta do ser humano está ganhando. A aceitação é o primeiro passo e tem mais a ver com o próprio psicológico da mãe do que com a severidade do autismo do filho”.

Na internet Fernanda se sente muito acolhida. Conversa com mulheres de diferentes realidades e encontra nisso seu propósito. Reconhece que não pode mudar o diagnóstico do seu filho, mas se pudesse, mudaria. “Eu não queria que meu filho não tivesse uma unha encravada, uma febre nada. Então não tem como. Se eu pudesse meu filho não seria autista, pois isso gera preconceito, bullying e julgamentos. Não queria que ele passasse por nada disso. Mas, como não podemos mudar, a gente controla o que é possível. E eu não me lamento por isso”, diz.

Ser mãe
Ser uma mãe atípica é um desafio. O maior, lidar com os próprios sentimentos. “São muitas responsabilidades e a gente se larga. Se acostuma a não fazer unha, a não arrumar o cabelo, com as crises de ansiedade, com o relacionamento meio distanciado… A gente se coloca na última prioridade”, conta.

Mas, além de mãe, Fernanda é mulher e esposa com o privilégio de ter ao lado uma pessoa especial. “Ter Fernando como parceiro, não só como pai, mas parceiro de vida, que não me julga, é tudo para mim. Se fosse alguém diferente, eu acho que seria uma experiência bem diferente e talvez eu não estivesse no momento que estou hoje”, diz Fernanda.

Mãe é amor, doação, dedicação. Fernanda mostra muito bem todas essas características e muito mais. Mostra sua força e representa aqui tantas mães atípicas, e reconhece neste diagnóstico seu propósito de conscientizar a sociedade sobre o TEA e garantir os direitos da criança e da família.

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Jaguariúna

Jaguariúna mantém vacinação contra a gripe

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A 26ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza terminou neste domingo, dia 14 de julho, mas a Prefeitura de Jaguariúna, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, continuará a imunizar as pessoas até o fim das doses disponíveis no município.

Segundo a secretaria, a vacinação está liberada a todas as pessoas maiores de seis meses de idade, inclusive os grupos prioritários que ainda não se imunizaram. O município conta com mais de 5 mil doses do imunizante.

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A vacinação contra a Influenza é considerada a melhor estratégia de prevenção e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos, além de reduzir sobrecarga sobre os serviços de saúde.

Desde o início da campanha, foram aplicadas 14.205 doses da vacina (grupo prioritário e população em geral) na cidade. A meta de vacinação é de 90%, porém a cobertura vacinal do município encontra-se em 52,77%, bem abaixo do esperado.

Por isso, a Secretaria de Saúde solicita que as pessoas procurem a sua UBS de referência para que possam receber a vacina, que é extremamente segura e protege contra os principais vírus da gripe em circulação: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.

A vacinação acontece nas UBS Florianópolis, UBS Nova Jaguariúna, UBS Fontanella, UBS XII de Setembro, UBS Cruzeiro do Sul (abertura da sala às 8h), UBS Roseira de Cima, UBS Miguel Martini e UBS Roseira de Baixo durante a semana, das 7h30 às 15h30, com interrupção no horário de almoço.

Há horário estendido na sala de vacina da UBS Florianópolis às terças, quartas e sextas-feiras até às 19h30; horário estendido às segundas e quartas-feiras na UBS Nova Jaguariúna até às 18h30 e horário estendido às terças e quintas-feiras até às 19h na UBS XII de Setembro.

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Jaguariúna

32 anos de história: O Bortolettão se despede de Jaguariúna

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O encerramento do Bortolettão em Jaguariúna certamente representa
o término de uma parte importante da história local

Em 1992 Jaguariúna recebia a loja O Bortolettão, fundada por Walter Francisco Bortoletto (in memorian). Uma empresa que já tinha sua sede em Pedreira e que já atendia famílias jaguariunenses, chegou em Jaguariúna quando esta completava 28 anos, uma cidade promissora e em pleno desenvolvimento econômico e social. E neste ano em que completa seus 70 anos, O Bortolettão encerra suas atividades na cidade, partindo assim, para um novo rumo.

De lá para cá a família Bortolettão tornou-se referência e trouxe a variedade de produtos de vestuário e decoração para o lar e nunca mediu esforços em participar ativamente na vida social da cidade. Foram inúmeras as ações promovidas em prol de seus amigos clientes, principalmente em datas comemorativas, como promoções de Natal e outras datas, patrocínio ao esporte, cultura e apoio a ações sociais, além da participação ativa nas promoções da Associação Comercial, entidade que O Bortolettão fez parte desde sua chegada.

O Bortolettão foi um centro de referência para a cidade, e ao longo desses 32 anos gerou muitos empregos e resistiu as mudanças sociais econômicas do mundo. Os proprietários se orgulham desta trajetória.

O encerramento das atividades do O Bortolettão em Jaguariúna após 32 anos marca o fim de um ciclo significativo na história local. Por mais de três décadas, a loja não apenas ofereceu produtos, mas também se tornou um ponto de encontro querido por muitos na comunidade. Suas portas fechadas representam não apenas o fim de um negócio, mas também o encerramento de um capítulo importante na vida de seus clientes e colaboradores.

Os proprietários agradecem a todos os funcionários, fornecedores e clientes amigos que fizeram parte dessa jornada, restando a gratidão pelos momentos compartilhados e pela contribuição para a vida na cidade ao longo dos anos. Isso tornou O Bortolettão uma empresa que tem o orgulho de fazer parte da história de Jaguariúna.

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Jaguariúna

Teatro GT apresenta “Queen Experience” e Toninho Tornado e Netto Tomaz em Jaguariúna

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O show musical e a comédia estarão em cartaz no Teatro Municipal Dona Zenaide, respectivamente, na quinta e na sexta-feira. Os ingressos estão à venda nas bilheterias e no site https://ingressodigital.com.

O Teatro Municipal Dona Zenaide (Rua Alfredo Bueno, nº 1.151), de Jaguariúna recebe esta semana dois espetáculos. Na quinta-feira, 18, às 21, será apresentado o show musical “Queen Experience”, às 21h. Os ingressos custam de R$70 a R$140. A classificação etária é Livre. Na sexta-feira, 19, às 21h, Toninho Tornado e Netto Tomaz estão na comédia “Os Calabresos”. Os ingressos custam de R$35,00 e R$ 70,00 e podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro e no site https://ingressodigital.com. A classificação etária é 16 anos.

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A banda “Queen Experience” foi idealizada em 2018 pela BRZ Produções. O espetáculo traz os maiores sucessos da banda “Queen”, como: “Don’t Stop me Now”, “Killer Queen” e “Under Pressure”, entre outros. A proposta é homenagear e relembrar a mente brilhante de Freddie Mercury, John Deacon, Brian May e Roger Taylor. A direção geral é de Bruno Rizzo e, a direção musical, do maestro Eduardo Pereira.

Toninho Tornado e Netto Tomaz apresentam “Os Calabresos”, trazendo para o palco um humor genuíno e inteligente. Inicialmente, eles se revezam em apresentações individuais. Na segunda parte do show, Toninho Tornado (Delício/Calabreso) e Netto Tomaz (Dorival/Quero Café), se unem para bordões e pegadinhas que estão na boca do povo, referências da carreira construída pela dupla.

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