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Economia

Cenário de alta na taxa de juros, grandes oportunidades para os investidores em renda fixa

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Fuja da poupança e garanta a rentabilidade adequada aos seus investimentos

Por Lucas Stafocher Pansa

Nos últimos anos, vivenciamos um período de baixa na nossa taxa de juros, o que fez com que até o investidor mais conservador assumisse posição mais agressiva no mercado, no intuito de alcançar rentabilidades mais atrativas. No entanto o cenário está mudando, hoje voltamos aos 2 dígitos na taxa básica de juros, mais conhecida como Selic. Com a nova deliberação do COPOM, nossa taxa atual é de 10,75%, patamar que não era alcançado desde 2017.

Primeiramente vamos entender essa taxa e os motivos que levam o nosso Banco Central a alterá-la. Não é segredo para ninguém que a inflação em níveis elevados é uma das maiores preocupações da equipe econômica de um país. Quem viveu nas décadas de 80 e 90 sabe bem o efeito negativo que índices inflacionários descontrolados causam. Uma das políticas monetárias assumidas pelo Banco Central, com o objetivo de enquadrar o país nas metas de inflação, é justamente no aumento ou redução da taxa Selic.

Em períodos de forte inflação espera-se que governo intervenha e aumente a taxa de juros, no intuito de diminuir a circulação de dinheiro na economia, afinal de contas o “custo do dinheiro” estará mais elevado o que possivelmente reduzirá a inflação. O contrário é verdadeiro, recentemente presenciamos um período de inflação negativa, mais conhecido como deflação, isso no primeiro semestre de 2020 e no ápice da pandemia, o que levou o governo a reduzir essa taxa a mínima histórica de 2%, no intuito de incentivar a economia.

Como no decorrer do ano de 2021, o IPC-A – índice oficial de inflação do país, calculador pelo IBGE – apresentou resultados bem acima da meta, o governo se viu obrigado a aumentar gradativamente a nossa taxa de juros. Tal fato pode ser interessante do ponto de vista do investidor que tem apreço pela renda fixa, pois quando a SELIC meta é majorada, todas as outras taxas aumentam por tabela, inclusive o CDI que é bem conhecido pelo mercado.

Vale ressaltar que não é possível investirmos diretamente no CDI, pois trata-se de uma taxa com lastro em operações realizadas entre as instituições financeiras, pois mesmo os bancos sendo concorrentes trocam dinheiro e cooperam entre si. Historicamente o CDI fica muito próximo da taxa Selic.

Muito popular entre os brasileiros, a caderneta de poupança é um título de renda fixa que é predominante entre os poupadores do nosso país. Apesar da ligeira melhora do rendimento com o aumento da taxa de juros, será que ela realmente vale a pena? Vamos entender como ela é calculada.

Com a SELIC atual, a forma de remuneração mensal da poupança é de 0,50% + TR, sendo essa última uma taxa calculada pelo Banco Central e no período de 2017 até novembro de 2021 ficou zerada, voltando a apresentar percentual positivo em dezembro de 2021 quando registrou 0,0488%, influenciado pelo aumento da taxa de juros.

Durante os últimos anos, o juro real da poupança (descontada a inflação) foi negativo. No ano de 2021 por exemplo, quem deixou o valor investido na aplicação teve um rendimento negativo de 6,37%.

Outras aplicações em renda fixa, como CDBs, títulos públicos, LCIs, LCAs e até mesmo fundos DI, podem trazer muito mais rentabilidade com níveis de segurança semelhantes ao da poupança, isso sem mencionar que a remuneração da caderneta de poupança é sempre mensal, ou seja, você precisa esperar a data de aniversário para receber os rendimentos, diferentemente dos títulos acima citados em que a remuneração é diária.  

Os títulos de renda fixa nos dão a oportunidade de conhecer as taxas previamente no momento do investimento (pré-fixadas) ou variando de acordo com um indicador, o mais comum é o CDI (pós-fixadas). Existe também os investimentos com indexadores somados a uma taxa pré-fixada, como por exemplo o IPC-A + um determinado percentual, o que garantiria um ganho real ao investidor. Tal forma de remuneração é conhecida pelo mercado como híbrida.

Além de todas as vantagens em termos de rentabilidade, os títulos de crédito privado CDB, LCI e LCA – assim como a poupança – têm garantia de FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que é uma associação sem fins lucrativos, que tem como um dos principais objetivos proteger os investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional, até os limites estabelecidos pela regulamentação. Já os títulos públicos não contam com a cobertura do FGC, porém têm o governo como garantidor do crédito.

Por mais que o cenário seja interessante para a renda fixa, é muito importante diversificar as aplicações em outros ativos, pois grandes oportunidades podem ser exploradas, sempre respeitando o objetivo e perfil do investidor.  

Portanto deixe o comodismo de lado, fuja da poupança e diversifique suas aplicações financeiras contando com a ajuda de um assessor de investimentos para auxiliá-lo nessa jornada.

Lucas Stafocher Pansa é sócio e assessor de investimentos no escritório Se7e Invest credenciado à XP investimentos

[email protected]

(19) 9 9608 2395 (WhatsApp)

Economia

5 passos para organizar as finanças e começar 2025 no azul

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Especialista explica como fazer essa promessa de ano novo virar realidade

Com o fim do ano, chegam também as resoluções para o próximo, com metas para transformar vidas e alcançar sonhos — sendo o equilíbrio financeiro uma das mais comuns. No entanto, apesar de muitos prometerem soluções mágicas para todos os problemas, não há fórmula secreta quando o assunto é dinheiro.

Organizar as finanças começa com uma análise detalhada do orçamento, ajustes nos hábitos de consumo e a definição de metas realistas, como poupar, quitar dívidas ou criar uma reserva de emergência. É fundamental olhar para os hábitos financeiros com consciência para identificar os principais gastos e equilibrar o orçamento pensando no futuro. Nesse processo, o conhecimento é o maior aliado.

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“A educação financeira é um dos pilares mais importantes para o equilíbrio das contas, pois nos ajuda a tomar decisões conscientes e evitar armadilhas comuns. Um planejamento baseado em ações consistentes ao longo do ano é essencial para construir uma base sólida rumo a um 2025 próspero”, explica Thaíne Clemente, executiva de Estratégias e Operações da Simplic, fintech de crédito pessoal online.”

Pensando nisso, ela separou 5 passos para ajudar a começar o ano no azul. Confira:

Faça uma análise financeira

Antes de planejar, é fundamental entender sua situação atual. Registre todas as receitas e despesas, separando os gastos entre essenciais, supérfluos e dívidas. Isso ajudará a identificar onde cortar ou ajustar para equilibrar o orçamento.

Estabeleça metas realistas

Defina objetivos financeiros para o próximo ano, como quitar dívidas, poupar para emergências ou investir. Seja específico e realista, traçando metas alcançáveis com base na sua renda e estilo de vida.

Monte um orçamento mensal

Após definir suas metas, planeje seus gastos mensais considerando sua renda e seus compromissos. Separe uma parte para despesas fixas, outra para lazer e outra para os objetivos traçados. Sempre que possível, reserve um percentual para poupar ou investir. Ferramentas como aplicativos e planilhas podem ser grandes aliadas nesse processo.

Renegocie dívidas e corte excessos

Entre em contato com seus credores e renegocie os valores devidos. Aproveite feirões de negociação para buscar condições mais favoráveis. Além disso, reveja gastos desnecessários e cancele serviços que não são utilizados com frequência. Esses dois movimentos farão uma diferença considerável no fluxo de caixa.

Crie uma reserva de emergência

Depois de organizar as finanças, inicie a construção de uma reserva de emergência. Esse fundo é essencial para lidar com imprevistos e evitar um novo ciclo de endividamento diante de situações inesperadas.

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Economia

Festa do Peão movimentou R$ 395 milhões para Barretos

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Evento atraiu mais de 900 mil pessoas vindas das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste

Considerado o maior rodeio da América Latina, a Festa do Peão de Barretos movimentou R$395 milhões em receita direta para o turismo na cidade e recebeu cerca de 900 mil visitantes, entre turistas e moradores, de acordo com o Centro de Inteligência da Economia do Turismo (CIET), da Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP). Além disso, de acordo com a organização, 10 mil pessoas foram contratadas para a realização do evento.

A maior parte do público é do próprio estado de São Paulo (67%), sendo 34% moradores de Barretos e 33% de outros munícipios, como a Capital Paulista, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Olímpia. A festa segue atraindo turistas de outras regiões do país como, por exemplo, de Minas Gerais (12%), Paraná (4%), Rio de Janeiro (3%) e Goiás (3%), o que a coloca como um dos grandes eventos estimuladores do turismo doméstico para o estado.

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“A Festa do Peão de Boiadeiro é fantástica a cada edição. O melhor rodeio do mundo, emprega, movimenta o turismo e toda a sua cadeia. Nosso Estado se orgulha de ter um grande evento como este”, diz o secretário de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, Roberto de Lucena.

A pesquisa também apontou que os turistas permaneceram em média seis dias na região, participando em média quatro dias da festa. Em média cada visitante gastou R$ 2,4 mil com despesas relacionadas ao turismo, que inclui ingresso, alimentação, transporte, hospedagem e compras, impulsionando significativamente a economia local.

A programação do evento e o rodeio foram bem avaliados por mais de 95% dos participantes e comentários como “Melhor rodeio do mundo”, “Pessoal acolhedor, atendimento excelente” e “Shows ótimos”, foram destacados pelos turistas e frequentadores na pesquisa. Outro dado positivo é que 95,5% dos turistas consideraram boas as opções de turismo e lazer de Barretos e 93% se sentiram seguros na cidade. A vida noturna e os passeios turísticos da região foram as atividades mais apreciadas, além do próprio rodeio.

Em 2024, a Festa do Peão de Barretos atraiu um público diverso, composto por 48% de mulheres e 52% de homens. A idade média dos visitantes foi de 36 anos, com 66% possuindo curso superior completo e uma renda familiar média de R$ 9 mil.

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Economia

Pronas/PCD e Pronon: Congresso derruba veto sobre dedução de IR por doação

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Vanderlei Tenório

Foi promulgada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Lei 14.564/23, a qual estabelece a reabertura do prazo para dedução, no Imposto de Renda (IR), das doações realizadas ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) e ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD).

O ato de promulgação foi divulgado em uma edição extra do Diário Oficial da União, na quinta-feira, 05. A lei é fruto do projeto (PL 5307/20) da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que havia sido vetado na íntegra pelo presidente Jair Bolsonaro sob alegação de falta de estimativa do impacto orçamentário e financeiro do benefício fiscal. Na semana passada, o Congresso Nacional derrubou o veto.

Os mecanismos de incentivo fiscal PRONON e PRONAS/PCD estavam indisponíveis desde o final de 2021, quando venceu o prazo legal para sua utilização. Em julho do mesmo ano, foi apresentado o Projeto de Lei (PL05307/2020) para prorrogar os programas, que foi aprovado pelo Senado. No entanto, o projeto não chegou a ser votado na Câmara Federal, deixando os mecanismos sem perspectiva de retomada.

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Em sua rede social, a senadora Mara Gabrilli defendeu a derrubada do veto e destacou que o Pronon proporcionou investimentos em pesquisa, diagnóstico e tratamento que resultaram em avanços na atenção oncológica no Brasil. A senadora também mencionou o impacto positivo do Pronas, que através de estratégias de combate ao câncer e reabilitação, beneficiou a vida de milhares de brasileiros com deficiência.

Nesse ponto, o veto do governo, publicado no Diário Oficial da União, alegou inconstitucionalidade do PL 5.307/2020 por falta de apresentação de estimativa de impacto orçamentário e financeiro para o exercício em que entraria em vigor e nos dois anos subsequentes.

Os programas Pronas/PCD e Pronon receberam doações de pessoas físicas até 2020 e, de jurídicas, até 2021. Eles foram criados para incentivar ações e serviços desenvolvidos por entidades, associações e fundações privadas sem fins lucrativos, que atuam na oncologia e no campo das PCDs. A intenção é ampliar a oferta de serviços, expandir a prestação de serviços médico-assistenciais, apoiar o treinamento de recursos humanos e promover pesquisas epidemiológicas e clínicas.

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