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Barbie, China e o Vietnã

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Vanderlei Tenório Pereira

No dia 3 de julho de 2023, a mídia estatal do Vietnã divulgou que o filme “Barbie”, realizado por Greta Gerwig, não será disponibilizado para exibição no país. O motivo para essa proibição reside em uma determinada cena que exibe um mapa contendo a controversa “linha dos nove traços”, uma reivindicação territorial da China sobre a região do Mar do Sul da China, a qual é contestada pelos vietnamitas.

De acordo com Vi Kien Thanh, o chefe do Departamento de Cinema local, a licença para o lançamento do filme norte-americano “Barbie” não foi concedida devido à presença dessa imagem considerada ofensiva, a qual retrata a mencionada linha.

Esta não é a primeira vez que o mapa em questão causa contestações no país do sudeste asiático. No ano de 2019, o governo Võ Văn Thưởng também proibiu a exibição da animação “Abominável”, de Jill Culton e Karey Kirkpatrick, produzida pela DreamWorks, sob o mesmo argumento. Além disso, outras produções, tais como o filme de ação “Uncharted”, de Ruben Fleischer e a série de espionagem australiana “Pine Gap”, foram barradas por apresentarem o referido mapa.

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Essas decisões de censura refletem as tensões políticas e territoriais entre o Vietnã e a China em relação à região do Mar do Sul da China, tornando-se um tema sensível para o país, que busca preservar sua soberania e interesses nacionais.

Tendo em vista esse cenário, no papel de professor de atualidades e de ex-bacharelando em Geografia pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), é minha responsabilidade explicar melhor o fenômeno em questão.

Dito isso, a complexa origem das disputas territoriais no Mar da China Meridional remonta aos mapas oficiais criados pelo governo nacionalista do Kuomintang antes e depois da Segunda Guerra Mundial, como documentado no livro “Asia’s Cauldron”, de Robert D. Kaplan. Após a derrota do Kuomintang pelas forças comunistas lideradas por Mao Zedong, o governo nacionalista se refugiou em Taiwan, onde estabeleceu sua sede. Essa situação resultou na República Popular da China e Taiwan reivindicando oficialmente a propriedade do Mar da China Meridional.

A principal fonte de disputa territorial está relacionada à Linha de Nove Traços, originalmente uma linha de 11 traços, que foi estabelecida com a ajuda do geógrafo chinês Yang Huairen. No entanto, países como Vietnã, Filipinas e Malásia argumentam que essa linha ultrapassa os limites estabelecidos pelo Direito do Mar e reivindica um território muito maior do que é justificável.

Dessa forma, as reivindicações territoriais da China têm gerado tensões, pois entram em conflito com as questões de soberania territorial dos Estados do Sudeste Asiático. Nesse aspecto, embora a China se baseie em argumentos históricos para justificar suas pretensões, essas alegações são vistas com preocupação pelos países vizinhos, que temem uma possível hegemonia chinesa na região. Por conseguinte, a ocupação de ilhas no Mar do Sul da China e a construção de ilhas artificiais têm aumentado as tensões, levantando preocupações sobre a biodiversidade marinha e as relações políticas e diplomáticas entre os países da região.

Por sua vez, sob esse ângulo, o Vietnã reivindica a soberania das ilhas Paracel e Spratly, o que resulta em conflitos acentuados com a China. Para esquentar a “briga”, Taiwan também busca fundamentos históricos para suas reivindicações nessas ilhas. No meio de tudo isso, Malásia, Brunei e Filipinas baseiam-se no Direito do Mar (UNCLOS) para justificar suas reivindicações territoriais.

Mais especificamente, Taiwan também pleiteia o território das ilhas Paracel e ocupa a maior ilha do arquipélago de Spratly. O sultanato de Brunei reivindica um pequeno recife nas ilhas Spratly, dentro de sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE). A Malásia também reivindica áreas dentro de sua ZEE, assim como algumas ilhas da cadeia de Spratly. As Filipinas têm uma relação estreita com os Estados Unidos, mas Washington não tem sido ativo na defesa das ilhas ocupadas no arquipélago de Spratly, que são reivindicadas em sua totalidade pelo governo filipino. No início de 2013, as Filipinas iniciaram um procedimento arbitral contra a China na Corte Permanente de Arbitragem, mas todas as decisões foram negadas por Pequim.

Essa região é de grande importância econômica, pois uma porcentagem significativa do comércio mundial passa pelo Mar da China Meridional, incluindo recursos energéticos como gás natural e petróleo. Por esse motivo, é conhecido como a “garganta do Pacífico” e é uma das rotas comerciais mais importantes do mundo.

Em resumo, a disputa territorial no Mar da China Meridional é uma questão complexa e delicada, envolvendo argumentos históricos, soberania territorial, interesses econômicos e relações políticas entre os países da região. O cenário geopolítico e a importância estratégica da área tornam essas disputas uma preocupação internacional.

“Barbie”, estrelado por Margot Robbie e Ryan Gosling, estava originalmente programado para estrear no Vietnã em 21 de julho, a mesma data que nos Estados Unidos, de acordo com o jornal estatal Tuoi Tre. No Brasil, o aguardado filme de Greta Gerwig estreia no dia 20 de julho, dia de estreia do igualmente esperado “Oppenheimer”, de Christopher Nolan.

Vanderlei Tenório é jornalista, professor de atualidades, correspondente freelancer de veículos portugueses e assessor de imprensa

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Pets: O que pode e o que não pode comer na ceia de Natal

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A ceia de Natal é uma das celebrações mais aguardadas do ano, mas é importante lembrar que muitos alimentos que consumimos durante essa época podem ser prejudiciais para os nossos pets. Eles têm necessidades nutricionais específicas, e alguns ingredientes tradicionais das festas podem ser tóxicos ou causar problemas de saúde.

O que pode comer:

1. Carnes magras e sem tempero;

2. Legumes cozidos;

3. Frutas não tóxicas
- frutas como maçã (sem sementes), banana, pera e melancia podem ser oferecidas como petiscos, desde que sem sementes e sem casca. Elas são uma opção saudável e refrescante;

4. Arroz branco ou integral.

O que não pode comer:

  1. Chocolate


O chocolate é extremamente tóxico para cães e gatos, pois contém teobromina. Mesmo em pequenas quantidades, pode causar sintomas como vômito, diarreia, convulsões e até morte.

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  • Uvas e passas


Uvas e passas podem causar insuficiência renal aguda em cães e gatos, mesmo em pequenas quantidades. Portanto, devem ser evitadas completamente.

  • Cebola e alho

Ambos os alimentos, em qualquer forma (cru, cozido, em pó), podem danificar os glóbulos vermelhos dos pets, levando a uma condição chamada anemia. Mesmo em pequenas quantidades, eles são perigosos.

  • Osso de carne


Ossos de frango, peru e outros tipos de carne podem se quebrar facilmente e causar engasgos ou danos ao trato digestivo. Além disso, ossos cozidos podem ser ainda mais perigosos, já que tendem a se fragmentar de maneira afiada.

  • Bebidas alcoólicas

O álcool é tóxico para os animais e pode causar vômito, diarreia, dificuldade respiratória, coma e até morte, dependendo da quantidade ingerida.

  • Alimentos ricos em gordura e temperos

Alimentos como pernil ou carnes com alto teor de gordura e temperos pesados (sal, pimenta, etc.) podem causar problemas gastrointestinais nos animais, como pancreatite.

  • Nozes e castanhas


Algumas nozes, como as castanhas de caju, podem ser tóxicas para cães e gatos, além de serem difíceis de digerir e causarem obstruções intestinais.

* Consulte um veterinário sempre que tiver dúvidas sobre o que pode ou não oferecer, o veterinário é a melhor fonte de orientação.

Ao manter esses cuidados, é possível garantir que o seu pet aproveite as festas de fim de ano com segurança e saúde. Curtam a abençoada ceia de Natal. Nós da equipe VETMÓVEL agradecemos a parceria com o jornal e desejamos a todos os clientes amigos e leitores um excelente Natal.

Dra. Marina Del Poente

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7 dicas para refrescar a casa na estação mais quente do ano

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Descubra como deixar o ambiente mais agradável e ameno com orientações de especialistas

Com a previsão de calor extremo, causado pelo aquecimento do Atlântico Norte e pelo fenômeno La Niña, o verão de 2025 promete ser desafiador para os brasileiros. Enquanto muitos escolhem as praias para fugir das altas temperaturas, quem não vai viajar para o litoral pode adotar estratégias simples para tornar o ambiente mais confortável. O coordenador de projetos da GT Building, Fabio Lima, elencou sete dicas práticas para enfrentar a estação que pode quebrar recordes de calor.

  1. Opte por tons neutros e frios

As cores dos ambientes influenciam diretamente na sensação térmica. Segundo Fabio, optar por tons neutros e frios, como azul e verde, ajuda a transmitir frescor. As cores claras refletem mais luz solar e absorvem menos calor. Pintar paredes e tetos com tons claros e utilizar revestimentos frios, como porcelanatos e pedras são excelentes opções. “Uma ótima sugestão é a Future Dusk, nomeada pela WSGN como Cor do Ano 2025, que combina azul e roxo. Outra aposta interessante é o Aquatic Awe, um turquesa vibrante”, recomenda. 

  1. Plantas e jardins internos

Além das peças de decoração, as plantas ajudam a refrescar os espaços ao liberar água durante o processo de fotossíntese e criar sombras que diminuem a temperatura. “Jardins internos aproximam as pessoas da natureza e tornam o ambiente mais aconchegante, especialmente em salas de estar e varandas”, afirma o coordenador da incorporadora GT. Entre as plantas indicadas estão samambaias, lírios-da-paz e jiboias, que ajudam a reduzir a temperatura ambiente e aumentam a umidade natural do ar. No exterior, trepadeiras e pérgolas podem criar sombra extra.

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  1. Tecidos leves e naturais

Tecidos leves e naturais ajudam a manter móveis e ambientes frescos. Materiais como algodão, fibra e linho são ideais para cobrir sofás, poltronas e camas. Para as janelas, instale cortinas ou persianas com revestimentos refletivos ou insulfilmes para minimizar a entrada de calor. Esses materiais reduzem a radiação solar, mantendo os ambientes mais frescos. Tapetes podem ser retirados ou substituídos por modelos mais finos, feitos de fibras naturais como algodão, palha ou corda. “Cores neutras ou claras refletem o calor, enquanto tons escuros podem absorvê-lo. Trocar forros escuros de cortinas por opções mais claras é uma excelente solução”, sugere Fabio.

  1. Circulação de ar

Conforto térmico é um estado no qual o organismo humano está termicamente confortável e equilibrado, sem necessidade de termorregulação para estabilizar a temperatura do corpo. Dessa forma, a sensação de equilíbrio e conforto que a temperatura do ambiente proporciona afeta diretamente a saúde e performance do indivíduo. Em ambientes mais quentes, é normal sentir moleza, cansaço e sonolência. Isso se dá pelo esforço do organismo em tentar equilibrar a temperatura interna. Evitar a sensação de abafamento, especialmente nos períodos mais quentes, é essencial para o bem-estar. Manter as janelas abertas permite a entrada de brisa e impede que o ar quente não fique preso nos cômodos, mas é importante barrar a luz solar direta — use cortinas para refletir o calor para fora da casa. Sistemas automatizados de ar-condicionado também podem ser utilizados para melhorar a circulação de ar e refrescar os ambientes. Se possível, posicione ventiladores em pontos estratégicos para direcionar o ar em movimento, já que a ventilação cruzada é eficaz para reduzir o calor acumulado.

  1. Iluminação

As lâmpadas podem aumentar a sensação de calor, principalmente as incandescentes. Priorizar o uso de lâmpadas de LED ou fluorescentes melhora a sensação térmica dos cômodos, além de serem mais eficientes e consumirem menos energia. “Nos empreendimentos da GT Building focamos sempre na sustentabilidade. A eficiência energética é um ponto central, e priorizamos a implementação de lâmpadas de LED, que contribuem para um ambiente mais confortável nos meses mais quentes do ano”, afirma Fabio.

  1. Umidifique o ar e utilize elementos de água

O uso de umidificadores de ar contribui para reduzir a temperatura e melhorar a qualidade do ambiente. Outra alternativa são as fontes decorativas, que além de serem decorativas, ajudam a umidificar os cômodos. “Pequenos espelhos d’água, fontes ou até mesmo recipientes com água nos ambientes ajudam a reduzir a temperatura, criando uma sensação de frescor. Além disso, a presença de água melhora a umidade do ar”, alerta o especialista.

  1. Proteja a cobertura e crie sombras

Adicione telhados verdes, coberturas de policarbonato e sombreadores para minimizar o aquecimento nas áreas superiores e coberturas da casa. Toldos e pérgulas podem ser usados para proteger varandas e terraços da luz solar direta.

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Arquiteto ou engenheiro: quando e por que contratar cada profissional?

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Elaine Bertoldo, Arquiteta & Urbanista Master BIM

Se você está planejando construir, reformar ou realizar uma intervenção em seu imóvel, a escolha entre contratar um arquiteto, um engenheiro, ou ambos, é uma decisão crucial para o sucesso do projeto.

Embora ambos sejam essenciais para garantir segurança, funcionalidade e estética, suas atribuições e áreas de atuação diferem, e saber quando contar com cada um pode fazer toda a diferença.

Atribuições do arquiteto
O arquiteto é o profissional responsável pelo conceito e desenvolvimento do projeto arquitetônico. Ele cuida do planejamento dos espaços, sempre focando na estética, funcionalidade e conforto do ambiente. 

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Atribuições do engenheiro
O engenheiro, por sua vez, é responsável pelas partes estruturais e técnicas da obra. Ele desenvolve e avalia o cálculo estrutural, sistemas elétricos, hidráulicos e de fundação, garantindo a segurança e viabilidade do projeto. 

Quando contratar cada um?
Para projetos de design e layout de espaços: contrate um arquiteto. Ele será responsável pela concepção do projeto, escolha de materiais e acabamentos, além de pensar em soluções que valorizam o espaço e tornam o ambiente harmonioso e funcional.

Para projetos de infraestrutura e execução técnica: contrate um engenheiro. Ele cuidará da parte estrutural, elétrica, hidráulica e fundações, garantindo que a obra siga normas técnicas e seja segura.

Para grandes reformas ou construções completas: o ideal é contratar ambos. O arquiteto e o engenheiro trabalhando em conjunto garantem que o projeto seja esteticamente atraente e tecnicamente viável.

“Investir em um arquiteto e engenheiro é garantir que seu projeto não seja apenas bonito, mas também seguro e eficiente”.

Tanto o arquiteto quanto o engenheiro desempenham papéis fundamentais no sucesso de qualquer obra. Contratar o profissional certo, de acordo com suas necessidades, garante não apenas a segurança e a estética, mas também o valor e a durabilidade do imóvel.

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