Campinas
Estudantes da Unicamp fazem paralisação e impedem aulas
Ato é contra redução de cotas para pretos ou pardos e piora do bandejão
Estudantes da Unicamp – Estudantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fizeram uma paralisação na manhã desta terça-feira (4) e impediram a realização de aulas durante um ato contra a redução das cotas étnico-raciais no ingresso na universidade e contra a terceirização da empresa responsável pelo Restaurante Universitário (RU), o bandejão.
Segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade, a mobilização também é contra ataques racistas no campus. Eles exibiram faixas e cartazes no ato, que se dirigiu à reitoria. Parte dos professores também aderiu à manifestação.
O g1 questionou a Unicamp sobre o impacto nas aulas dos universitários, mas a administração informou que ainda não possui dados consolidados. Há agenda do DCE para a tarde desta terça, mas, até o momento, não há a confirmação sobre a suspensão de aulas.
‘Caramujo, pedra e vidro na comida’
No manifesto divulgado pelos estudantes, eles afirmam que houve uma piora na qualidade das refeições no bandejão, além de piora na condição de trabalho dos funcionários.
“Já vimos a comida terminar antes do horário previsto, caramujo, pedra e vidro na comida. Além de infecçãos alimentares”, diz o texto do comunicado entregue aos alunos nesta manhã.
Em nota, a Unicamp informou que constituiu um Comitê Gestor que acompanha as atividades da empresa contratada.
“O Comitê monitora, avalia e fiscaliza diariamente as atividades operacionais, nutricionais e sanitárias da empresa Soluções nos Restaurantes Universitários. Todas as denúncias enviadas por vias oficiais e não oficiais estão sendo averiguadas pelo Comitê e, se constatadas como verídicas, serão objetos de atuação administrativa e jurídica”, diz a nota
Estudantes da Unicamp fazem paralisação e impedem aulas em ato contra redução de cotas para pretos ou pardos e piora do bandejão
“A Universidade não pode, no entanto, realizar ações de punição e quebra de contrato de forma apressada, sem a devida observância aos termos contratuais e aos trâmites administrativos previstos na legislação”, completou a Diretoria Executiva de Administração, da Diretoria Geral de Administração, da Prefeitura do Campus e da Secretaria de Administração Regional.
Na semana passada, uma funcionária do RU morreu enquanto estava em serviço e o ocorrido causou comoção entre os alunos. A técnica em nutrição Cleide Aparecida Lopes trabalhava na Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) de Limeira (SP).
“Cleide sofreu um acidente vascular cerebral em seu ambiente de trabalho, chegou a ser atendida por socorristas, mas infelizmente não resistiu. A Reitoria solidariza-se com a família e amigos”, divulgou a Unicamp em nota. O óbito foi na segunda (26).
Os estudantes levatantaram o questionamento sobre o óbito ter tido relação com terceirização e perda de direitos dos funcionários. A Unicamp complementou que, no momento do falecimento da funcionária, o restaurante já estava fechado para o atendimento ao público. “A equipe realizava atividades internas para o encerramento do expediente.”
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Disse também que o RU é uma atividade essencial da universidade e que as atividades foram retomadas no dia seguinte. “A empresa ofereceu suporte psicológico à família e aos funcionários, bem como apoio nos procedimentos funerários”, ressaltou.
Cotas étnico-raciais para escola privada
O DCE divulgou que, recentemente, a Unicamp decidiu pela retirada do direito às cotas étnico-raciais para os estudantes que fizeram o ensino médio em escolas privadas.
A informação foi confirmada ao g1 pela Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), que explicou que a mudança se refere às vagas para ingresso via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na seleção para ingresso em 2023, cujo edital ainda não foi publicado e as inscrições começam em 1º de novembro.
O ingresso na Unicamp conta com 80% das vagas gerais disponíveis para inscritos via vestibular tradicional e os 20% restantes via Enem. Nesta modalidade, havia a reserva de 25% dessas vagas (ou 5% do total) para autodeclarados pretos e pardos que estudaram em escolas particulares, e agora essas vagas foram restringidas somente para escola pública.
Como foi até o ano passado na modalidade :
- 10% do total de vagas de cada curso para alunos de escola pública
- 5% do total de vagas para autodeclarados preto ou pardos
- 5% do total de vagas para alunos de escola pública e autodeclarados pretos ou pardos
Como ficou após a mudança:
- 10% para estudantes do ensino médio de escola pública
- 10%para estudantes do ensino médio de escola pública e autodeclarados pretos ou pardos
“A mudança se deve a dos objetivos: primeiro, ampliar e dar maior oportunidade para estudantes de escola pública; segundo, fazer com que a concorrência seja mais adequada, considerando que nós temos mais candidatos de escola pública pretos e pardos do que candidatos de escola privada pretos e pardos concorrendo a 5% de vagas em cada um dos nichos anteriores”, explicou o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto.
Ataques racistas
Os estudantes também relataram que a Unicamp não tem dado relevância para ataques racistas recentes e cobraram punições.
Nesta terça (4), a universidade divulgou uma manifestação pela plenitude dos Direitos Humanos no site oficial, onde se compromete a erradicar “todas as formas de intolerância, de discriminação e de violação dos Direitos Humanos.”
“O princípio da dignidade da pessoa humana e da vida, em todas as suas formas, exige o firme repúdio e efetivas ações de enfrentamento a toda e qualquer forma de tratamento indigno e discriminatório, como define a Política Institucional de Direitos Humanos da Unicamp, aprovada por seu Conselho Universitário em 2020”, diz a universidade.
Fonte: G1
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Campinas
Equipe FCKart muda de sede e passa a atender no Kartódromo San Marino em Paulínia
Escuderia traz ao kartismo visão e práticas da Engenharia como diferencial para alavancar performance de pilotos
A Equipe FCKart está de casa nova. Com sete anos de atuação, a escuderia agora está sediada no box número 43 do Kartódromo Internacional San Marino, na cidade de Paulínia (SP), um dos maiores e mais importantes complexos voltados ao kartismo amador e profissional do estado de São Paulo.
Assim, a equipe deixa o Kartódromo de Nova Odessa, onde estava estabelecida desde sua fundação, em 2017, pelos engenheiros Cesar Augusthus e Felipe Vilela, que seguem no comando do time, agora com os reforços de Vitor Silva, também engenheiro, e Ryan Nishioka, como coach de pilotos.
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A equipe traz ao kartismo a visão e as práticas da Engenharia como principal diferencial para alavancar a performance de pilotos profissionais e amadores que participam das principais competições regionais e nacionais, oferecendo excelente relação custo-benefício e modernas práticas de planejamento e gestão para treinos e competições.
“A mudança para o San Marino atende a nosso planejamento visando a ampliação da equipe, com foco em competições profissionais e na melhoria contínua da performance de nossos pilotos. Estamos muito felizes em dar mais este importante passo”, afirma Felipe Vilela.
“Agradecemos ao Kartódromo de Nova Odessa por todos esses anos de parceria. Agora estamos preparados para novos desafios e de casa nova”, diz Cesar Augusthus.
Contatos pelo telefone: (19) 98236-6130 ou (19) 99128-1496
FCKART nas redes sociais: @equipefckart
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Campinas
Renovias promove campanha educativa e instala, gratuitamente, antenas corta-pipa em motocicletas
Distribuição de antenas corta-pipa foi realizada no Centro de Mogi Mirim
Pensando na segurança e no bem-estar de motociclistas, a Renovias promoveu, na manhã desta quarta-feira, 29, entre 8h30 e 11h, uma ação de conscientização e instalação de antenas corta-pipa, na Praça Rui Barbosa, no Centro de Mogi Mirim. Durante o período, foram distribuídas, de forma gratuita, 300 antenas, atraindo motociclistas de diferentes regiões da cidade.
A ação educativa contou com a colaboração das equipes de Tráfego e Balança da Renovias, além de integrantes da Guarda Civil Municipal e Corpo de Bombeiros de Mogi Mirim.
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A atividade teve como foco os motociclistas, já que são eles as principais vítimas de linhas com cerol – mistura de cola e vidro moído, aplicada em linhas de pipa. Por estarem em velocidade, muitas vezes os motociclistas não conseguem visualizar a linha cortante, perigosa e até fatal.
“Temos como principal objetivo levar segurança aos motociclistas e clientes, fazer com que cheguem aos seus destinos em proteção. Por isso, é primordial que a Renovias colabore para a garantia dessa segurança, entregando as antenas corta-pipa. Importante também que o motociclista fique atento ao uso do capacete, luvas, viseira, vestimentas adequadas, e ao sistema de iluminação, além de não falar ao celular”, destacou o Coordenador de Tráfego da Renovias, Alexandre Bueno da Silva.
O motociclista Valdir Saturnino da Silva celebrou a iniciativa da Renovias. “É uma ação muito bonita e efetiva. Inclusive, já caiu linha de pipa no meu pescoço, eu estava em baixa velocidade e, por sorte, consegui frear e me salvar. Agora, imagine uma situação igual em uma rodovia? Essa atividade feita pela Renovias salva vidas, garante plena segurança para o motociclista”, disse.
Cláudio Donizete de Castro foi mais um motociclista a garantir sua antena corta-pipa durante a ação. “É uma ótima iniciativa da Renovias, evita mortes por conta do cerol nas linhas de pipa. Temos que agradecer a entrega das antenas”, comemorou.
Legislação
No estado de São Paulo, a Lei nº 17.201, de 2019, proíbe o uso do cerol em linhas de pipas e, em caso de descumprimento da lei, a pessoa responsabilizada deverá pagar uma multa de R$ 1.326,50. No descumprimento por parte de estabelecimentos, a multa pode chegar a R$ 132 mil.
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Campinas
MPT registra queda das denúncias de trabalho escravo, mas alerta para a continuidade da prática no interior de São Paulo
Instituição divulga balanço de atuação na semana em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo; regiões de Araçatuba, Araraquara e Presidente Prudente registram aumento
28 de janeiro é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, data instituída no Brasil para homenagear os auditores fiscais do trabalho mortos em 2004, na cidade de Unaí (MG), durante uma fiscalização para averiguar denúncias de trabalho escravo, no episódio conhecido como “chacina de Unaí”.
De lá para cá, o combate à prática tem se intensificado. O Ministério Público do Trabalho (MPT) na 15ª Região, cuja circunscrição abrange 599 municípios do interior de São Paulo e litoral norte paulista, recebeu 243 denúncias de trabalho análogo à escravidão no ano de 2024. Apesar da queda de 29% em relação ao total de denúncias do ano anterior em toda a circunscrição, que registrou 315 denúncias em 2023, houve aumento de casos em algumas regiões do estado, como Araçatuba, Araraquara e Presidente Prudente.
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O ano de 2024 também registrou operações com grande número de trabalhadores resgatados simultaneamente. Em outubro de 2024, em uma colheita de cebolas na cidade de Jeriquara, 130 colhedores foram resgatados de condições semelhantes às de escravos. O mesmo aconteceu em agosto no município de Itapeva, com 82 resgatados.
TACs e ações
O número de termos de ajuste de conduta (TAC) celebrados com empresas que se utilizaram de mão de obra escrava teve ligeira queda, mantendo uma média regular dos acordos extrajudiciais celebrados na Regional da 15ª Região, mas ainda se destacando em relação a 2022. Em 2022 foram firmados 48 TACs, em 2023, 70 TACs, e em 2024, 65 TACs. Em 2023 foram ajuizadas 9 ações civis públicas contra os empregadores flagrados cometendo a prática de trabalho escravo, e em 2024 foram ajuizadas 8 ações civis públicas com este objeto.
Para o coordenador regional da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento do Tráfico de Pessoas (CONAETE), Marcus Vinícius Gonçalves, as instituições têm observado um agravamento da precarização no ambiente de trabalho. “Acreditamos ser necessário intensificar o trabalho de conscientização da população acerca da importância da denúncia. O trabalho escravo ainda existe, inclusive nos grandes centros urbanos, e apenas por meio da denúncia é possível tirar os casos da obscuridade e trazê-los à superfície, onde é possível levar justiça às vítimas e responsabilizar os culpados”, esclarece o procurador.
O número de audiências extrajudiciais conduzidas por procuradores do Ministério Público do Trabalho da 15ª Região em casos de trabalho escravo, no ano de 2023, foi de 86, enquanto em 2024 foram realizadas 91 audiências.
Números nacionais
A queda nos números também foi observada em âmbito nacional. No ano passado o MPT recebeu, em todo o Brasil, 2.573 denúncias sobre trabalho escravo, o que representa uma queda de 39% em relação a 2023, ano em que foram registradas 3.176 denúncias. Foram celebrados, em 2024, 577 termos de ajuste de conduta (TACs) e ajuizadas 188 ações civis públicas sobre o tema.
Número de denúncias de trabalho escravo por ano e região:
Araçatuba – 7 (2023) / 18 (2024)
Araraquara – 5 (2023) / 6 (2024)
Bauru – 33 (2023) / 17 (2024)
Campinas – 83 (2023) / 67 (2024)
Presidente Prudente – 4 (2023) / 7 (2024)
Ribeirão Preto – 45 (2023) / 35 (2024)
São José do Rio Preto – 62 (2023) / 31 (2024)
São José dos Campos – 38 (2023) /26 (2024)
Sorocaba – 38 (2023) / 36 (2024)
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