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Falando de Direito: Covid-19 e violência doméstica

Por – Camila Moura
Professora de Direito Penal e Processo Penal, Advogada proprietária do escritório Camila Moura Advocacia e doutoranda em ciências jurídicas pela Universidade Autônoma de Lisboa e Thaina de Moura, estagiária do escritório Camila Moura Advocacia
Há um paradoxo existente entre a pandemia do Covid-19 e a pandemia da violência contra a mulher. Para quem não sabe, a palavra paradoxo significa uma afirmação que aparentemente parece verdadeira, mas que leva uma contradição lógica. E, pandemia é o termo utilizado para descrever uma situação em que determinado doença apresenta uma disseminação de larga proporção espalhando-se por diversos países e continentes.
Dessa maneira, podemos considerar a violência doméstica contra a mulher uma doença social pandêmica, pois está presente em diferentes camadas sociais e espalhada pelo mundo.
Para qualquer ser vivo, o lugar em que se sente mais seguro é o seu lar, tanto que para proteger-se do Covid-19 a expressão mais utilizada é: Fique em casa! No entanto, para as mulheres que sofrem violência doméstica essa frase é exatamente a causa de sua maior angústia e preocupação.
O lugar que deveria ser seu porto seguro é onde encontra o seu maior perigo, pois os índices indicam que há maior incidência de violência contra a mulher em sua própria casa.
Dados retirados em um “Raio-X” feito pelo Ministério Público do Estado de São Paulo demonstra que 66% dos feminicídios – homicídio causado a mulheres em razão do sexo ou por violência doméstica – quer tentados ou consumados foram praticados na casa da própria vítima. Daí o paradoxo, além de enfrentar o problema Covid-19, a mulher que sofre violência doméstica fica mais vulnerável se estiver isolada com sua família, o que significa estar presa junto ao seu algoz.
A combinação de fatores gerados pela pandemia, tais como: tensões econômicas e sociais provocadas pelo isolamento e desemprego, o aumento considerável do consumo de álcool e drogas, bem como às restrições ao movimento, aumentaram dramaticamente o número de mulheres e meninas que enfrentam as mais diversas formas de agressão em seu próprio lar. Além do aumento nos casos, outro fator importante a ser considerado é que muitas mulheres têm medo ou maior dificuldade em pedir ajuda neste contexto de isolamento, primeiro porque não podem sair de casa e, segundo pelo risco da proximidade do parceiro.
Mesmo com determinados fatores dificultantes para as denúncias, o fato é que com a pandemia do Covid-19, os atendimentos da Polícia Militar a mulheres vítimas de violência aumentaram 44,9% no estado de São Paulo. Dados retirados do relatório divulgado no Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que o total de auxílio dispensado às vítimas dessa situação, passou de 6.775 para 9.817, na comparação entre março de 2019 e março de 2020. A quantidade de feminicídios também subiu no estado, de 13 para 19 casos (46,2%).
No mesmo sentido, os referido Raio-X do Ministério Público do Estado de São Paulo aponta que em fevereiro de 2019 foram deferidas 1.566 medidas protetivas na cidade de São Paulo, já no mesmo mês do corrente ano, ou seja, no contexto de pandemia, foram deferidas 1934 medidas protetivas, uma variação de 368, 23,5% no índice. Entretanto, em março de 2020 os números ainda aumentaram em comparação ao mês anterior. Após um mês de declarada a pandemia, março registrou o deferimento de 2500 medidas protetivas, elevando 29,2% o índice.
Na Comarca de Jaguariúna, segundo dados do Tribunal de Justiça, foram deferidas 20 medidas protetivas e instaurados 12 Inquéritos Policiais nos meses de março e abril deste ano, enquanto que no mesmo período do ano passado foram deferidas 12 medidas protetivas e foi instaurado 1 Inquérito Policial.
Trata-se, portanto, de um problema extremamente relevante que ganhou novas proporções com a pandemia do COVID-19.
Cabe salientar que as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, tratadas pela Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06) não se restringem puramente a violência física, ou seja: a lesão corporal e ao feminicídio. A lei vai muito além e protege a mulher de mais quatro formas de violência: a psicológica, retrata pelas ameaças sofridas, a violência sexual, a patrimonial, como a distribuição ou até mesmo subtração de seus bens ou documentos e, a moral, consubstanciada na injúria, calúnia ou difamação.
É alarmante! Mesmo antes da disseminação global do novo coronavírus, as estatísticas mostraram que um terço das mulheres em todo o mundo experimentou alguma forma de violência em suas vidas. tenho certeza que você que lê esse texto agora ou já sofreu violência doméstica ou conhece uma mulher que tenha sofrido.
Toda essa violência traz impactos perturbadores na saúde física, financeira, sexual, reprodutiva e mental das mulheres, pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) detalhou “que mulheres que sofrem abuso físico ou sexual têm duas vezes mais chances de fazer um aborto, e a experiência quase dobra sua probabilidade de cair em depressão. Em algumas regiões, elas têm 1,5 vez mais chances de adquirir HIV, e existem evidências de que mulheres agredidas sexualmente têm 2,3 vezes mais chances de ter distúrbios com álcool”. Ainda segundo a ONU, surpreendentemente, a violência contra a mulher é uma causa tão grave de morte e incapacidade entre as mulheres quanto o câncer, além de ser uma causa maior de problemas de saúde que os acidentes de trânsito e a malária combinados.
Fica então o alerta para que as autoridades públicas, em todos os seus níveis e esferas de poder atente-se para tais fatores e reforcem ou ampliem os esforços de combate a violência de gênero que ganhou maiores dimensões com a pandemia, com medidas como: Execução de campanhas com cartazes informativos em farmácias, bancos, supermercados e redes sociais, com alerta sobre o atual aumento da violência doméstica e familiar no Brasil e divulgação de canais para realizar denúncia e procurar o auxílio; Monitoramento dos casos, com a divulgação periódica dos dados de ocorrências e medidas concedidas e; Recomendação às Polícias Civis e Guarda Municipal para a implantação de canais digitais para facilitação dos mecanismos de denúncia pelos órgãos institucionais, a exemplo de WhatsApp e aplicativos, bem como o treinamento especializado para atendimento desse tipo de ocorrência.
Finalmente, cabe ressaltar que um dos canais de denúncia o disque 180 continua funcionando e é um dos canais mais eficientes para buscar informações.
Além disso, caros leitores, a máxima existente de que “em briga de marido e mulher não se mete COLHER” caiu em desuso, e isso porque a sua denúncia pode salvar uma vida. Vizinhos, amigos, familiares podem meter a colher SIM e chamar a polícia, ao menos a sua parte você fez, essa é uma responsabilidade de todos para com todos.
(Dados retirados do: https://www.conjur.com.br/dl/violencia-domestica-mp-sp.pdf, em acessado em 24/04/2020, http://forumseguranca.org.br/estatistica-2/, acessado em 23/04/2020 e Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Comarca de Jaguariúna, consultado em 24/04/2020)
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Corredor Dom Pedro de rodovias deve receber mais de um milhão de veículos durante o Carnaval

Concessionária Rota das Bandeiras fará seis dias de Operação Especial, entre a sexta-feira, 28 de fevereiro, e a quarta-feira de Cinzas, no dia 5 de março
Pouco mais de um milhão de veículos são aguardados no Corredor Dom Pedro de rodovias durante a Operação Especial de Carnaval da Concessionária Rota das Bandeiras, que terá início na sexta-feira, dia 28 de fevereiro, e se estenderá por seis dias, até a quarta-feira de Cinzas, no dia 5 de março. A previsão é 12% superior ao registrado no Carnaval de 2024, quando 946.849 veículos utilizaram as rodovias.
Somente na sexta-feira, são aguardados 260 mil veículos nas vias administradas pela Rota das bandeiras. O movimento deve ser intenso já a partir das 14h, com previsão de diminuição do volume de tráfego após às 22h. O sábado de Carnaval também deverá ter grande fluxo de veículos no período da manhã.
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Principal rodovia do Corredor Dom Pedro, a D. Pedro I (SP-065) deve receber a passagem de 740 mil veículos durante os seis dias. A via é responsável pela ligação da Região Metropolitana de Campinas (RMC) com outras importantes rodovias, como Fernão Dias (BR-381), Presidente Dutra (BR-116) e Carvalho Pinto (SP-070), que levam a destinos muito procurados no feriado, como as cidades do sul de Minas Gerais e as praias do Litoral Norte de São Paulo. Ainda na Região Metropolitana de Campinas, 155 mil veículos são esperados na rodovia Prof. Zeferino Vaz (SP-332). Já na região de Jundiaí, as rodovias Eng. Constâncio Cintra (SP-360) e Romildo Prado (SP-063), que garantem a ligação do Corredor Dom Pedro ao Circuito das Frutas, deverão receber 170 mil veículos no total.
Para garantir uma viagem tranquila aos motoristas, a Concessionária contará com todo seu efetivo Operacional. Guinchos e viaturas de Resgate estarão posicionados em pontos estratégicos de todo o Corredor Dom Pedro, facilitando o deslocamento para atendimento a qualquer tipo de ocorrência. Além disso, viaturas de inspeção de tráfego percorrerão as rodovias de forma ininterrupta para prestar auxílio aos motoristas. Toda movimentação nas rodovias será monitorada por meio das 95 câmeras do Centro de Controle Operacional (CCO) da Concessionária.
Antes de pegar a estrada, é importante que se faça a manutenção preventiva básica do veículo, como a verificação dos níveis de água, óleo e combustível. A calibragem correta dos pneus, inclusive o estepe, também é fundamental. Outra dica importante é que o motorista sempre tenha água disponível para se hidratar durante a viagem, devido às altas temperaturas esperadas.
“São dicas bem simples, mas que fazem muita diferença, garantindo maior segurança durante a viagem, minimizando o risco de imprevistos”, destaca o gerente de Operações da Rota das Bandeiras, Murilo Perez. “É importante que o motorista tenha conhecimento sobre a localização de nossas oitos bases do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) e, também, dos postos de serviço ao longo da rodovia, que são pontos de apoio seguros e confortáveis para um descanso durante a viagem e também de parada em caso de emergência”, completa.
Os motoristas que desejarem mais informações ou necessitarem de atendimento médico ou mecânico podem entrar em contato com a Concessionária por meio do telefone 0800-770-8070. A ligação é gratuita e funciona 24h. Para receber informações atualizadas sobre as condições de trânsito, o motorista também pode acessar o X (@rdasbandeiras) ou se cadastrar no Canal do WhatsApp. Para receber o link, basta encaminhar uma mensagem pelo aplicativo para o 0800-770-8070.
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Santo Antônio de Posse conquista premiação inédita no Programa Municípios Resilientes

O município de Santo Antônio de Posse foi destaque ao receber de forma inédita o Prêmio Município Resiliente, no grau bronze, em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. O evento, que ocorreu na quarta-feira, 04, que também marcou o lançamento da “Operação SP Sempre Alerta de Chuvas”, reconheceu os esforços de municípios paulistas na gestão de riscos, prevenção de desastres e desenvolvimento sustentável.
A premiação foi concedida pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil de São Paulo, como parte do programa de avaliação do Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEG-M), desenvolvido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), do Programa Município Verde Azul (PMVA), implementado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, e da Campanha Mundial Construindo Cidades Resilientes (Making Cities Resilient 2030 – MCR2030), do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR).
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Santo Antônio de Posse participou da cerimônia com a presença do coordenador do sistema municipal de Proteção e Defesa Civil, Abílio Alves. A honraria foi entregue pelo vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth e pelo secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel PM Henguel Ricardo Pereira.
Entre as iniciativas promovidas que garantiram a premiação do município possense, estão a implementação de medidas eficazes de gestão, sustentabilidade e prevenção de tragédias e desastres naturais que fortaleceram a segurança e a qualidade de vida da população. Neste ano, foram certificados 76 municípios paulistas que obtiveram a pontuação exigida pelo Programa. São cidades que possuem uma gestão compromissada com as políticas e ações de redução de risco e desastre, em harmonia com o desenvolvimento sustentável.
Prêmio Município Resiliente
Criado em 2019 pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do Decreto Estadual nº 64.659/19, o Prêmio Município Resiliente tem foco na gestão de risco e desastres que objetiva incentivar as cidades paulistas a adotarem práticas de redução de riscos e desastres, promovendo o desenvolvimento sustentável, por intermédio da avaliação do grau de maturidade da gestão municipal nas atividades de proteção e defesa civil.
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Casa da Memória Padre Gomes recebe exposição ‘Modernismo’

A Casa da Memória Padre Gomes é palco da abertura da exposição itinerante “Modernismo”, uma iniciativa do professor, museólogo e artista plástico Fabiano Rizzoni. A mostra, que conta com o apoio da Lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura, visa celebrar o movimento modernista no Brasil e suas importantes conexões com a história de Jaguariúna. A entrada é gratuita.
A exposição traz réplicas de obras de artistas consagrados que fizeram parte do Salão Modernista promovido por Olívia Guedes Penteado, uma das grandes mecenas das artes brasileiras. Olívia, que viveu sua infância e adolescência na Fazenda da Barra, em Jaguariúna, teve um papel crucial na promoção do modernismo e na formação de uma rica tradição cultural no país.
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Entre as atrações da exposição, destaca-se a obra “A Chegada”, de Fabiano Rizzoni, exibida recentemente no Museu do Louvre, em Paris, além de outras criações inéditas do artista, inspiradas no legado do modernismo.
A mostra fica em cartaz até o dia 13 de dezembro e, em 2025, está prevista para ser exibida em outros espaços culturais da cidade, permitindo que mais pessoas tenham acesso a essa importante reflexão sobre a arte e a história do Brasil.
A Casa da Memória Padre Gomes fica na Rua Alfredo Bueno, 1206, no Centro de Jaguariúna, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Foto: arquivo
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